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Pietro Ottoboni (Veneza, 2 de julho de 1667 - Roma, 29 de fevereiro de 1740) foi um cardeal e mecenas italiano. É especialmente relembrado como um generoso e importante patrono da música e arte da sua época. Ottoboni foi o último homem a deter o ofício curial de cardeal-sobrinho, que seria abolido pelo sucessor do seu tio Alexandre VIII, o Papa Inocêncio XII, em 1692. Ottoboni "amava a pompa, o desperdício, e o prazer sensual, mas era simultaneamente gentil, pronto a servir e caridoso".[3]
Pietro Ottoboni | |
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Cardeal da Santa Igreja Romana | |
Decano do Colégio dos Cardeais Vice-Chanceler da Santa Igreja Romana Arcipreste das Basílicas de São João de Latrão e Santa Maria Maggiore | |
Retrato do Cardeal Pietro Ottoboni por Francesco Trevisani (Museu Bowes, Durham, Inglaterra) | |
Atividade eclesiástica | |
Diocese | Diocese de Roma |
Nomeação | 3 de setembro de 1738 |
Predecessor | Francesco Barberini |
Sucessor | Tommaso Ruffo |
Mandato | 1738 - 1740 |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 14 de julho de 1724[1][2] |
Nomeação episcopal | 29 de janeiro de 1725 |
Ordenação episcopal | 4 de fevereiro de 1725 por Papa Bento XIII, O.P. |
Nomeado arcebispo | 1702 |
Cardinalato | |
Criação | 7 de novembro de 1689 por Papa Alexandre VIII |
Ordem | Cardeal-diácono (1689-1724) Cardeal-presbítero (1724-1740) Cardeal-bispo (1725-1740) |
Título | São Lourenço em Dâmaso (1689-1740) Sabina (1725-1730) Frascati (1730-1734) Porto e Santa Rufina (1734-1738) Óstia (1738-1740) |
Brasão | |
Dados pessoais | |
Nascimento | Veneza 2 de julho de 1667 |
Morte | Roma 29 de fevereiro de 1740 (72 anos) |
dados em catholic-hierarchy.org Cardeais Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
Era sobrinho do papa Alexandre VIII (que também se chamava Pietro Ottoboni) e foi elevado ao cardinalato com o título de cardeal-presbítero de São Lourenço em Dâmaso imediatamente depois de ter recebido as ordens menores em 1689. Rapidamente foi nomeado Secretário de Estado e governador de Fermo, Tivoli e Capranica. Em seguida destacou-se no ambiente romano pela sua munificência e pelo mecenato de artistas, poetas e músicos. Membro da Academia da Arcádia, Ottoboni atraiu à sua pequena corte - situada no Palácio da Chancelaria -, compositores importantíssimos, como Arcangelo Corelli, Alessandro Scarlatti e Georg Friedrich Haendel.[1]
Passou para a ordem dos cardeais-bispos, assumindo a sé suburbicária de Sabina, sendo consagrado em 4 de fevereiro de 1725, em Roma, pelo Papa Bento XIII, assistido pelos cardeais Fabrizio Paolucci e Francesco Barberini, júnior. O seu regresso a Veneza em 1726 foi celebrado triunfalmente com festejos e concertos musicais, entre os quais destaca-se uma colecção de árias a que se chamou L'Andromeda liberata, uma das quais foi escrita por Antonio Vivaldi.[1]
Nas artes figurativas, preocupou-se com o sepulcro do seu tio, Alexandre VIII, na Basílica de São Pedro, no Vaticano (1695-1725) e encarregou a Filippo Juvarra o teatro (hoje perdido) do Palácio da Chancelaria.[1]
Pietro Ottoboni também foi responsável pela onda de neovenezianismo que caracterizou a pintura romana em finais do século XVII e inícios do XVIII: trabalharam para ele Francesco Trevisani e Sebastiano Ricci. Encarregou em 1712 a importantíssima série dos Sete Sacramentos ao bolonhês Giuseppe Maria Crespi (actualmente exposta em Dresden). Outro artista ao seu serviço foi Sebastiano Conca.[1]
Além de Filippo Juvarra, o cardeal Ottoboni tinha na sua dependência outros arquitectos de qualidade como Ludovico Rusconi Sassi, Giovanni Battista Vaccarini, Pietro Passalaqua e Domenico Gregorini. No entanto, a sua crónica carência de fundos impediu-o de fazer obras importantes na basílica da qual, como cardeal, era titular, a de San Lorenzo in Damaso.[1]
Em 1735 doou a sua colecção de antiguidades aos Museus Capitolinos de Roma.[1]
Pietro Ottoboni foi também bispo de Frascati, Porto e Santa Rufina e Óstia-Velletri, quando se tornou deão do Colégio dos Cardeais, além de arcipreste das basílicas romanas de São João de Latrão e Santa Maria Maggiore. Promoveu a sepultura dos restos mortais do compositor Arcangelo Corelli no Panteão de Roma. Pietro Metastasio foi seu afilhado.[1]
Faleceu em 29 de fevereiro de 1740, em Roma, durante a Sede Vacante. Na tarde do mesmo dia, foi transferido para a igreja de San Lorenzo in Damaso, onde o funeral ocorreu, e enterrado na capela do Santíssimo Sacramento, que ele havia construído para si mesmo naquela igreja. Por fim, teve um dos mais longos cardinalatos da história, com mais de 50 anos de Colégio Cardinalício.[2]
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