Argumentum ad baculum
Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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O apelo à força (da expressão latina: argumentum ad baculum, lit. "argumento do porrete"), é uma falácia em que força e coerção são apresentadas como argumento para se concordar com o autor de uma determinada conclusão[1][2]. É uma forma de apelo à consequência e ao medo. Pode também ter semelhanças com o apelo à autoridade quando recorre a sua força enquanto autoridade de determinada situação para convencer alguém. O apelo à força pode assumir uma forma não falaciosa, como acontece com as leis.
O apelo à força pode ser usado em diversos meios. Em algumas religiões, é usado para tentar convencer pessoas de que é melhor acreditar nela, muitas vezes pregando sofrimento e punições aos descrentes. A existência da ameaça do inferno é um exemplo de apelo à força, principalmente quando a única razão para que se creia em uma divindade, é evitá-lo. A aposta de Pascal é um exemplo de apelo à força usada por religiosos para defender a crença no seu deus. Também pode ser usado em instituições em que uma pessoa detém o poder. Em instituições de educação, o professor pode pressionar seu aluno para que aceite o que diz, ameaçando puni-lo se não o fizer. No trabalho, ela pode ser usada pelo chefe de um funcionário que exige tarefas excessivas para que não seja demitido.
Uma argumentação baseada no apelo à força assume geralmente seguinte forma:
A falácia está no fato de Y não apresentar nenhuma garantia de que seu argumento é válido para X, convencendo-o apenas pela existência do uso da força em Z.
Nesse caso:
A falácia do apelo à força pode ser comparada ao bullying, em especial, quando se defende uma ideia ou quer-se sobrepor pelo uso constante da força física. O uso da força física pode ser usada com esse propósito também fora do bullying, nesse caso, quando faz-se uma exigência clara, que tem como consequência negativa, sofrer agressões físicas.
As leis caracterizam o apelo à força não-falacioso porque exigem o seu cumprimento e ameaçam consequências ruins caso isso não seja feito.[3] Uma frase muito comum em anúncios e que é considerada um apelo à força não-falacioso é:
Esse argumento é considerado como não-falacioso porque dirigir embriagado é um risco à segurança e por isso aplica-se punições a quem pratica essa conduta para garantir que a mesma não se reincida.
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