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A classe Niterói é uma classe de fragatas da Marinha do Brasil, atualmente sucedida pela Classe Tamandaré.
Classe Niterói | |
---|---|
Fragata Constituição (F-42) | |
Visão geral | |
Operador(es) | Marinha do Brasil |
Construtor(es) | Vosper Thornycroft Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro |
Sucessora | Classe Tamandaré |
Subclasses | NE Brasil (U-27) |
Lançamento | 1975 |
Unidade inicial | F Niterói (F-40) |
Unidade final | F União (F-45) |
Em serviço | 1976–presente |
Características gerais | |
Tipo | Fragata |
Deslocamento | 3.200 toneladas (padrão) e 3.800 toneladas (carregado) |
Comprimento | 129,20 metros |
Boca | 13,50 metros |
Calado | 5,50 metros |
Propulsão | CODOG (Combinação Diesel ou Gás), Com 2x turbinas a gás Rolls-Royce, Olympus TM-3B com 28.000hp cada, 4x motores MTU 16V956 TB91 com 3.940hp cada, acoplados a dois eixos. |
Velocidade | 30 nós |
Autonomia | 5 300 a 17 nós |
Armamento | Mísseis antinavio MBDA Exocet Block I Sistema de lançamento Albatros para mísseis ALENIA-Marconi Aspide-2000 |
Aeronaves | Um helicóptero Westland AH-11A Super Lynx ou UH-12/13 Esquilo |
Sensores | Sistema de combate SICONTA Mk.2 Contramedidas electrônicas Omnisys ET/SLQ-1A Radar de pesquisa aérea SELEX Sistemi RAN 20S (2D) alcance médio de 117km Radar diretor de tiro SELEX Sistemi RTN-30X com alcance médio de 39Km Sonares EDO Corp. 997(F) / Pesquisa activa/ataque |
Tripulação | 217 |
No alvorecer da década de 1970 a Marinha do Brasil abriu uma concorrência internacional para uma nova série de navios, destinada a substituir unidades mais antigas, de origem americana, construídas durante a Segunda Guerra Mundial.
Foi especificado que esses novos navios deveriam possuir grande autonomia operacional e ser capazes de manter velocidades que os habilitassem à escolta de comboios rápidos, assim como, quando necessário, desenvolver altas velocidades.
A concorrência foi vencida pela empresa britânica Vosper Thornycroft com o projeto da Vosper Mk10, de 3 500 toneladas, concebida como uma plataforma multifuncional com alguma ênfase em guerra anti-submarina. Foram assim construídas seis unidades, as quatro primeiras nos estaleiros da Vosper e os dois últimos no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ).
A autorização para a construção foi dada pelo governo brasileiro em setembro de 1970, como parte do Programa de Renovação e Ampliação de Meios Flutuantes da Marinha. As novas fragatas entraram em serviço entre 1976 e 1980, e passaram por extenso programa de modernização iniciado em 1997, chamado ModFrag, realizado no Arsenal de Marinha.
São Navios-Escolta. Podem localizar e destruir aeronaves, navios de superfície e submarinos inimigos, além de efetuar patrulhas nas nossas águas.[1]
Vosper Mk 10 é a designação britânica do projeto das fragatas classe Niterói da Marinha do Brasil. O estaleiro britânico Vosper Thornycroft, ao longo das décadas de 1960 e 1970, projetou e construiu uma série de corvetas/fragatas. O projeto MK 10 foi a evolução definitiva e mais avançada dessa linha de unidades navais de combate.
O projeto inicial, conhecido como Mk 1, resultou numa corveta com 500 t de deslocamento. Duas unidades foram construídas para a Marinha de Gana em 1964/1965 e outra para a Líbia em 1966. Posteriormente veio a Mk 3, um pouco maior (660 t), com duas unidades entregues à Marinha da Nigéria em 1972. Nesta mesma época a Marinha do Irã recebeu as quatro unidades da classe MK 5, conhecidas naquele país como classe Saam (de 1540 t). A evolução do projeto Mk 5 levou ao desenvolvimento do projeto Mk 7, legeiramente maior que seu antecessor (uma única unidade encomendada pela Líbia). Duas unidades Mk 9 ainda foram projetadas para a Marinha da Nigéria. Lançadas em 1980 e 1981, estas duas unidades eram bem menores (780 t), mas fortemente armadas.
O maior sucesso comercial da família de projetos da Vosper foi a classe Tipo 21 ou Amazon. Oito unidades foram construídas para a Marinha Real Britânica sendo que sete navios participaram da Guerra das Malvinas e dois foram afundados. O projeto Mk 10 deriva muito das fragatas Tipo 21.
Segundo documentos liberados pelo governo britânico em 2009, a compra das fragatas foi superfaturada pelo estaleiro Vosper Thornycroft em £ 500 mil. Apesar do governo britânico ter iniciado uma investigação em 1979 (após o processo de nacionalização do estaleiro), tendo oferecido o ressarcimento do valor, o governo brasileiro recusou.[2]
Número de Amura | Nome | Batimento de Quilha | Lançamento | Comissionamento | Descomissionamento/Status | Construtores |
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F-40[3] | Niteroi | 8 de junho de 1972 | 8 de fevereiro de 1974 | 20 de novembro de 1976 | 28 de junho de 2019[4] | Vosper Thornycroft |
F-41[5] | Defensora | 14 de dezembro de 1972 | 27 de março de 1975 | 5 de março de 1977 | Em serviço ativo | Vosper Thornycroft |
F-42[6] | Constituição | 13 de março de 1974 | 15 de abril de 1976 | 31 de março de 1978 | Em serviço ativo | Vosper Thornycroft |
F-43[7] | Liberal | 2 de maio de 1975 | 7 de fevereiro de 1977 | 18 de novembro de 1978 | Em serviço ativo | Vosper Thornycroft |
F-44[8] | Independência | 11 de junho de 1972 | 2 de setembro de 1974 | 3 de setembro de 1979 | Em serviço ativo | Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro |
F-45[9] | União | 11 de junho de 1972 | 14 de março de 1975 | 12 de setembro de 1980 | Em serviço ativo | Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro |
U-27[10] | Brasil | 18 setembro de 1981 | 23 de setembro de 1983 | 21 de agosto de 1986 | Em serviço ativo | Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro |
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