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linguista brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Aryon Dall'Igna Rodrigues (Curitiba, 4 de julho de 1925 – Brasília, 24 de abril de 2014) foi um linguista brasileiro, considerado um dos mais renomados pesquisadores de línguas indígenas no Brasil, tanto no Brasil como no exterior.[1][2]
Aryon Dall'Igna Rodrigues | |
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Nascimento | 4 de julho de 1925 Curitiba |
Morte | 24 de abril de 2014 Brasília |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Universidade de Hamburgo, Alemanha (Doutor em Linguística, 1959) |
Ocupação | linguista |
Tese | Phonologie der Tupinambá-Sprache (1958) |
Rodrigues foi um dos primeiros linguistas brasileiros a dedicar-se de forma sistemática e aprofundada ao estudo das línguas indígenas, abrindo caminho para futuras pesquisas nessa área. Uma de suas maiores contribuições foi a proposta de uma classificação das línguas indígenas brasileiras. Ele propôs a hipótese de um relacionamento genético entre três dos maiores agrupamentos linguísticos do continente: a família Karib e os troncos Macro-Jê e Tupi.[3]
Primeiro brasileiro a obter o título de Doutor em Linguística (Universidade de Hamburgo, Alemanha, 1959),[4] Aryon Rodrigues foi convidado por Darcy Ribeiro para organizar a primeira pós-graduação em Linguística no Brasil, na recém-criada Universidade de Brasília (UnB). Aryon desligou-se da UnB após o Golpe de 1964, em solidariedade aos colegas demitidos e perseguidos pelos militares, passando a atuar na UFRJ e, posteriormente, na UNICAMP.
Ao longo de sua carreira, que se estendeu por praticamente sete décadas, se dedicou à análise e documentação de várias línguas, como o Xetá e o Tupinambá, da família Tupi-Guarani (tronco Tupi), e o Kipeá, da família Kariri (tronco Macro-Jê), além da formação de dezenas de novos linguistas, através da orientação de teses e dissertações em universidades como a Unicamp e a Universidade de Brasília (UnB), onde atuou até falecer. Além de trabalhos de linguística descritiva e teórica, Rodrigues dedicou-se ao estudo histórico-comparativo das línguas indígenas do continente, particularmente no que diz respeito às línguas Tupi. É de sua autoria uma das principais hipóteses de relacionamento genético de longo alcance nas terras baixas da América do Sul, envolvendo os troncos Tupí e Macro-Jê e a família Karíb.[5][6]
Aryon Rodrigues publicou mais de 150 trabalhos científicos, entre artigos, capítulos de livros e livros (ver currículo Lattes). Criou e dirigiu o Laboratório de Línguas e Literaturas Indígenas (LALLI), na UnB,[7] e, junto com a profa. Ana Suelly Arruda Câmara Cabral, criou a Revista Brasileira de Linguística Antropológica (RBLA).[8][9] Em janeiro de 2013, participou da criação do Instituto Aryon Dall'Igna Rodrigues (IADR), que passou a ser a instituição responsável pelo inestimável acervo documental e bibliográfico reunido pelo pesquisador ao longo de sua carreira acadêmica.
Ficou também conhecido por resolver a polêmica sobre a etimologia do nome da cidade de Curitiba, capital do Paraná, Brasil.[10]
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