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localidade e antiga freguesia de Belmonte, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A Freguesia de Belmonte, com sede na vila que lhe dava o nome, foi uma freguesia portuguesa do Município de Belmonte que tinha 30,91 km² de área e 3 183 habitantes (2011), e, por isso, uma densidade demográfica: de 103 hab/km².
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Freguesia portuguesa extinta | ||||
Vila de Belmonte com brasão e o seu castelo em fundo | ||||
Símbolos | ||||
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Localização | ||||
Localização de Belmonte em Portugal Continental | ||||
Mapa de Belmonte | ||||
Coordenadas | 40° 21′ 30″ N, 7° 21′ 05″ O | |||
Município primitivo | Belmonte (Portugal) | |||
Município (s) atual (is) | Belmonte (Portugal) | |||
Freguesia (s) atual (is) | Belmonte e Colmeal da Torre | |||
História | ||||
Extinção | 28 de janeiro de 2013 | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 27,32 km² | |||
População total (2011[1]) | 3 183 hab. | |||
Densidade | 116,5 hab./km² | |||
Outras informações | ||||
Orago | Santa Maria |
Era uma das poucas freguesias portuguesas territorialmente descontínuas, consistindo em duas partes de extensão muito diferente: a parte principal (concentrando 90% do território da freguesia, incluindo a vila sede da própria freguesia e do município a que pertencia) e um pequeno exclave (lugar de Gaia) a norte, separado do corpo principal pela extinta Freguesia de Colmeal da Torre,[2][3] esta desanexada da freguesia de Belmonte em 1949.[4]
Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada com a Freguesia de Colmeal da Torre, restaurando o território da freguesia anterior à desanexação de 1949, mas agora sob a designação de União das Freguesias de Belmonte e Colmeal da Torre da qual é a sede.[5]
População da freguesia de Belmonte [6] | ||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 |
1 773 | 1 875 | 2 084 | 2 376 | 2 768 | 2 745 | 3 258 | 3 947 | 3 005 | 2 827 | 2 293 | 2 503 | 3 046 | 3 227 | 3 183 |
Com lugares desta freguesia foi criada a freguesia de Colmeal da Torre (decreto lei nº 37.536, de 01/09/1949
Distribuição da População por Grupos Etários em 2001 e 2011 | |||||||||
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Idade | 0-14 | 15-24 | 25-64 | > 65 | 0-14 | 15-24 | 25-64 | > 65 | |
2001 | 507 | 407 | 1.619 | 694 | 15,7% | 12,6% | 50,2% | 21,5% | |
2011 | 429 | 332 | 1.706 | 716 | -15,4% | -18,4% | 5,4% | 3,2% |
Os vestígios mais antigos da presença humana no concelho remontam à Pré-História, no entanto são da Época Romana o maior número de testemunhos dessa presença.
A importância de Belmonte no contexto da História de Portugal releva da Idade Média, tendo-lhe sido concedida Carta de Foral em 1199 por D. Sancho I, que quereria "povoar e restaurar", assegurando, desta forma, o controlo político da região para a Coroa Portuguesa. Simultaneamente, e uma vez que se tratava de uma zona de fronteira com o Reino de Leão, iniciava-se a construção de reduto fortificado que nos finais do século XIII, a pedido do Bispo de Coimbra, a cujo senhorio pertencia, é transformado em castelo, sendo então construída a Torre de Menagem.
Nesse período, Belmonte é já uma vila em franco desenvolvimento, justificando a existência de duas igrejas (Santiago e Santa Maria) e uma Sinagoga. Este crescimento será travado com as Guerras Fernandinas e a Crise de 1383-1385, que obrigam D. João I a conceder a Belmonte Carta de Couto, logo em 1387, a pedido do Bispo de Coimbra, que nos disse que "o seu castello de bellmonte he muy despouado por rezam desta guerra".
Entre 1397 e 1398, D. João nomeou o primeiro Alcaide-Mor do Castelo de Belmonte tendo, escolhendo Luís Álvares Cabral, 2.º Senhor de Azurara da Beira, 2.º Senhor de Manteigas, 2.º Senhor de Moimenta da Serra e 2.º Senhor de Tavares tudo de juro e herdade, que também herdara em Belmonte o Morgado instituído por sua tia paterna Maria Gil Cabral, filha de D. Gil Cabral, Bispo da Guarda, sendo Luís Álvares Cabral tio materno de Frei Gonçalo Velho Cabral, Descobridor, Povoador e 1.º Capitão-Donatário de Santa Maria e 1.º Capitão-Donatário de São Miguel no século XV. Mas é só em 1466, que a família Cabral se fixa definitivamente em Belmonte, aquando da doação a título hereditário da Alcaidaria-Mor do Castelo a Fernão Cabral, Membro do Conselho de D. Afonso V.
No século XVI, Belmonte dará de novo um contributo importante para a História de Portugal através de Pedro Álvares Cabral, o Navegador, que, em 1500, comandou a 2.ª Armada à Índia e, durante a sua missão, descobriu o Brasil. Diogo Fernandes Cabral, também como ele trineto do casamento de Álvaro Gil Cabral, e sua mulher Maria de Macedo foram pais de Jorge Dias Cabral. Refira-se ainda a prestigiada figura de Jorge Cabral, que teve vários cargos importantes durante o século XVI, nomeadamente o de Governador da Índia entre 1549 e 1550.
Em 1510, D. Manuel I concede Nova Carta de Foral, reconhecendo a sua importância política e económica. Belmonte era então uma comunidade rural, dependente da pecuária e da agricultura, com algum comércio, que todavia terá sido prejudicado pelo Édito de Conversão dos Judeus em 1496, e responsável pelo surgimento de uma comunidade cripto-judaica que resistirá às perseguições da Inquisição, até ao século XIX.
O século XIX, é marcado pela disputa de lugares políticos da Câmara e das Juntas da Paróquia.
Em 1831, com a Reforma Administrativa de D. Miguel I de Portugal, a Freguesia de Santiago foi extinta e criada uma única Freguesia e cabeça do Concelho de Belmonte, tendo Santa Maria como cabeça da Paróquia e Freguesia.
Com a reforma administrativa de 1855, o Concelho de Belmonte composto até então, pelas Freguesias de Maçaínhas e Ínguias é alargado ao Concelho de Caria, autónomo da Covilhã desde 1644. Em 1947 a freguesia de Belmonte é dividida, surgindo a nova freguesia de Colmeal da Torre e ficando o Concelho com cinco freguesias, situação que se manteve até 2013, ano em que passou para quatro freguesias.
A para além da vila sede da freguesia era ainda composta pelos seguintes lugares anexos:
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