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Boxing Helena

filme de 1993 dirigido por Jennifer Lynch Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Boxing Helena
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Boxing Helena (bra Encaixotando Helena[4][5]) é um filme norte-americano de 1993, dos gêneros mistério, suspense e drama romântico com elementos de terror, dirigido por Jennifer Chambers Lynch, com roteiro dela e de Philippe Caland.[6][5]

Factos rápidos

O filme é estrelado por Sherilyn Fenn, Julian Sands e Bill Paxton.[7] A trama segue um cirurgião cuja crescente obsessão por uma mulher o leva a amputar seus membros e mantê-la presa em sua casa depois que ela sofre um acidente de carro.

O filme ganhou notoriedade antes de seu lançamento, após prolongadas batalhas legais com Madonna e Kim Basinger, ambas as quais desistiram do papel principal de Helena. Ele estreou no Festival de Cinema de Sundance em janeiro de 1993, onde recebeu elogios da crítica. Depois de receber uma classificação para maiores de 17 anos (NC-17) da MPAA, o filme recebeu uma classificação mais leve (Restrito) para menores de 17 anos acompanhados e foi lançado nos Estados Unidos em setembro de 1993, mas recebeu uma reação crítica e foi um fracasso financeiro.

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Sinopse

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Perspectiva

Nick Cavanaugh é um cirurgião brilhante, bem sucedido, rico, porém, claramente atormentado pelos seus traumas de abandono, principalmente relacionadas a sua mãe, recém-falecida.

Nick tem uma namorada chamada Anne, porém, desde o dia em que dormiu como uma garota de programa chamada Helena, ele não consegue retirá-la de suas memórias e é completamente obcecado por ela. Constantemente, Nick se aconselha com seu amigo Lawrence, que sempre o incentiva a esquecer Helena e se dedicar à Anne.

Helena é uma mulher bela, sensual, que explora sua sexualidade e acima de tudo é extremamente independente e livre. Ela tem um amigo, às vezes companheiro sexual, chamado de Ray, que a pressiona para que se integre ao “clube”, mas Helena sempre rejeita essa possibilidade em prol de sua liberdade.

Certo dia, enquanto fazia uma corrida noturna, Nick encontra a casa de Helena e a observa pela janela em um momento íntimo e erótico com Ray. Movido por uma obsessão doentia, Nick decide organizar uma festa em sua nova casa – herdada da mãe – sob pretexto de ser uma “inauguração”, quando na verdade sua intenção era unicamente convidar Helena e impressioná-la.

Helena vai à festa e despreza as investidas de Nick, inclusive provoca uma cena ao entrar no chafariz da casa apenas de lingerie, atraindo todas as atenções da festa para si. Em razão disso, Nick e Anne brigam e rompem o relacionamento. Helena vai embora acompanhada de Russell, amigo de Nick.

Nick obviamente não teve suas expectativas atendidas na festa, mas por sorte dele, Helena o telefona na manhã seguinte, conta que deixou sua bolsa na festa e pede para que Nick fizesse a gentileza de levá-la ao aeroporto, pois Helena iria viajar para o México e ficaria o aguardando. Nick propositalmente se atrasa e faz com que Helena perca o voo. Ainda, ele retira a agenda da bolsa para atraí-la para sua casa.

Insatisfeita, Helena acompanha Nick apenas para buscar sua agenda e deixa claro que percebeu as investidas do médico, mas não possui nenhum interesse em ficar com ele. Inclusive, ela pede para que ele parasse de insistir e de se iludir-se nessa possibilidade. Após muita confusão, Nick entrega a agenda à Helena que sai furiosa da casa e é atropelada por um carro bem na frente do médico.

Nick não leva Helena para o hospital, mas sim, de volta para sua casa. Lá, ele amputa desnecessariamente as duas pernas de Helena e passa a tratá-la como uma paciente especial. Os colegas de Nick estranham o desaparecimento do médico e Alan, um dos cirurgiões, vai até a casa do médico temendo que, com a saída dele, o título de “cirurgião chefe” fosse concedido a outro médico.

Na mansão, Alan testemunha o estado de Helena – que estava dopada na ocasião – e aconselha Nick a levá-la para o hospital. Nick explica que ama Helena e irá cuidar dela em sua casa, inclusive, pedirá demissão e fará uma carta de recomendação indicando Alan para ocupar o cargo de cirurgião chefe, em troca de discrição do colega. Alan aceita a proposta e se retira.

Helena não aceita sua situação, inclusive sabe perfeitamente que sua amputação foi desnecessária. Ela se vê como refém de Nick, que por sua vez, sempre diz que a ama e tudo que está fazendo é uma “prova de amor”. Helena, contudo, rejeita Nick, o referindo como “fracassado”, “doente” e “perverso”. Ao contrário das expectativas de Nick, Helena o odeia e diz que nunca irá amá-lo ou desejá-lo, independentemente de quão vulnerável esteja.

Anne, preocupada, vai visitar Nick que, desesperado, esconde Helena amordaçada em um cômodo. Anne e Nick se reconciliam e decidem fazer sexo, mas Nick, nervoso, tem uma ejaculação precoce e fica extremamente constrangido. Helena via tudo por uma fresta na porta.

Nick e Anne brigam novamente - pela namorada ter colocado o telefone na tomada - e Nick, que queria total isolamento na casa a expulsa da mansão. Essa então é a deixa para Helena revelar o verdadeiro motivo pelo qual nunca ter desejado dormir novamente com Nick: ele não sabia proporcionar prazer a ela, além de não conseguir manter uma relação sexual por um tempo normal.

Helena passa a humilhar e agredir Nick e, em um determinado dia, ela chega a tentar estrangulá-lo. Nick então toma a decisão de amputar os dois braços de Helena, que agora entra em profunda depressão.

Ainda em uma das intermináveis brigas, Nick pega um revólver, ameaça acabar com a vida dos dois e por fim em todo aquele sofrimento. Helena implora para que ele não faça isso pois, agora, ela depende exclusivamente dele. Nesse dia, Helena tem um momento de “transcendência”, em que volta a ter todos os membros e “ensina” Nick a ter uma relação sexual verdadeiramente prazerosa.

Nick então contrata uma prostituta e tem uma relação satisfatória com ela enquanto Helena assistia tudo pela fresta da porta. Helena, contudo, parece sentir um misto de ciúmes e desejos reprimidos.

Depois desse episódio, Helena passa a ser mais passiva com Nick e ambos aparentam construir uma certa amizade. Um dia, Helena finalmente cede aos desejos de Nick e pede para que ele a beijasse a fizesse-a “sentir mulher novamente”. Obviamente Nick fica muito feliz e liga para a mercearia local pedindo para que fosse entregue em sua casa vodca, limões e romã, o drink favorito de Helena.

Ocorre que dias antes, Ray, exausto de procurar por Helena, já havia ido a mercearia e pedido para que Sam, o atendente, o reportasse sobre qualquer sinal acerca do paradeiro de Helena. Sam imediatamente associa o pedido de Nick à Helena, pois era a bebida que ela sempre pedia na mercearia. Logo, ele informa a situação a Ray, que vai até a casa de Nick.

Ray ao ver a situação de Helena, fica horrorizado e agride Nick, lhe apontando um revólver. Helena, contudo, pede para que Ray não matasse Nick pois ela o amava. Ray então vai embora, convencido de que Helena estaria ali por livre vontade. Mesmo assim, uma estátua caí e aceta Nick na cabeça.

Nick acorda no hospital, completamente bem, e ao olhar o remédio em sua mão – o mesmo que estava segurando quando Helena foi atropelada - percebe que tudo o que aconteceu depois do acidente foi meramente um sonho. Na verdade, Nick havia sim levado Helena para o hospital, que foi submetida a uma cirurgia de seis horas. Alan conversa com Nick e diz que Helena já estaria bem e internada no hospital.

Nick visita Helena no quarto, que ainda estava em sono profundo. Helena estava completamente bem, sem nenhuma amputação. O cirurgião decide ir embora e se conformar com a realidade dos fatos: Helena nunca iria amá-lo. Em casa, Nick se perturba pois não consegue parar de sonhar com Helena e, devastado, finaliza o longa abraçando a estátua réplica da Vênus de Milo, em alusão à amada.

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Elenco

  • Sherilyn Fenn como Helena
  • Julian Sands como Dr. Nick Cavanaugh
  • Bill Paxton como Ray O'Malley
  • Kurtwood Smith como Dr. Alan Palmer
  • Art Garfunkel como Dr. Lawrence Augustine
  • Betsy Clark como Anne Garrett
  • Nicolette Scorsese como Amante da Fantasia/Enfermeira
  • Meg Register como Marion Cavanaugh
  • Bryan Smith como Russell
  • Marla Levine como Patricia
  • Kim Lentz como Enfermeira Diane
  • Lloyd T. Williams como Sam o Secretário
  • Carl Mazzocone Sr. como Pastor
  • Erik Shoaff como Tio Charlie
  • Lisa Oz como Mulher da loja de flores
  • Ted Manson como Carteiro
  • Adele K. Schaeffer como mulher na festa no flashback #1
  • Amy Levin como mulher na festa no flashback #2
  • Matt Berry como Nick Cavanaugh jovem
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Produção

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Em 1987, a roteirista estreante Jennifer Chambers Lynch, filha do também roteirista e diretor David Lynch, ficou fascinada com a história de Philippe Caland para um filme e escreveu o roteiro de Boxing Helena em cerca de seis semanas, aos 19 anos.[1] Ao escrever, Lynch foi inspirada por alguns elementos de sua própria infância, afirmando a Vice que seu nascimento com pés tortos e sua avó possuindo uma réplica de Vênus de Milo influenciaram sua visão sobre os personagens,[8] explicando:

Sempre me impressionou a maneira como as pessoas olhavam para Vênus. Eles não a viam como quebrada, eles a viam como bonita. E isso realmente causou um grande impacto em mim. Achei que estava quebrada e que talvez um dia alguém me achasse bonita. Então, essa ideia de um menino machucado que estava em uma situação obsessiva que tentaria recriar de sua própria visão a única coisa que não o atingiu ou o abandonou foi esta bela mulher sem braços. E, portanto, em um sonho, recrie essa coisa obsessiva em que tiramos um do outro até que tenhamos o tamanho e a forma que pensamos que a outra pessoa deveria ter para nós.[8]

Em 1990, foi anunciado que Madonna iria interpretar a protagonista do filme. Quando as filmagens estavam previstas para começarem em quatro semanas (janeiro de 1991), ela enviou uma mensagem através de sua agência, CAA, dizendo que estava se retirando do projeto. Madonna causou grandes prejuízos por isso, pois segundo o produtor Carl Mazzocone, estava agendada para um encaixe de próteses no dia seguinte e foram perdidos quase 750.000 dólares, mais demissão de cerca de 100 pessoas da equipe.[1]

Após a saída de Madonna, Jennifer Lynch se aproximou de Kim Basinger, que concordou em protagonizar o filme como Helena em fevereiro de 1991. Em 10 de junho de 1991, os produtores foram notificados pela agência de Kim que o acordo estava cancelado. Pouco tempo depois, Ed Harris, que estava desde o início para protagonizar como Nick, cansou da demora e desistiu em novembro para seguir a vida com projetos de teatro. Em seguida, Julian Sands e Sherilyn Fenn foram contratados.[1]

A mansão de Nick está localizada em Atlanta, tem 15.000 pés quadrados (4572 ) e o dono é o advogado Ed Garland.[1]

A produtora Main Line Pictures processou Kim por quebra de contrato, pedindo 8,1 milhões de dólares. Em um novo julgamento, três anos depois, a atriz acertou o pagamento de 3,8 milhões de dólares e chegou perto da falência.[9][10]

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Trilha sonora

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Em 1995, a trilha sonora do filme foi lançada pela Image Entertainment em CD (edição limitada).[carece de fontes?]

A trilha sonora ouvida durante a cena em que Helena toma banho em uma fonte, enquanto uma multidão festeira assiste, foi originalmente composta por Graeme Revell e baseada no "Love Theme", usado esparsamente em outras partes do filme, com vocais de Bobbi Page. A pedido dos produtores, "The Fountain Song", escrita e interpretada por Wendy Levy, substituiu a trilha sonora de Revell no DVD e nos lançamentos subsequentes.

Mais informação Faixa, Artista ...
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Lançamento

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Boxing Helena estreou no Festival de Cinema de Sundance em janeiro de 1993 e foi lançado nos cinemas pela Orion Classics nos Estados Unidos em 3 de setembro de 1993, pela Entertainment Film Distributors no Reino Unido em 18 de junho de 1993 e pela Republic Pictures em outros territórios internacionais. [11]

Bilheteria

O filme teve um desempenho ruim nas bilheterias,[12] arrecadando apenas $ 1.796.389 na bilheteria nacional.[13]

Recepção crítica

O filme recebeu críticas negativas da crítica de cinema após o lançamento e foi amplamente considerado de má qualidade,[14] apesar de ter recebido elogios no Festival de Sundance. No agregador de críticas Rotten Tomatoes, o filme tem uma pontuação de 17% com base em 35 comentários, com uma classificação média de 3,68/10.[15] O Metacritic relata uma classificação de 26 de 100 com base em 14 críticos, indicando "avaliações geralmente desfavoráveis". O crítico do Chicago Tribune, Gene Siskel, foi um dos poucos comentários positivos, dando ao filme três de quatro estrelas. [16] John Simon da National Review chamou Boxing Helena de "a maçã mais podre do fundo do barril cinematográfico".[17]

Premiações

O filme foi indicado para o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cinema de Sundance de 1993. Lynch ganhou o prêmio Framboesa de Ouro de pior diretor no 14º Framboesa de Ouro em 1994.

Referências na cultura pop

O filme foi referenciado no sétimo episódio da terceira temporada da série de televisão Gilmore Girls, “They Shoot Gilmores, Don't They?”. O filme também inspirou a música "Helena" dos Misfits de seu álbum Famous Monsters.

O título do filme foi usado como nome de um episódio da sexta temporada de The Fresh Prince of Bel-Air, quando o personagem de Will Smith tem aulas de boxe com uma atraente instrutora chamada Helena (Galyn Görg).

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Referências

  1. Anne Thompson (5 de julho de 1992). «FILM; The Ins and Outs of 'Boxing Helena'». nytimes.com
  2. «Boxing Helena». boxofficemojo.com
  3. «Encaixotando Helena». Brasil: AdoroCinema. Consultado em 13 de março de 2020
  4. «Encaixotando Helena». Brasil: CinePlayers. Consultado em 13 de março de 2020
  5. «Boxing Helena (1993)». American Film Institute. Consultado em 13 de março de 2020
  6. «'Boxing Helena' Director's Debut Plunges Her Into Gender Wars». Orlando Sentinel. Consultado em 24 de outubro de 2010
  7. Webber, Jason. «More Than David's Daughter: An Interview with Jennifer Lynch». Vice. Consultado em 18 de novembro de 2016
  8. Adam Sandler (17 de dezembro de 1995). «Basinger 'Boxing' Suit Settled». variety.com
  9. Thompson, Anne (5 de julho de 1992). «FILM; The Ins and Outs of 'Boxing Helena'». The New York Times
  10. Fox, David J. (8 de setembro de 1993). «Labor Day Weekend Box Office : 'The Fugitive' Just Keeps on Running». The Los Angeles Times. Consultado em 24 de outubro de 2010
  11. Maslin, Janet (3 de setembro de 1993). «Review/Film: Boxing Helena; A Kinky, Macabre Tale Of Erotic Fascination». The New York Times. The New York Times Company. Consultado em 24 de outubro de 2010
  12. «Boxing Helena (1993)». Rotten Tomatoes. Fandango Media. Consultado em 28 de junho de 2019
  13. «Boxing Helena reviews». Metacritic. CBS Interactive. Consultado em 16 de fevereiro de 2016
  14. Simon, John (2005). John Simon on Film: Criticism 1982-2001. [S.l.]: Applause Books. p. 387
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