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Caio Náucio Rutilo (em latim: Gaius Nautius Rutilus) foi um político da gente Náucia nos primeiros anos da República Romana eleito cônsul por duas vezes, em 476 e em 458 a.C., com Públio Valério Publícola e Lúcio Minúcio Esquilino Augurino. Era filho de Espúrio Náucio Rutilo, cônsul em 488 a.C.
Caio Náucio Rutilo | |
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Cônsul da República Romana | |
Consulado | 475 a.C. 458 a.C. |
O consulado de 475 a.C. se iniciou a acusação lançada pelos tribunos da plebe Lúcio Cédico e Tito Estácio contra Espúrio Servílio de ter conduzido mal o exército romano na Batalha do Janículo no ano anterior. Servílio conseguiu refutar as acusações graças ao testemunho de seu colega cônsul Aulo Vergínio Tricosto Rutilo.[1][2]
Públio Valério foi encarregado de liderar uma força romana contra as forças dos sabinos e etruscos que estavam acampados na cidade de Veios enquanto Caio Náucio seguiu para defender o território dos latinos, aliados de Roma, que havia sido invadido pelos volscos e équos sem uma prévia declaração de guerra.
Segundo Lívio, foi mais para reafirmar a própria predominância na Liga Latina do que por causa de algum perigo real aos latinos que os romanos levaram seus exércitos para combater os volscos.[3] A campanha não passou de uma série de saques e devastações, uma vez que os volscos se negaram a enfrentar os romanos em uma batalha campal.
Segundo Dionísio, por outro lado, Caio Náucio, que havia esperado o resultado da batalha contra os veios antes de se afastar de Roma, retornou para devastar o território veio depois que os latinos já haviam levado a melhor sobre os volscos e équos sem a intervenção dos aliados romanos.[4]
Caio Náucio foi cônsul novamente em 458 a.C. com Lúcio Minúcio Esquilino Augurino segundo Dionísio.[5] Os dois tiveram que enfrentar duas questões importantes: o processo contra Marco Volscio Fítor, contestado pela plebe, e a já antiga lex Terentilia, contestada pelos patrícios. A batalha política se deteriorou com a entrada em cena do questor Tito Quíncio Capitolino, que perseguia Volscio, o acusador de seu neto. No campo oposto, o tribuno da plebe Aulo Virgínio se destacou como o mais ferrenho defensor da Lex Terentilia.
Para estudarem a lei, foram concedidos aos cônsules dois meses de tempo, durante os quais irromperam guerras contra os sabinos e os équos.
A Caio Náucio foi confiada a guerra contra os sabinos, que levou avante com sucesso repelindo-os de volta para seu território onde provocou mais devastação do que fora infligida aos romanos.[6]
Náucio retornou a Roma enquanto seu colega era assediado pelos équos, mas, ao contrário do que acontecia em situações análogas, não lhe foi confiado o comando do exército alistado para prestar socorro a Minúcio, que foi entregue a Cincinato, nomeado ditador.[7] Ele conseguiu derrotar os équos na Batalha do Monte Algido,[8] concordando com a paz somente que eles lhe entregaram seu comandante e se submeteram ao jugo romano. Os équos foram obrigados ainda a ceder aos romanos a cidade de Corbio.[9]
Cônsul da República Romana | ||
Precedido por: Aulo Vergínio Tricosto Rutilo |
Públio Valério Publícola 475 a.C. |
Sucedido por: Lúcio Fúrio Medulino |
Precedido por: Quinto Fábio Vibulano III |
Caio Náucio Rutilo II 458 a.C. |
Sucedido por: Caio Horácio Púlvilo II |
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