Loading AI tools
Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Campeonato Mundial de Atletismo de 1991 foi a terceira edição do campeonato mundial do esporte, e a última edição quadrienal, realizada na cidade de Tóquio, Japão, sob os auspícios da IAAF, entre 23 de agosto e 1 de setembro de 1991. As competições, que tiveram lugar no Estádio Olímpico de Tóquio, contaram com a presença de 1 517 atletas de 167 nações.[1] Este evento global foi o primeiro com a participação da Alemanha reunificada após a Queda do Muro de Berlim e a última com a participação da União Soviética, que a partir daí se fragmentaria em várias repúblicas.
3° Campeonato Mundial de Atletismo 第3回世界陸上競技選手権大会 Tóquio 1991 | ||
---|---|---|
Dados | ||
Sede | Tóquio, Japão | |
Entidade responsável | IAAF | |
Primeira edição | Helsinque 1983 | |
Países participantes | 167 | |
Atletas | 1517 | |
Abertura oficial | Imperador Akihito | |
Estádio principal | Estádio Olímpico de Tóquio | |
Duração | 23 de agosto a 1 de setembro de 1991 | |
Site oficial | IAAF – Tóquio 1991 | |
O Mundial viu a quebra de três recordes mundiais, todos conquistados pelos Estados Unidos, e dez recordes do campeonato. O soviético Sergei Bubka e o norte-americano Greg Foster tornaram-se tricampeões mundiais no salto com vara e nos 110 m c/ barreiras. Mas ele é mais lembrado pelo duelo no salto em distância entre os norte-americanos Mike Powell e Carl Lewis, salto a salto, onde sete dos maiores saltos da história foram registrados e ao final Powell quebrou o recorde de Bob Beamon, conquistado nas alturas da Cidade do México 1968 três décadas antes e considerado praticamente insuperável, estabelecendo a nova marca de 8,95 m. Lewis, por sua vez, quebraria dois recordes mundiais, nos 100 m rasos e integrando o revezamento 4x100 metros. O mundo lusófono conseguiu apenas uma medalha, de prata com Zequinha Barbosa nos 800 metros, a segunda do brasileiro em Mundiais após o bronze da edição anterior em Roma.[2]
A partir desta edição, o Campeonato Mundial de Atletismo passou a ser realizado a cada dois anos, sempre nos anos anteriores e posteriores aos dos Jogos Olímpicos.
As competições oram realizadas no Estádio Olímpico de Tóquio (Kokuritsu kyōgijō), construído em 1958, e sede da abertura, encerramento e atletismo dos Jogos Olímpicos de 1964. Com oficialmente 57 mil lugares – 48 mil deles sentados – o Mundial de 1991 foi um dos últimos grandes eventos internacionais realizados nele. O estádio foi demolido em 2015 e em seu lugar está sendo construído um novo estádio novo, com capacidade para 80 mil espectadores, que será o local do atletismo e das cerimônias oficiais dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.[3]
Três recordes mundiais foram quebrados neste evento, todos por atletas norte-americanos, nos 100 m rasos, 4x100 m masculino e no salto em distância, o mais lembrado deles, depois de um longo duelo entre Carl Lewis e Mike Powell, que superou ao final uma marca olímpica e mundial épica, conquistada por outro americano, Bob Beamon, na altitude da Cidade do México durante os Jogos Olímpicos de 1968, trinta e um anos antes – 8,90 m. O nível técnico da prova foi tão alto que Lewis, que ficou com a medalha prata, também ultrapassou a marca de Beamon, saltando 8,91 m. Especialistas consideram esta uma das maiores disputas de toda a história dos esportes.[4] O ucraniano Sergei Bubka, então competindo pela URSS, quebrou novamente o recorde do campeonato no salto com vara, conquistando sua terceira medalha de ouro consecutiva em campeonatos mundiais, oito anos depois de sua primeira vitória em Helsinque 1983 aos 20 anos de idade.
Posição | País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
1 | Estados Unidos | 10 | 8 | 8 | 26 |
2 | União Soviética | 9 | 9 | 11 | 29 |
3 | Alemanha | 5 | 4 | 8 | 17 |
4 | Quênia | 4 | 3 | 1 | 8 |
5 | Grã-Bretanha | 2 | 2 | 3 | 7 |
6 | China | 2 | 1 | 1 | 4 |
7 | Argélia | 2 | 1 | 3 | |
8 | Jamaica | 1 | 1 | 3 | 5 |
9 | Finlândia | 1 | 1 | 1 | 3 |
10 | França | 1 | 1 | 2 | |
Japão | 1 | 1 | 2 | ||
12 | Bulgária | 1 | 1 | ||
Itália | 1 | 1 | |||
Polónia | 1 | 1 | |||
Suíça | 1 | 1 | |||
Zâmbia | 1 | 1 | |||
17 | Cuba | 2 | 2 | ||
18 | Canadá | 1 | 1 | 2 | |
Hungria | 1 | 1 | 2 | ||
Roménia | 1 | 1 | 2 | ||
21 | Brasil | 1 | 1 | ||
Djibuti | 1 | 1 | |||
Etiópia | 1 | 1 | |||
Namíbia | 1 | 1 | |||
Países Baixos | 1 | 1 | |||
Noruega | 1 | 1 | |||
Suécia | 1 | 1 | |||
28 | Marrocos | 2 | 2 | ||
29 | Espanha | 1 | 1 |
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Every time you click a link to Wikipedia, Wiktionary or Wikiquote in your browser's search results, it will show the modern Wikiwand interface.
Wikiwand extension is a five stars, simple, with minimum permission required to keep your browsing private, safe and transparent.