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arquiteto francês Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Nicolau de Chanterene (em Francês Nicolas de Chantereine) (França, c. 1470 – 1551) foi um escultor de origem francesa que desenvolveu grande parte da sua obra em Portugal entre os anos de 1517 e 1551.
Nicolau de Chanterene | |
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Nascimento | 1470 França |
Morte | 1551 (81 anos) |
Área | Escultura |
Movimento(s) | Renascimento |
Desconhece-se o local de nascimento, admitindo alguns autores que possa ter sido na Baixa Normandia, na zona de Cherbourg, onde se situa o Port Chantereyne.[1]
Teve papel marcante no século XVI português, sendo autor dos "mais precoces depoimentos da linguagem do renascimento em Portugal"[2]. Ao contrário do que era, ainda, comum no período do gótico final português, "Nicolau Chanterene não foi um vulgar imaginador ou canteiro, um simples oficial mecânico, mas um verdadeiro artista renascentista, um homem culto, um intelectual"[1].
Supõe-se que terá passado por Itália antes (ou depois) de trabalhar em Santiago de Compostela, onde está documentado em 1511. É possível que tenha estado em Portugal antes desta data, ainda que não haja confirmação.
A primeira referência documental de Mestre Nicolau em Portugal data de 1517, como responsável pela empreitada da porta axial do Mosteiro de Santa Maria de Belém da Ordem de São Jerónimo. Além dos episódios alusivos à Vida da Virgem (Anunciação, Natividade e Epifania), Chanterene esculpiu os retratos régios de D. Manuel I e de D. Maria.
Trabalhou na década de 20 do século XVI para Óbidos, na Igreja de Santa Maria, e em Coimbra, no Mosteiro de Santa Cruz (onde foi responsável pelos jacentes dos túmulos de D. Afonso Henriques) e D. Sancho I, perto do centro produtor de uma das pedras calcárias mais utilizadas na época em escultura: a célebre pedra de Ançã. Neste mosteiro crúzio, deixou-nos também um magnífico púlpito e uma série de quatro baixos-relevos (dos quais hoje existem apenas três) relativos à Paixão de Cristo. No Mosteiro cisterciense de Celas, na cidade de Coimbra, a expensas da Abadessa Leonor de Vasconcelos, efectuou um portal renascentista, derivado de um primitivo túmulo que nunca chegou a terminar e que se destinaria, precisamente, a tal encomendante.
Em Tentúgal, no mosteiro hieronimita de São Marcos, Nicolau Chanterene lavrou um retábulo com a Lamentação de Cristo ao centro, ladeda pelas figuras dos doadores, a saber, Aires Gomes da Silva e D. Guiomar de Castro. Em baixo, contam-se em vários nichos episódios da vida de São Jerónimo.
Regressado de uma viagem a Saragoça (1527-1528), voltou a trabalhar para a Ordem de São Jerónimo em 1528 para a construção de um retábulo de alabastro para a igreja conventual da Pena, em Sintra, e que hoje faz parte do Palácio Nacional da Pena. Esta magistral obra só foi terminada em 1534, tendo sido dedicada ao Infante D. Manuel, filho de D. João III e de D. Catarina de Áustria.
Entre 1536-1540, esteve em Évora, onde se encontra um conjunto de obras renascentistas que lhe anda atribuído, embora sem certeza documental. Terá trabalhado em conjunto com Miguel de Arruda em Évora, onde possivelmente projectou o Convento da Graça em 1542, com a ajuda deste último.
Julga-se que morreu por volta do ano de 1551.
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