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acadêmico especializado em temas referentes ao Brasil Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Um brasilianista é um acadêmico, professor, autor ou pesquisador especializado em temas referentes ao Brasil. O termo é em geral usado em relação a pesquisadores estrangeiros (não brasileiros), ou residentes fora do Brasil.
Surgido no século XX, os brasilianistas eram pesquisadores estrangeiros, em sua maioria americanos, instalados no Brasil devidamente financiados e academicamente mais bem preparados. Estes levantaram questões diversas e precisas a respeito do Brasil, o que os tornavam gradualmente passíveis de críticas. Naquele período, pesquisadores americanos detinham um amplo acesso a documentos e dados arquivados, ao contrário dos intelectuais brasileiros, o que os colocava em uma situação de superioridade em relação aos pesquisadores natos.[1]
Se o interesse pelo Brasil como objeto de estudo pôde ser visto como motivo de orgulho nacional, progressivamente a noção de “Brasilianista”, que até 1960 era utilizada para indicar uma especialidade, transformava-se em um rótulo pejorativo. Isso porque em certos campos os americanos que aqui se espalhavam obtinham informações minuciosas sobre aspectos específicos do país – que nem o governo brasileiro tivera conhecimento – e a apresentação desta realidade apresentava características negativas e gerava medo.[1]
É inegável a importância das pesquisas estrangeiras realizadas por estrangeiros aos brasileiros, pois estas disponibilizaram novos levantamentos históricos, acesso a arquivos políticos privados e uma “vivificação da memória” do país. Os brasilianistas demonstravam uma importante conexão entre estudos arquivados e estudos da sociedade atual. Dessa forma, os centros de pesquisa e documentação que foram criados ao longo dos anos 70 tinham primordialmente a função de resguardar documentações contemporâneas e privadas e levantar novas documentações do país, visto que até então, os arquivos históricos além de serem pouco acessíveis, eram remetidos praticamente apenas ao período Republicano. A maior contribuição considerada deste processo de “desarteriosclerização” da memória nacional é o início da participação do governo na preservação da memória documental do país, bem como o apoio às ciências sociais, o que se deu primeiramente pela pressão da comunidade acadêmica e, posteriormente, a sociedade em geral.[1]
Não há datação correta sobre o surgimento do movimento brasilianista, porém correntes teóricas demarcam seu surgimento a partir de seus interesses específicos. Os argumentos mais corriqueiros são:[2][3]
Esta é uma lista parcial das pessoas que estudaram o Brasil de forma multi-disciplinar.[5]
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