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economista, matemático e político português Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Bento de Jesus Caraça GCSE • GOL (Vila Viçosa, Conceição, 18 de abril de 1901 — Lisboa, Santa Isabel, 25 de junho de 1948) foi um matemático português, professor universitário, resistente antifascista comunista revolucionário e militante do Partido Comunista Português.[1] Há uma biblioteca com o seu nome na Moita e um conjunto de escolas por todo o país, sendo a sede em Lisboa, e várias delegações, incluindo, Seixal, Barreiro, Beja, Porto, etc.
Bento de Jesus Caraça | |
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Nascimento | 18 de abril de 1901 Conceição, Vila Viçosa, Portugal |
Morte | 25 de junho de 1948 (47 anos) Santa Isabel, Lisboa, Portugal |
Nacionalidade | português |
Cônjuge | Maria Octávia Sena (1926) Cândida Ribeiro Gaspar Caraça (1943, 1 filho) |
Ocupação | Matemático e professor universitário |
A 20 de julho de 2013, a casa onde nasceu foi recuperada, e é nela que estão exemplos de todas as obras e fotografias que Bento de Jesus Caraça realizou (Casa Museu Bento de Jesus Caraça).
Licenciou-se, em 1923, no Instituto Superior de Comércio, hoje Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. Em 1936 já fundava o Núcleo de Matemática, Física e Química com outros recém-doutorados nas áreas da matemática e física. Em 1938, com os também professores, Mira Fernandes e Beirão da Veiga, funda o Centro de Estudos de Matemáticas Aplicadas à Economia, que dirigiu até outubro de 1946, ano da sua extinção pelo Governo.[2]
Em 1940, com os professores, António Aniceto Monteiro, Hugo Baptista Ribeiro, José da Silva Paulo e Manuel Zaluar Nunes, criou a Gazeta de Matemática.[1] Em 1941 cria a "Biblioteca Cosmos",[1] para edição de livros de divulgação científica e cultural, a qual publicou 114 livros, com uma tiragem global de 793 500 exemplares. Colaborou também nas revistas Técnica, Gazeta de Matemática, Seara Nova, Vértice e Revista de Economia.[1]
Foi um apaixonado entusiasta pela Universidade Popular Portuguesa, para a qual contribuiu avidamente.[1] Foi membro do MUNAF e vice-presidente do MUD.[1] Em 1943 e até 1944 torna-se o segundo presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática em conjunto com Aureliano de Mira Fernandes.
Em 1946 é afastado do ensino[1] e preso pela PIDE e, em outubro desse mesmo ano, demitido do lugar de professor catedrático do Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras.[3] Faleceu em Lisboa, em sua casa na rua Almeida e Sousa, freguesia de Santa Isabel, no dia 25 de junho de 1948, vítima de doença cardíaca.[4][5]
Bento de Jesus Caraça foi agraciado, a título póstumo, com:
O seu nome foi atribuído:
Bento de Jesus Caraça era filho de João António Caraça, trabalhador, e Domingas da Conceição Espadinha, doméstica, ambos naturais de Vila Viçosa.[12] Casou primeira vez, em 1926, com Maria Octávia Sena, falecida a 18 de setembro de 1927. Casou segunda vez em Lisboa, a 25 de agosto de 1943, com Cândida Ribeiro Gaspar, professora, licenciada em Ciências Económicas e Financeiras, natural de Ramalhal, Torres Vedras, com quem teve o seu único filho, João Manuel Gaspar Caraça, nascido a 22 de agosto de 1945. Foram padrinhos de casamento, entre outros, o professor Dias Amado e o escritor Manuel Mendes.[13][14]
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