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A Arquidiocese de Sens (Archidiœcesis Senonensis) é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica situada em Sens, França. Seu atual arcebispo é Pascal Jean Marcel Wintzer. Sua Sé é a Catedral Primacial de Santo Estêvão. Seu título acompanha o de Primaz das Gálias e Germânia. Desde 3 de junho de 1823, tem o título integrado de Bispo de Auxerre.
Arquidiocese de Sens Archidiœcesis Senonensis | |
---|---|
Localização | |
País | França |
Território | |
Arquidiocese metropolitana | Arquidiocese de Dijon |
Estatísticas | |
População | 337 514 198 235 católicos (2 022) |
Área | 7 427 km² |
Paróquias | 31 |
Sacerdotes | 68 |
Informação | |
Rito | romano |
Criação da diocese | século III |
Elevação a arquidiocese | século III |
Catedral | Catedral Primacial de Santo Estêvão |
Governo da arquidiocese | |
Arcebispo | Pascal Jean Marcel Wintzer |
Arcebispo emérito | Yves François Patenôtre |
Jurisdição | Arquidiocese Primacial |
Outras informações | |
Página oficial | www |
dados em catholic-hierarchy.org |
Possui 31 paróquias servidas por 68 padres, abrangendo uma população de 337 514 habitantes, com 58,7% da dessa população jurisdicionada batizada (198 235 católicos).[1]
Segundo a tradição, a diocese de Sens remonta ao século III. Os primeiros evangelizadores da região teriam sido os santos Sabiniano e Potenciano, enviados à Gália, juntamente com outros 70 missionários, por São Pedro. No entanto, a falta de menção destes santos mártires, quer por São Gregório de Tours, quer pelo Martyrologium Hieronymianum, revisto em Autun ou Auxerre antes de 600, lança algumas dúvidas sobre a autenticidade da tradição. As relíquias dos dois santos foram preservadas na igreja da abadia de Saint-Pierre-le-Vif, fora dos muros de Sens. Os antigos catálogos episcopais de Sens, que remontam, na sua parte mais remota, aos séculos IX e X, relatam uma longa série de bispos dos quais, no entanto, até São Leão (meados do século VI), apenas dois estão historicamente documentados: Severino, cuja assinatura se encontra no documento redigido em 346 com o qual, no pseudoconcílio de Colônia, um grupo de bispos tomou a decisão do Concílio de Sárdica a favor de Santo Atanásio; e Agrício, mencionado num escrito de Sidônio Apolinário por volta de 475.[2][3][4]
Agedincum, cidade do povo celta dos Senones, era uma civitas e capital da quarta Gália Lugdunense (ou Senonia), como testemunha a Notitia Galliarum do início do século V.[5] Com a afirmação da organização eclesiástica, Agedincum tornou-se, além de centro administrativo da região, a sede metropolitana da província eclesiástica, nos moldes da civil, que incluía as dioceses de Chartres, Auxerre, Meaux, Paris, Orléans, Nevers e Troyes. As iniciais das sete dioceses constituíam a palavra Campont, que fazia parte integrante do brasão arquiepiscopal.[2]
No Concílio de Latrão de 769, que julgaria o caso do antipapa Constantino II, a delegação de bispos de além dos Alpes foi liderada pelo Arcebispo Vilcarius, que assinou os documentos como archiepiscopus Galliarum, arcebispo da Gália. Esta autoridade dos arcebispos dentro da Igreja gaulesa foi sancionada em 2 de janeiro de 876, quando o Papa João VIII concedeu a Anségiso de Fontenelle o título de vigário apostólico na Gália e na Germânia, título que tinha um valor semelhante ao de primaz.[6]
De setembro de 1163 a abril de 1165, Sens tornou-se a residência do Papa Alexandre III. A partir desta data iniciou-se um lento declínio, que veria Sens sucumbir à rivalidade pela primazia que o opunha a Lyon desde o século IX e a Paris, que permaneceu sufragânea de Sens até 1622, apesar do seu maior peso político.[2]
Em 1622, com a ereção da província eclesiástica da arquidiocese de Paris, a metrópole de Sens perdeu, além de Paris, as sufragânias de Chartres, Orléans e Méaux.[2]
Com a Constituição Civil do Clero, a arquidiocese foi reduzida à categoria de simples diocese. Foi suprimida na sequência da concordata com a bula Qui Christi Domini do Papa Pio VII de 29 de novembro de 1801 e o seu território foi incorporado ao da diocese de Troyes. O arcebispado de Sens foi concedido honorificamente aos arcebispos de Paris.[7]
Com a concordata de 1817, a arquidiocese de Sens foi restaurada com jurisdição sobre os arrondissements de Sens e Joigny; mas esta decisão não foi promulgada pelo Parlamento de Paris. A arquidiocese foi efetivamente restabelecida em 6 de outubro de 1822 com a bula Paternae charitatis do Papa Pio VII. O território que pertencia à diocese de Auxerre foi incorporado à arquidiocese restaurada. As dioceses de Troyes, Nevers e Moulins pertenciam à nova província eclesiástica.[8]
Em 15 de agosto de 1954 foi erigida a prelazia territorial da Missão da França, cuja catedral está localizada no território da arquidiocese, em Pontigny. A partir de 1973, a residência do arcebispo foi transferida de Sens para Auxerre, capital do departamento. De 1996 a 2024, os arcebispos de Sens foram também prelados da Missão da França de Pontigny.[2]
Em 8 de dezembro de 2002, a arquidiocese de Sens perdeu a dignidade de igreja metropolitana e passou a fazer parte da província eclesiástica da arquidiocese de Dijon; no entanto, manteve o posto de arquidiocese.[9]
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