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A cápsula é uma forma farmacêutica sólida, administrada por via oral e de liberação prolongada.[1] De acordo com a sua composição, método de fabricação e fins terapêuticos, as cápsulas podem oferecer propriedades particulares, a partir das quais várias categorias podem ser distinguidas.
Fármaco: substância responsável pelo efeito medicinal.
Excipiente: substância adjuvante a ser misturada com o fármaco, de forma a completar o conteúdo da cápsula.[2][3] Auxilia na conferência de propriedades físico-químicas e organolépticas à formulação.[2][3]
Invólucro: responsável pela contenção dos demais constituintes.
Atualmente, a maior parte das cápsulas é formulada a partir de gelatina animal,[4] o que ocorre por se tratar de uma substância insípida, isenta de glúten, bem conhecida, acessível e facilmente adaptável para as demandas do fármaco e do consumidor.[4][5] Há fornecimento de gelatina específico para os públicos Halal e Kosher[5] e, para os públicos vegetarianos e veganos, são alternativas alguns polímeros de celulose, hidrocolóides, amidos e outros materiais.[6][7] Há ainda cápsulas feitas a partir da tapioca,[8] e derivados do feijão são estudados para uso.[9] Além disso, são utilizadas na formulação glicerina, para a conferência de flexibilidade ao invólucro, e água.
As questões que tangem aos invólucros também se aplicam muitas vezes aos excipientes; um exemplo é o da lactose, produto derivado animal e responsável por reações alérgicas.[10] Trata-se ainda, entretanto, de uma questão incipiente, e a própria sinalização dos excipientes na bula pelas empresas fabricantes ainda é uma questão problemática.[10]
Cápsulas duras: o invólucro é constituído por duas conchas cilíndricas, sendo a maior delas denominada tampa ou gorro e a menor, corpo; é mais adequada para fármacos sólidos,[11] embora o preenchimento líquido também seja possível.[3]
Cápsulas moles: o invólucro é mais espesso e de peça única, e é formado, enchido e fechado durante um único ciclo de fabricação.[12] São ideais para conteúdos líquidos ou semissólidos.[13]
Deve ser gradual e uniforme: a liberação de quantidades inadequadas de fármaco no organismo pode ser subterapêutica ou tóxica,[1] o que compromete a efetividade do medicamento. Para tal, é fundamental a escolha de um excipiente que possa ser adequadamente misturado ao fármaco,[2] assim como a realização dos procedimentos para que isso ocorra.
Usualmente, as cápsulas são formuladas de forma a se dissolverem no estômago, por ação dos sucos gástricos,[1][11][12] em um processo que leva de vinte a trinta minutos.[11][12] Variações, entretanto, podem ser formuladas, a partir das necessidades medicinais e de administração.[1][11]
Cápsulas de liberação modificada: são cápsulas alteradas de forma a modificar a velocidade de liberação do fármaco ou o local onde ela ocorre.[1] A alteração pode consistir tanto na modificação do método de preparação das cápsulas[1] quanto na adição de adjuvantes.
Cápsulas gastrorresistentes: destinam-se a resistir ao ataque do suco gástrico, de modo a que a libertação da substância activa ocorra no intestino delgado.[1] São obtidas revestindo cápsulas duras ou moles com substâncias que não se degradam na acidez do estômago,[1] sendo também comum encher as cápsulas com grânulos ou partículas já recobertas com essas substâncias enterossolúveis.[3]
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