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O Atentado de Julho foi uma tentativa de assassinato contra o imperador brasileiro, Dom Pedro II, em 15 de julho de 1889.
Atentado de Julho | |
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Gravura no jornal francês Le Monde illustré sobre o atentado, de 21 de setembro de 1889, junto com um retrato de Adriano do Valle | |
Local | Praça da Constituição, Rio de Janeiro |
Data | 15 de julho de 1889 (135 anos) |
Alvo(s) | Pedro II do Brasil |
Arma(s) | revólver |
Mortes | 0 |
Feridos | 0 |
Responsável(is) | Adriano Augusto do Valle |
Ocorreu na atual Praça Tiradentes, após a saída do imperador do concerto da violinista Giulietta Dionesi no Teatro Sant'Anna (hoje Teatro Carlos Gomes), no Rio de Janeiro, capital do Império. Enquanto saía, D. Pedro foi surpreendido por um jovem bem vestido que atirou contra a carruagem do imperador com gritos enaltecendo a república, porém, não conseguiu atingir o monarca. O atirador conseguiu fugir, porém, foi mais tarde capturado pela polícia e reconhecido como Adriano Augusto do Valle. Durante o momento de sua prisão, estava embriagado em um bar, onde diante de outros fregueses, vangloriava-se de ter atirado contra o imperador. Também afirmava que o faria de novo, por ter errado o disparo.[1]
O imperador, apesar do ocorrido, decidiu não levar o processo adiante, pois o objetivo do imperador era impedir uma grande repercussão do ocorrido e com isto, o movimento republicano ganhar mais moral e destaque, além, de impedir futuros atentados.[2]
O tiro foi disparado após a carruagem imperial ter partido do Teatro Sant'Anna (hoje Teatro Carlos Gomes), enquanto passava em frente ao restaurante Maison Moderne na Praça da Constituição (atual Praça Tiradentes), entre a rua Espírito Santo (atual Rua Pedro I) e a Travessa da Barreira (atual Rua Silva Jardim). Em seguida a carruagem seguiu pela Rua da Carioca em direção ao Paço Imperial.[3]
Adriano Augusto do Valle, nascido em Portugal, era um caixeiro desempregado. Tinha 20 anos.[4] Apesar dos gritos que enalteciam a república, Adriano não possuía qualquer ligação com o movimento republicano.[5]
Adriano faleceu no dia 30 de Março de 1903, com 36 anos de idade, viúvo, agrimensor, residindo no município de Miracema, noroeste do estado do Rio de Janeiro, de tuberculose pulmonar, sendo sepultado no cemitério público de Miracema.[6]
O atentado foi condenado pelo líder do Partido Republicano, Quintino Bocaiuva, por meio do jornal O Paiz, assim como por outros órgãos de imprensa republicanos como a Gazeta da Tarde e a República Brazileira. O incidente causou polêmica em torno da imigração no Brasil, em crescimento durante a década de 1880. Devido à nacionalidade do acusado, o embaixador de Portugal no Brasil, Nogueira Soares, convocou uma reunião para discutir sobre o atentado. Associações portuguesas lançaram uma nota de repúdio ao ataque, e a diretoria do Liceu Literário Português anunciou seu total desacordo com o ato.[3]
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