Bagavadeguitá[1] (em sânscrito: भगवद्गीता; romaniz.: Bhagavad Gītā: "canção do bem-aventurado" ou "canção divina";[2][3] IAST: bhagavad-gītā; IPA: ˈbʱaɡəʋəd̪ ɡiːˈt̪aː[4]) é um texto religioso hindu escrito em sânscrito, parte do poema épico indiano Maabárata (escrito em partes e em épocas diferentes),[3] datado do século IV a.C. (próximo ao advento da era de Kali ou era das desavenças), que relata o diálogo de Críxena/Krishna (suprema personalidade de Deus) com o herói Arjuna (discípulo guerreiro) no campo de batalha de Kuruksetra.[3]
Arjuna representa o papel de uma alma confusa sobre seu dever e, recebe iluminação diretamente do Senhor Críxena, instruindo na ciência da autorrealização, ao explicar-lhe o sustentáculo do Reto Agir (darma, o carmaioga, o serviço desinteressado). No desenrolar da conversa são colocados pontos importantes da filosofia divina, que incluía já na época elementos das filosofias religiosas bramanismo e sânquia. Onde o primeiro ensinamento: ele é uma alma espiritual eterna que habita e dá vida ao corpo material.[3]
A obra é a essência do conhecimento védico e sagrado da Índia e um dos maiores clássicos de filosofia perene e de espiritualidade do mundo, influenciando inúmeros movimentos espiritualistas.[5][6][7] Compõe a principal obra do vixenuísmo, que envolve várias ramificações de fé em Vixenu ou Críxena, dentre as quais o popularmente conhecido movimento para consciência de Seri Críxena,[8][9] que a difundiu, a partir de 1965, no ocidente, através do líder religioso indiano Bhaktivedanta Swami Prabhupada. Este traduziu, e comentou, sem adulteração, com bênção de um mestre Parampara (sucessão discipular), dando origem ao livro Bhagavad-Gita: Como Ele É, contendo os principais ensinamentos do "caminho para a verdade superior" Darma, religião Bagavata Purana e instruções a respeito do serviço devocional a Críxena, segundo os preceitos de inúmeros escritos sagrados védicos. Dentre esses preceitos, o livro apresenta a ciência da auto-realização e da consciência em Críxena através do serviço devocional da bactiioga.[10]
Referências
- Rego 1953–1954, p. 154.
- Martins, Roberto. Bhagavad Gita - A Cançao Divina. [S.l.]: Poloprinter. ISBN 9788555220050.
- Costa, Ana Paula Ribeiro Dala (2013). «Considerações Iniciais». Adoração ritual a deidades no templo Hare Krishna em Curitiba (PDF) (Tese de graduação). Departamento de Antropologia e Ciências Sociais. Curitiba: Universidade Federal do Paraná. Consultado em 21 de janeiro de 2021.
- Áudio: bhagavad gita
- (em inglês) Bhattathiry, M. P. "Bhagavad Gita and management." Eubios Journal of Asian and International Bioethics 14.4 (2004).
- (em inglês) Reddy, M. S. "Psychotherapy-insights from bhagavad gita." Indian journal of psychological medicine 34.1 (2012): 100-104.
- (em inglês) Bazaz, Prem Nath. The Role of Bhagavad Gita in Indian History. Sterling Publishers, 1975.
- (em inglês) Stephen Prothero (2008). Religious Literacy: What Every American Needs to Know. HarperOne, p. 27. ISBN 978-0060859527
- (em inglês) Dennis Waite (2014). Sanskrit for Seekers, Mantra Books. ISBN 978-1782792277
- Laborde, A. L. P. (2008). Os Sons do Oriente: o conceito de autoconhecimento e sua contribuição para a Educação Ambiental, um estudo sobre a filosofia Hare Krishna (Master's thesis).
Bibliografia
Ligações externas
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