Marechal Deodoro (Alagoas)
município brasileiro do estado de Alagoas Da Wikipédia, a enciclopédia livre
município brasileiro do estado de Alagoas Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Marechal Deodoro é um município brasileiro do estado de Alagoas. Foi a primeira capital de Alagoas[5] e a cidade onde nasceu Manuel Deodoro da Fonseca, Marechal do Exército Brasileiro que proclamou a República e foi o primeiro presidente do Brasil.[6] O município faz parte da Região Metropolitana de Maceió.[7]
| |||
---|---|---|---|
Município do Brasil | |||
Busto de Deodoro da Fonseca em frente à prefeitura da cidade | |||
Símbolos | |||
| |||
Hino | |||
Gentílico | deodorense | ||
Localização | |||
Localização de Marechal Deodoro em Alagoas | |||
Localização de Marechal Deodoro no Brasil | |||
Mapa de Marechal Deodoro | |||
Coordenadas | 9° 42′ 36″ S, 35° 53′ 42″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Alagoas | ||
Região metropolitana | Maceió | ||
Municípios limítrofes | Pilar, São Miguel dos Campos, Satuba, Santa Luzia do Norte, Barra de São Miguel, Coqueiro Seco e Oceano Atlântico | ||
Distância até a capital | 28 km | ||
História | |||
Fundação | 5 de agosto de 1591 (433 anos) | ||
Emancipação | 8 de março de 1823 (elevada à condição de cidade) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Claudio Roberto Ayres da Costa (MDB, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total IBGE/2020[1] | 340,980 km² | ||
População total (estimativa IBGE/2022[2]) | 60 370 hab. | ||
• Posição | AL: 5º | ||
Densidade | 177 hab./km² | ||
Clima | tropical | ||
Altitude | 5 m | ||
Fuso horário | UTC -3:00 (America/Maceio) (UTC−3) | ||
CEP | 57160-000 | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[3]) | 0,642 — médio | ||
• Posição | AL: 5º | ||
PIB (IBGE/2020[4]) | R$ 2 835 699,86 mil | ||
• Posição | AL: 3º | ||
PIB per capita (IBGE/2020[4]) | R$ 54 137,07 | ||
Sítio | www.marechaldeodoro.al.gov.br (Prefeitura) marechaldeodoro.al.leg.br (Câmara) |
É conhecida pelas construções de valor histórico, como igrejas, casarões, entre outras edificações.
A população, de acordo com estatísticas do IBGE em 2022, foi de 60 370 habitantes, sendo a 5ª (quinta) cidade mais populosa de Alagoas.[8]
Foi fundada em 5 de agosto de 1591 com o nome de povoado de Vila Madalena do Sumaúma. Servia para proteger o pau-brasil do contrabando e da ação de piratas e outros. O município foi criado em 12 de abril de 1636, passou a ser denominada de Vila Santa Madalena da Lagoa do Sul.[9]
Em 16 de setembro de 1817 passou a ser a capital da capitania de Alagoas, criada nesse ano, sendo o nome da vila alterado para Alagoas da Lagoa do Sul. Em 08 de março de 1823 foi elevada a cidade.[9]
A capital da província de Alagoas passou para Maceió em 1839. Cem anos depois, em 1939 o nome da cidade foi mudado para o atual, em homenagem ao filho ilustre Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, alagoano que proclamou a república e se tornou o primeiro presidente do Brasil, nascido na cidade em 5 de Agosto de 1827.
Em 16 de setembro de 2006, dia da emancipação política de Alagoas, foi considerada pelo Ministério da Cultura como Patrimônio histórico nacional, em virtude do seu passado e de ter sido berço do Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, proclamador da República Brasileira.
Atualmente o IPHAN está restaurando as igrejas de Marechal Deodoro.
Depois do descobrimento do Brasil pelos portugueses, os franceses começaram a se interessar pelo pau-brasil. Aportaram, então, numa praia perto da mata, onde hoje está situada a Praia do Francês, e passaram a contrabandear a madeira com a ajuda dos índios Caetés.
Com o objetivo de defender a sua nova colônia, a Coroa Portuguesa dividiu o país em 15 lotes, ou Capitanias Hereditárias, que eram entregues a donatários que tinham o direito de guardá-la militarmente, fundar vilas e povoados. Tinham a obrigação, porém, de pagar impostos à Coroa.
Coube a Duarte Coelho Pereira a Capitania de Pernambuco, que continha o território do que hoje é o Estado de Alagoas.
O donatário, resolvendo pôr fim ao contrabando do pau-brasil, combateu os franceses e todos os índios que os ajudaram, fazendo, desta forma, inimizade com os Caetés.
Em 1554, acreditando tudo estar sob controle, Duarte Coelho foi a Portugal, vindo a falecer lá. Quando tomaram conhecimento da morte do donatário, os Caetés começaram a atacar os povoados. Foi num desses ataques que os índios antropófagos mataram e comeram o Bispo D. Pero Fernandes Sardinha, que tinha naufragado no Rio Coruripe.
A Capitania começou a desenvolver-se com o plantio de cana-de-açúcar, o que levou ao aparecimento de muitos engenhos. Em pouco tempo foi necessário reordenar a capitania, dividindo-a em sesmarias.
A Sesmaria de Madalena ficou sob a responsabilidade de Diogo de Melo e Castro, e tinha os seguintes limites: cinco léguas do litoral da Pajuçara, ao Porto do Francês, com sete léguas de frente a fundos para o Sertão e mais quatro léguas da boca do Rio Paraíba.
Mas, não cumprindo as regras de povoamento da sesmaria em cinco anos, o primeiro sesmeiro perdeu a concessão, sendo substituído por Diogo Soares da Cunha. Esse fundou a vila denominada Madalena de Subaúma, deixou-a aos cuidados do Capitão-mor Henriques de Carvalho, e voltou para Portugal. Foi então que seu filho, Gabriel Soares da Cunha, assumiu a chefia do patrimônio, com o título de Alcaide-mor de Madalena.
A vila começou a desenvolver-se onde hoje é o bairro de Taperaguá, uma planície em volta ao Rio Sumaúma e a Lagoa Manguaba. Um lugar de visão privilegiada permitia que o inimigo fosse vigiado.
Em 1630, os holandeses invadiram a Capitania de Pernambuco, mas mesmo assim a sesmaria de Madalena de Subaúma crescia, tendo a agricultura como principal fator de desenvolvimento. Muitos engenhos surgiam e já era fabricado e exportado o açúcar da região. Neste cenário, o quarto Donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte de Albuquerque Coelho, criou a Vila de Santa Maria Madalena da Lagoa do Sul.
Não tardou para que a Vila de Santa Maria Madalena se tornasse a mais desenvolvida da época. Foi então que passou a abrigar a sede da Comarca de Pernambuco.
Esta comarca teve 17 ouvidores, sendo o último António José Ferreira Batalha, o temido Ouvidor Batalha. Devido à sua administração, o Rei D. João VI assinou o Decreto Régio que separou politicamente Alagoas de Pernambuco, no dia 16 de Setembro de 1817.
A situação econômica da recém-criada capitania destacava duas vilas: a de Alagoas da Lagoa do Sul (atual Marechal Deodoro) e Maceió.
Em 8 de Março de 1823, num cenário de lutas para consolidar a independência do Brasil, a Vila de Alagoas recebeu o foral de cidade[10] e passou a ser sede da capital da Província, sendo o primeiro Presidente Nuno Eugênio Lóssio e Seiblitz.
Em abril de 1838, Agostinho da Silva Neves assumiu o governo da Província e, no ano seguinte, transferiu o cofre do tesouro para Maceió. Era o início da mudança de capital. No dia 9 de dezembro de 1839, foi sancionada a resolução legislativa 11, determinando como capital Maceió.
O Museu Marechal Deodoro da Fonseca expõe peças e documentos que pertenceram a Deodoro da Fonseca.[11]
A Biblioteca Municipal Dr Tavares Bastos está na lista do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, do Ministério da Cultura.[12]
População nos últimos 14 anos[13][14]
Ano | População* |
---|---|
2008 | 46.565 |
2009 | 47.623 |
2010 | 45.977 |
2011 | 46.753 |
2012 | 47.504 |
2013 | 49.853 |
2014 | 50.512 |
2015 | 51.132 |
2016 | 51.715 |
2017 | 52.260 |
2018 | 51.364 |
2022 | 60.370 |
*Números de 2022 obtidos do censo demográfico do Brasil de 2022, todos os outros são estimativas.
A cidade de Marechal Deodoro tem como principais fontes de renda e geração de empregos as indústrias da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico implantadas em seu distrito industrial, usina sucroalcooleira, varejo, artesanato, pesca e o turismo.
O turismo é fonte de emprego e renda da cidade, considerada uma das mais belas do litoral alagoano, contando com diversos atrativos turísticos principalmente no litoral como a Praia do Francês, a Praia do Saco da Pedra e a Prainha[15], assim como a orla da Lagoa Manguaba.
O povoado Massagueira é considerado polo gastronômico de Alagoas — às margens da lagoa Manguaba localizam-se os restaurantes da região.[16]
É o segundo engenho de açúcar mais antigo do grupo Toledo. Preparada para moagem cerca de 6.200 toneladas de cana-de-açúcar por dia, produz açúcares do tipo VHP e cristal e álcool anidro, hidratado e refinado.
O Polo Multifabril Industrial José Aprígio Vilela situa-se na Rodovia Divaldo Suruagy (BR-424), km 12, no distrito industrial.
O polo industrial conta com diversas indústrias da cadeia produtiva da química e do plástico, e se expande atualmente na Cadeia Produtiva da Cerâmica (CPC)[17][18] e na área tecnológica, com a produção de cabos de fibra óptica.[19]
O local, que antes da industrialização era ocupado pelo cultivo da cana-de-açúcar, possui parte de sua área destinada às indústrias com 17 empresas que, juntas, são responsáveis pela geração de 2.500 empregos diretos. Calculando-se os postos criados indiretamente, são 10 mil empregos. O polo possui uma área destinada à reserva e preservação ambiental e uma central integrada de efluentes líquidos e resíduos.
Marechal Deodoro é dividida em 20 bairros e 11 loteamentos, além de vilas.
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Every time you click a link to Wikipedia, Wiktionary or Wikiquote in your browser's search results, it will show the modern Wikiwand interface.
Wikiwand extension is a five stars, simple, with minimum permission required to keep your browsing private, safe and transparent.