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Barbara Strozzi (Veneza, batizada em 6 de agosto de 1619 - Pádua, 11 de novembro de 1677) foi uma compositora e cantora barroca.
Barbara Strozzi | |
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A Gambista, c. 1630–1640, por Bernardo Strozzi (suposto retrato de Barbara Strozzi) | |
Informações gerais | |
Nascimento | 6 de agosto de 1619 |
Origem | Veneza, Itália |
País | Itália |
Morte | 1677 (58 anos) Pádua, Itália |
Instrumento(s) | Voz |
Período em atividade | 1644 - 1664 |
Era provavelmente filha ilegítima do poeta e libretista veneziano Giulio Strozzi (1583 – 1652) e de sua serviçal, Isabella Garzoni, apelidada la Greghetta. Em 1628, Giulio, também ele, filho ilegítimo (depois legitimado) de Roberto Strozzi, refere-se a Barbara como sua figliuola elettiva, ao designá-la como herdeira em seu testamento.[1]:140s
Sob a orientação de seu pai, Barbara estudou música com o cantor, organista e compositor Francesco Cavalli, parceiro próximo de Claudio Monteverdi, cuja morte o levou a assumir a liderança entre os compositores da ópera barroca veneziana. Com ele, Barbara também desenvolveu seus dotes de soprano. Aos 16 anos, ela cantava, acompanhando-se de um dos muitos instrumentos de que seu pai dispunha, nos concertos promovidos por Giulio, nas reuniões da Accademia degli Incogniti ou, a partir de 1637, da Accademia degli Unisoni, esta última fundada pelo próprio Giulio.[2]
Barbara Strozzi também foi uma compositora talentosa. Em artigo de 1997, publicado na Musical Quarterly, a musicóloga Beth L. Glixon, especialista em ópera veneziana do século XVII, refere-se a Barabara Strozzi como"o mais prolífico compositor – homem ou mulher – de música vocal secular publicada em Veneza, em meados do século XVII".[3][4]
Em 1644, Strozzi publicou seu opus nº1, Il primo libro di madrigali, dedicado à grã-duquesa da Toscana, Vittoria Della Rovere[5] Esses madrigais tinha letras escritas por seu pai, Giulio Strozzi. As coletâneas publicadas após a morte de seu pai (1652), tiveram textos escritos por amigos do libretista ou por ela mesma. Quase todos os seus trabalhos foram seculares e escritos para sua própria voz (soprano lírico) e mostram o seu domínio de diferentes formas musicais - cantatas, ariettas e duetos.[2]
Barbara Strozzi nunca se casou mas teve quatro filhos. Os três últimos eram de Giovanni Paolo Vidman (ou Widmann), um amigo de Giulio Strozzi, que a ele dedicara o libretto de La finta pazza. Vidman era patrono de artistas, membro da Accademia degli Incogniti e, embora fosse casado com outra mulher (Camila Grotta), manteve com Barbara uma longa relação.[1]:152
Barbara Strozzi compôs 125 composições, organizadas em oito coletâneas[6] que foram publicadas entre 1644 e 1664 e dedicadas a mecenas e protetores diversos.
O opus 4 se perdeu (supõe-se que tenha sido dedicado ao Duque de Mântua).[7]
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