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música gravada que acompanha uma produção, como um filme Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Uma banda sonora (português europeu) ou trilha sonora (português brasileiro) é, tecnicamente falando, "todo o conjunto sonoro de um filme, incluindo além da música, os efeitos sonoros e os diálogos."[1] Isso também inclui peças de um programa de televisão ou de jogos eletrônicos. Pode incluir música original, criada de propósito para o filme, ou outras peças musicais, canções e excertos de obras musicais anteriores ao filme. A definição de "trilha sonora" se expandiu na década de 1990, com coletâneas do tipo "Music Inspired By".[2] Alguns exemplos bem sucedidos dessa tendência foram as trilhas de O Corvo (nos Estados Unidos[3]) e Trainspotting (no Reino Unido[4]).
A tradução deste artigo está abaixo da qualidade média aceitável. (Setembro de 2021) |
Um filme pode popularizar uma obra musical já existente, mas menos conhecida pelo grande público. 2001 - Uma Odisseia no Espaço deu uma popularidade sem precedentes ao poema sinfónico Assim falou Zaratustra, de Richard Strauss. O filme Elvira Madigan, de Bo Widerberg, ao utilizar o concerto para piano n.º 21 de Wolfgang Amadeus Mozart, popularizou de tal forma esse tema musical que, apesar de já existir há muito, passou a ser cognominado de Elvira Madigan.
As edições das bandas sonoras em álbum têm sido lançadas de dois modos: ou se trata da edição da banda sonora de um filme ou são colecções de várias peças de um certo autor criadas especificamente para alguns filmes - como, por exemplo, Bernard Herrmann, Ennio Morricone ou Nino Rota[ou [não]].
Desde a primeira e histórica projeção dos irmãos Lumière, em 1895, as imagens da 7ª arte já tinham um acompanhamento musical.[5] Porém, o fundo musical era geralmente uma improvisação solo feita por pianistas ou organistas, e a música raramente coincidia com as narrativas da tela.[6] A partir de 1910 começaram a ser editadas partituras para piano e orquestra, que transmitiriam os "climas" apropriados para cenas específicas. No entanto, o problema de sincronização entre cena e trilha sonora ainda não tinha sido resolvido.[7] Só na década seguinte se chegou a uma solução para este impasse, com a encomenda dos primeiros scores, ou seja: música incidental feita exclusivamente para determinado filme.[8]
O processo de liberação de uma música junto às editoras e artistas para a utilização e sincronização da obra musical na novela, pode levar meses até que todos os contratos e autorizações sejam fechados. Só para se ter uma ideia, o preço da música vai depender do tipo de utilização que ela terá na obra.[9]
Nas décadas de 1970 e 1980, era crucial para um cantor ter sua música presente numa novela para se apresentar em programas televisivos.[10] Isso vale também para artistas internacionais, que também tiveram suas carreiras impulsionadas no Brasil através de sua presença em novelas.[11] Por conta disso, durante muito tempo, as trilhas sonoras de novelas influenciaram o gosto musical do brasileiro.[11][12]
No entender de Guilherme Bryan (co-autor do livro "Teletema - A História da Música Popular Através da Teledramaturgia Brasileira"), a partir dos anos 1990, houve uma pulverizada nesta lógica com o surgimento de novos canais e a consolidação da MTV.[10]
A fase 1985-1989 marcou uma “era de ouro” das vendagens de trilhas novelísticas –seis das dez novelas com mais discos vendidos foram exibidas nesse período de cinco anos.[12]
Até hoje, o álbum com a trilha-sonora da novela O Rei do Gado é o mais vendido da história,[10] com mais de 2 milhões de cópias vendidas de um disco calcado no sucesso do gênero sertanejo.[12]
Com relação à temas instrumentais, até 1980, era raro uma composição instrumental ter espaço nos discos de novela - às vezes, um ou dois temas eram incluídos no álbum, como aconteceu nas trilhas de “Tieta” (1989), “Vamp” (1991), “Força de Um Desejo” (1999) e outras.[13]
As novelas “Baila Comigo” (1981) - TV Globo - “Cavalo Amarelo” (1980) e “Ninho da Serpente” (1982) - ambas da Band - ganharam LPs com algumas faixas incidentais - as chamadas BGMs - que tocavam em suas cenas.[13]
Em 1990 foi lançado o primeiro álbum exclusivamente com as BGMs. Aproveitando o fenômeno da novela “Pantanal” na Manchete, os temas compostos por Marcus Viana para a história de Benedito Ruy Barbosa foram quase todos disponibilizados ao público em LP, intitulado “Pantanal - Suíte Sinfônica”. Outros exemplos de álbuns exclusivamente com as BGMs das novelas é “Xica da Silva”, “Terra Nostra” e “O Clone”, todos os 3 com temas compostos por Marcus Viana. Até então, porém, todos estes discos eram postos à venda mais por responsabilidade da gravadora do músico, a Sonhos e Sons, do que por vontade das TVs.[13]
No ano de 2002, pela primeira vez era lançado um CD com as BGMs das novelas por iniciativa da emissora. Coube ao álbum com os temas incidentais de “Esperança”, com canções assinadas pelo maestro John Neschling e pelo pianista Ilan Rechtman, ter esse pioneirismo.[13]
Na década de 2010, com o advento das plataformas digitais, álbuns com as trilhas incidentais passaram a ser mais comuns, uma vez que não era mais necessário por a venda o cd em formato físico.[13]
As bandas sonoras para cinema, tais como as televisivas, normalmente incluem excertos da música instrumental composta para o filme (ou programa televisivo) e canções que nele se ouvem.
Na década de 1990, popularizou-se o conceito de inclusão de canções inspiradas pelo filme (ou programa). De um modo geral, tratava-se apenas de uma jogada de marketing para atingir mais público, e os álbuns sofreram com tal.[2] Um crítico apontou essa tendência como o sintoma de um "gradativo empobrecimento que a música do cinema sofreu" no últimos tempos.[14] No entanto, alguns desses álbuns eram bastante superiores à média.[2]
De qualquer modo, as bandas sonoras assemelham-se a álbuns de compilações de vários intérpretes.
A música do filme está de harmonia com o diálogo e a imagem, estabelecendo o tom de um filme. Independentemente de ser clássica, jazz, eletrónica ou qualquer outro género, todo o material musical expressamente composto ou exibido num filme pode ser definido como a música do filme.
Pelo contrário, um álbum que seja uma banda sonora não contém necessariamente a música do filme, uma vez que muitas das canções que apresenta podem não ter sido gravadas tendo o filme como objectivo (por exemplo, as constantes em American Graffiti, The Big Chill, Dirty Dancing) ou podem nem ter sido exibidas no filme (por exemplo, Batman Forever).
Tal como a Música do Filme, os Temas Cinematográficos são retirados dos filmes. A diferença é que, enquanto os álbuns de Música do Filme apresentam as gravações originais, as coleções de Temas Cinematográficos reúnem material gravado por intérpretes que não tiveram envolvidos com o filme.
As origens da história da música de desenhos animados estão intimamente ligadas ao trabalho do compositor Carl Stalling, o qual trabalhou nos estúdios de animação Warner Bros. durante duas décadas.
Stalling trilhou um novo caminho ao seguir a trajetória visual da ação no écran por oposição às regras aceites de composição. O resultado - não alicerçado nos tradicionais tempo, ritmo e desenvolvimento temático - foi de grande extremismo, à medida que a melodia, o estilo e a forma se misturavam em som e imagem intimamente ligados.
Essa fórmula continua a ser a atualmente utilizada nas composições desenvolvidas para a animação, embora, desde a era do rock, as canções pop também tenham destaque nas produções de desenhos animados, por vezes com vultos da pop, como Celine Dion e Peabo Bryson, Elton John e Phil Collins.
Algumas séries televisivas de animação foram também baseadas em bandas de rock ficcionais como Josie & the Pussycats e Jabberjaw (nota: esta última foi exibida no Brasil com o nome Tutubarão).
Os filmes de espionagem são um género cinematográfico popular desde a década de 1960. Não só os filmes são bem conhecidos, como a sua música também. De facto, a música que exibiam tornou-se quase inseparável deles próprios, em especial no caso do agente secreto James Bond. A música de John Barry definiu o tom musical do género, cujos princípios têm sido seguidos desde então.
As músicas utilizadas em competições esportivas artísticas como ginástica e patinação no gelo. São partes da apresentação que não pontuadas na competição, mas que são indispensáveis.
A música de jogo digital...
O ano de 2003 foi um marco nesse sentido. Foi nesse ano que a primeira trilha sonora de um videogame - NBA Live 2003 da Electronic Arts - obteve um disco de platina pela Recording Industry Association of America (RIAA).[15] Nesse mesmo ano a British Academy of Film and Television Arts (BAFTA) incluiu na sua programação premiações à indústria de games,[16] entre elas a categoria de melhor trilha sonora. Agraciados por esse prêmio incluem Dead Space,[17] Okami,[18] Hitman: Contracts[19] e o primeiro título da série Guitar Hero.[20]
A popularidade da música de videogames ganhou com novo impulso com o projeto Video Games Live, produzido por Tommy Tallarico. A partir de 2005 a Orquestra Filarmônica de Los Angeles começou a apresentar no Hollywood Bowl um concerto com músicas de games clássicos, a exemplo de Halo, Tron, Zelda e Metal Gear Solid.[21]
Desde seu início, os críticos têm sido impiedosos com o estilo.[32] A música original do cinema é tida como uma arte menor, talvez herdando um pouco do discriminação que a sétima arte têm sofrido desde sempre.
Muitos críticos diminuem esse trabalho melódico com o argumento dos seus fins comerciais. No entanto, mesmo no seu pior, esse gênero musical pode ser agradável e servir como easy listening.
No seu melhor, as bandas sonoras estão entre os trabalhos mais importantes dos compositores instrumentais contemporâneos na música moderna. Sergei Prokofiev, por exemplo, criou obras-primas em conjunto com um dos pais do cinema: Sergei Eisenstein. Outros grandes compositores do século XX são quase exclusivamente conhecidos pelas bandas sonoras que criaram. Tal foi desmistificando a ideia - e alterando também comportamentos - de que as peças escritas como bandas sonoras eram mera música de fundo.
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