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Avaaz.org (ou simplesmente Avaaz) é uma rede para mobilização social global através da Internet. Sua principal missão é mobilizar pessoas de todos os países para construir uma ponte entre o mundo em que vivemos e o ''mundo que a maioria das pessoas quer''. Fundada em 2007, conjuntamente pela Res Publica, um grupo de advocacia global da sociedade civil, e pelo MoveOn.org, um grupo de ativismo online dos Estados Unidos, que uniram suas experiências no campo jurídico e de ativismo online para formar o Avaaz.org. O site da avaaz.org é operado pela Fundação Avaaz, uma associação sem fins lucrativos.[4] Em 2012 foi criado um novo site de abaixo-assinados da Comunidade da Avaaz, que encoraja as pessoas a criarem suas próprias campanhas usando as ferramentas de abaixo-assinados online da Avaaz—o site permite que pessoas ao redor do mundo iniciem campanhas com âmbito local, nacional e internacional.[5]
Lema | "O Mundo em Ação" |
Tipo | Organização não governamental |
Fundação | 2007[1] |
Propósito | ativismo virtual onde a comunidade de campanhas leva a voz da sociedade civil para a política global. |
Sede | Nova Iorque, EUA |
Membros | 45.000.000+[2] |
Línguas oficiais | 16 línguas |
Diretor Executivo | Ricken Patel |
Fundador(a) | Res Publica e MoveOn.org |
Empregados | 52 empregados[3] e vários voluntários |
Sítio oficial | avaaz.org |
Hoje, a Avaaz está presente em 16 línguas, possui mais de 45 milhões de membros espalhados por 194 países e coordena mobilizações em todo o mundo.[2] Os países com maiores números de membros são o Brasil, com mais de 10 milhões de membros e a França, com mais de 4 milhões de membros.[6]
Avaaz.org foi co-fundada pela Res Publica, uma "comunidade de profissionais do setor público dedicada a promover a boa governança, virtudes cívicas e a democracia deliberativa",[7] e pela MoveOn.org, um grupo de advocacia progressista sem fins lucrativos dos Estados Unidos.[8][9] Avaaz também teve o apoio da Service Employees International Union, parceiro na fundação, e da GetUp!, uma organização de campanhas sem fins lucrativos com base na Austrália.
Os indivíduos que co-fundaram a Avaaz incluem Ricken Patel, Tom Pravda, ex-parlamentar do Estado americano da Virginia, Tom Perriello, Eli Pariser, diretor-executivo da MoveOn, David Madden, empreendedor progressista australiano, Jeremy Heimans (co-fundador da Purpose.com), e Andrea Woodhouse[8] O conselho da Avaaz é formado por Ricken Patel (presidente), Tom Pravda (secretário), Eli Pariser (presidente do conselho), e Ben Brandzel (tesoureiro).[10]
O fundador-presidente da Avaaz, e diretor-executivo, é Ricken Patel, de origem canadense e britânica..[9] Ele é formado em PPE (Politics, Philosophy, Economics) na Balliol College, Oxford University, e possui um mestrado em Políticas Públicas pela Universidade de Harvard. Ele trabalhou para o International Crisis Group em vários lugares do planeta, incluindo Serra Leoa, Libéria, Sudão e Afeganistão, onde diz ter "aprendido a colocar forças rebeldes em uma roda de negociação, monitorar eleições, restaurar a fé da opinião pública em sistemas políticos corruptos e a identificar quando potências estrangeiras estão sendo manipuladas." Ele voltou para os EUA e se tornou voluntário da MoveOn.org, onde aprendeu a utilizar ferramentas digitais para o ativismo.[11]
A Avaaz atua em assuntos como:
No âmbito destes temas gerais a Avaaz iniciou abaixo-assinados como: Brasil: uma solução para as drogas, Avaaz foi Atacada - Guerra Cibernética vs Poder Popular, entre outros.[2]
As primeiras campanhas da Avaaz, no ano de 2007, incluíram esforços para apoiar ativistas pró-democracia em Mianmar, impedir a escalada militar no Iraque, e uma solução para o conflito em Israel-Palestina.
Durante esse ano a comunidade da Avaaz fez campanhas para banir as bombas de fragmentação, trazer a democracia real para o Zimbabwe, fez campanhas inovadoras sobre o Tibete, entre outras.
Durante 2009, membros da Avaaz divulgaram um enorme alerta sobre as questões climáticas, lutaram para proteger a Amazônia brasileira, ajudaram as vítimas do ciclone que atingiu Mianmar, proporcionaram segurança alimentar para o mundo em desenvolvimento e lançaram uma campanha publicitária em Washigton para fechar o centro de detenção de Guantanamo.
Em 2010, a Avaaz fez campanhas para defender os oceanos, proteger a liberdade de expressão na Itália, entregar ajuda para as vítimas do terremoto no Haiti e das enchentes no Paquistão, combater a legislação antigay em Uganda, lutar contra a corrupção no Brasil e parar com o "estupro corretivo" na África do Sul.
Em 2011 a comunidade da Avaaz trabalhou para acabar com a corrupção na Índia, incentivar hotéis a proteger as mulheres da escravidão sexual, apoiar a revolução pró-democracia que varre o mundo árabe, desafiar o império da mídia de Rupert Murdoch, e muito mais.
Em 2012, a Avaaz trabalhou para se proteger contra ataques à liberdade na Internet, proteger o poder de escolha para as mulheres hondurenhas, angariar apoio para o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis antes da Rio+20, e trabalhou para quebrar o blackout da mídia na Síria.
Feliciano
Renan
Dilma Rousseff
Em 2008, o político conservador canadense John Baird referiu-se à Avaaz como uma "obscura organização estrangeira" amarrada ao bilionário George Soros.[25]
Em maio de 2012, o site removeu um abaixo-assinado que pedia o retorno do colunista francês Eric Zemmour à rádio RTL, que havia sido mandado embora da emissora por causa de uma crítica feita contra a ministra da justiça Christiane Taubira[26].
Em janeiro de 2013, após a controvérsia sobre o número de manifestantes nas ruas de Paris, um abaixo-assinado é colocado online para pedir ao presidente francês François Hollande e os parlamentares uma comissão de inquérito sobre a contagem. Em poucos dias, o abaixo-assinado recebeu mais de 10 mil assinaturas. A Avaaz manteve o abaixo-assinado, porém a quantidade de signatários e os nomes destes foram bloqueados, sem quaisquer explicações[27].
Em maio de 2013, foi criada uma petição para o impeachment da presidente do Brasil Dilma Rousseff[28] Após a posse do segundo mandato de Rousseff, em janeiro de 2015, partidários de seu impeachment enviaram centenas de milhares de e-mails, buscando apoio para o abaixo-assinado.[29] Acusações de parcialidade pelo fato do contador estar congelado levaram o Avaaz a publicar uma nota oficial.[30] Em 10 de fevereiro de 2015, o contador estava funcionando regularmente e contabilizava 1.835.356 assinaturas.[31]
A organização é acusada de realizar propaganda antissionista exigindo que este negocie com o Hamas (grupo que não reconhece o país).[32] Também se mobiliza pela extinção do partido Conservador do Canadá.[32]
Denúncias e críticas reportadas pelo blogueiro e jornalista Luís Nassif mostram que a organização teria tomado o crédito para si da criação e da implantação da lei da Ficha Limpa.[33] (pela lei 9709/1998, um abaixo-assinado criado pela Internet, como os da Avaaz, não tem validade para a criação de um projeto de lei de iniciativa popular) e de ter se apossado de outras conquistas e vitórias, além de acusar a entidade de não ter interesse em transmitir a informação, priorizar algumas campanhas em detrimento de outras pela quantidade de assinaturas e não pela importância, causa ou urgência e acusando a entidade de arrogância e egocentrismo e de ser "potencialmente danosa ao ativismo digital"[34]. A ativista da EFF, Jillian York, também acusa a organização de arrogância e egocentrismo, além da acusação de agir com falta de transparência[35]
No Brasil para que alguma iniciativa popular tenha efeito legal, deve-se coletar as assinaturas conforme artigo 61, parágrafo segundo da Constituição Federal e o site Avaaz não permite baixar as assinaturas das petições. Como exemplo, a petição "Impeachment do Presidente do Senado: Renan Calheiros", foram entregues caixas vazias simbolizando as assinaturas e mostrando a quantidade de assinaturas através de um IPAD[36].
A Avaaz faz lobby e atua como consultora no Brasil para a aprovação de projetos de Lei que visam quebrar a privacidade do usuário para supostamente controlar a desinformação. Um exemplo disso é o projeto de lei que estabelece regras para o uso e a operação de redes sociais e serviços de mensagem privada via internet (PL 2.630/2020[37]). A Internet Society, assim como a Coalizão Direitos na Rede, demonstram preocupação com o projeto de lei 2.630/2020, que permite a rastreabilidade das comunicações privadas em aplicativos de mensagens instantâneas como WhatsApp e Telegram. Segundo nota[38] da Internet Society, o PL gerará o armazenamento de metadados diretamente associados ao teor de mensagens privadas, ameaçando a privacidade e confidencialidade das comunicações privadas. Além disso, alerta que esse projeto defendido pela Avaaz resultará numa retenção de dados indiscriminada, para todos os usuários de determinado serviço ou aplicação, violando assim o princípio da presunção de inocência garantido pela Constituição Federal e afrontando o princípio da "minimização da preservação de dados pessoais", previstos no Marco Civil da Internet e na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o fundador e diretor-executivo da Avaaz, Ricken Patel, acusa, sem apresentar provas, ativistas de direitos humanos, plataformas e extrema direita de atuarem juntos contra projetos de lei que regulam a Internet. "No Brasil, emergiu uma 'coalizão do não faça nada', que une alguns defensores de liberdade de expressão, plataformas e extrema direita. E eles conseguiram tirar de projetos de lei algumas das soluções eficientes.[39]"
Alguns criticam que o foco do Avaaz em abaixo-assinados online e campanhas por e-mail pode encorajar a preguiça, transformando um potencial ativismo em "clicativismo", um ativismo preguiçoso de "sentir-se bem", mas sem um engajamento real.[34][40]
As doações para o Avaaz.org têm sido alvo de escrutínio e suspeitas de fraude.[33][41] Sites como o Discover the Networks[42] (do David Horowitz Freedom Center criado por David Horowitz) divulgam ao grande público as agendas fontes de recursos de organizações como o Avaaz.org.
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