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Banda britânica Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Arctic Monkeys é uma banda britânica de rock formada em 2002 nos subúrbios da cidade de Sheffield, na Inglaterra. O grupo é formado por Alex Turner (vocal, guitarra), Matt Helders (bateria, backing vocal), Jamie Cook (guitarra) e Nick O'Malley (baixo, backing vocal).
Arctic Monkeys | |
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Arctic Monkeys em 2014. | |
Informação geral | |
Origem | Sheffield, Inglaterra |
País | Reino Unido |
Gênero(s) | Indie rock Rock alternativo Post-punk revival Rock de garagem |
Período em atividade | 2002 - atualmente |
Gravadora(s) | Domino Warner |
Afiliação(ões) | The Last Shadow Puppets Mongrel Reverend and the Makers The Dodgems The Rascals |
Integrantes | Alex Turner Jamie Cook Nick O'Malley Matt Helders |
Ex-integrantes | Andy Nicholson Glynn Jones |
Página oficial | www.arcticmonkeys.com |
A banda é considerada uma das primeiras a ganhar atenção na internet, causando mudanças no cenário musical em como os grupos musicais pelo mundo promovem seu trabalho.[1][2]
Seu primeiro álbum, Whatever People Say I Am, That's What I'm Not foi lançado em 2006 e foi aclamado pela critica e se tronou o disco de estreia que vendeu mais rápido na história das paradas de sucesso britânicas e, em 2013, a revista Rolling Stone o nomeou como o 30º melhor álbum de todos os tempos.[3][4]
Em 2007, lançou o segundo álbum de estúdio Favourite Worst Nightmare , também aclamado pela critica e vencedor do prêmio de Melhor Álbum Britânico no Brit Awards de 2008. Em 2009, lançaram seu terceiro álbum, Humbug e em 2011 o quarto álbum, Suck It and See. Em 2013, alcançaram a popularidade mundial com o lançamento do álbum AM, que se tornou certificado de platina também nos Estados Unidos, emplacando hits como Do I Wanna Know? e R U Mine? e marcando o terceiro prêmio de Álbum do Ano no Brit Awards de 2014.[5]
Após turnês de grande sucesso mundial e um breve hiato, a banda lançou em 2018 o álbum com maior mudança sonora e criativa da carreira, o Tranquility Base Hotel & Casino. Em 2022, a banda lançou seu sétimo album, The Car.
Ao todo, o grupo venceu sete prêmios Brit Awards – incluindo a categoria "Melhor Grupo Britânico" e três de "Melhor Álbum Britânico" – e foram também nomeados para três Grammy Awards.[6][7] Eles ainda venceram um Mercury Prize em 2006 com seu disco de estreia.[8] A banda já foi headliner de vários festivais pelo mundo, incluindo o de Glastonbury, em 2007 e 2013.
Após ganharem suas guitarras no natal de 2001, os vizinhos Alex Turner e Jamie Cook montaram uma banda com seus amigos da escola, Andy Nicholson, que tocava baixo, e Matt Helders, que se tornou o baterista.
Sob o nome "Bang Bang", eles tocavam versões cover de bandas como Led Zeppelin e cantavam com sotaque de Sheffield. Após Alex assumir o vocal e a tarefa de escrever canções (ele na verdade já tinha algumas), eles mudaram o nome da banda para "Arctic Monkeys", tirado de um grupo do qual o pai do baterista Matt Helders fez parte nos anos 70. Segundo Turner, o nome foi passado de geração em geração, como uma receita.[9]
Após alguns dos primeiros concertos, em 2003, eles começaram a gravar CD demos e distribuí-los para o público. Como a oferta era limitada, os fãs copiaram as canções e as disponibilizaram pela Internet. Até um perfil da banda no site MySpace foi criado, tudo sem que os próprios membros estivessem cientes. Graças a essa divulgação viral pela grande rede, logo não apenas os amigos, mas centenas de pessoas cantavam todas as letras nos concertos.
Em 2004, sua popularidade chamou a atenção da BBC Radio One e da imprensa britânica. Mark Bull, um fotógrafo amador local filmou uma apresentação ao vivo e fez o videoclipe para "Fake Tales Of San Francisco", lançando-o no seu site, juntamente com a coletânea Beneath The Boardwalk.
Em maio de 2005 a banda lançou seu primeiro EP, Five Minutes with Arctic Monkeys, com apenas 1500 cópias em CD e 2000 em vinil de 7", mas também disponível na iTunes Music Store. Em junho assinaram contrato com a Domino Records e logo depois, tocaram no Carling Stage, palco dos festivais de Reading e Leeds reservado para bandas menos conhecidas.
Em outubro de , o primeiro lançamento pela Domino, "I Bet You Look Good on the Dancefloor", foi direto para o primeiro lugar nas vendas de compacto simples do Reino Unido, com 38.962 cópias. No mesmo mês, estamparam sua primeira capa da revista New Musical Express.
O segundo compacto simples, "When The Sun Goes Down", saiu em 6 de janeiro de 2006 e vendeu 38.922 cópias, novamente alcançando o topo das vendas.
Mesmo com o vazamento na Internet e o intenso compartilhamento de arquivos, o álbum de estréia Whatever People Say I Am, That's What I'm Not, lançado em 2006, alcançou cifras recordes de venda. As 120 mil cópias no Reino Unido só no primeiro dia ultrapassavam a soma de todos os outros álbuns do "top 20" do país nessa data, e a primeira semana foi fechada como 363.735 cópias. No mês seguinte, o álbum foi lançado nos Estados Unidos e alcançou o Top 30 da Billboard 200, com mais de 30 mil cópias vendidas.
Sem deixar a poeira baixar, em abril de 2006 lançaram um EP com cinco faixas, Who the Fuck Are Arctic Monkeys?. Apesar das altas vendas, o linguajar sujo das canções resultou em baixas execuções no rádio, o que não incomodou a banda. Logo após o lançamento do EP, a banda apresentou um novo baixista, Nick O'Malley. Inicialmente, Nick apenas substituiria Andy na turnê pelos Estados Unidos, mas depois foi anunciado que ele tinha deixado a banda em definitivo.
Em agosto, lançaram "Leave Before The Lights Come On", o primeiro compacto simples a não alcançar o primeiro lugar de vendas. Pouco depois, o álbum Whatever People Say I Am, That's What I'm Not ganhou o Mercury Music Prize,[10] deixando para trás álbuns como The Eraser de Thom Yorke, The Back Room dos Editors e Black Holes and Revelations dos Muse.
Em abril de 2007 lançaram o seu segundo álbum, Favourite Worst Nightmare, o qual no dia 29 do mesmo mês já apareceu na primeira posição nas paradas britânicas e com todas suas faixas entre as 200 mais populares do Reino Unido. [11] Deste álbum surgiram três singles, "Brianstorm", lançado em abril, "Fluorescent Adolescent", em julho e "Teddy Picker" em dezembro, encerrando a digressão do álbum.
Em sua primeira semana de lançamento, o álbum vendeu 227.993 cópias, indo direto para o número um na parada de álbuns do Reino Unido. As vendas do primeiro dia de Favorite Worst Nightmare de 85.000 venderam mais do que o resto do Top 20 combinado, enquanto todas as doze faixas do álbum entraram no top 200 do UK Singles Chart [12]. Em setembro de 2013, o álbum já havia vendido 821.128 cópias no Reino Unido sendo 3x certificado de platina. Nos EUA, o álbum estreou na sétima posição, vendendo cerca de 44.000 cópias na primeira semana.[13]
A banda foi headliner do Festival de Glastonbury em Junho de 2007. De 28 a 29 de julho de 2007, a banda fez seu maior show até o momento, com dois shows esgotados no Old Trafford, com capacidade para 55.000 pessoas, em Manchester. Anunciados como sendo os 'mini-festivais' do próprio grupo, ambos os shows tiveram apresentações de apoio para Supergrass, The Coral, Amy Winehouse e a banda japonesa de tributo aos Beatles, The Parrots. Os shows foram aclamados como 'os shows de uma geração' pela NME e foram até comparados aos shows históricos do Oasis em Knebworth em 1996.[14]
Em 2008, Alex Turner, o compositor e também vocalista da banda teve seu "caderninho" de músicas roubado, o que atrasou o inicio das gravações do terceiro álbum da banda. O vocalista conta que ao tentar lembrar das letras das músicas roubadas, ele acabava criando composições completamente novas, o que segundo o próprio, resultou em um trabalho único.
No final do ano de 2008, já com alguns riffs de guitarra e as canções prontas, o grupo iniciou as gravações do terceiro álbum. Contando com a produção de James Ford, que já havia trabalhado com Alex em The Age of the Understatement do The Last Shadow Puppets e de Josh Homme, muito procurado para produzir trabalhos de diversas bandas e também vocalista do Queens of The Stone Age, a banda gravou Humbug que foi lançado em 19 de agosto de 2009 no Japão, 21 de agosto no Brasil, Irlanda, Australia e Alemanha, dia 24 no Reino Unido e dia 25 nos Estados Unidos.
Conforme anunciado no site do Arctic Monkeys, o primeiro single de Humbug foi "Crying Lightning", lançado em 6 de julho. Também recebeu sua primeira estreia nas rádios no mesmo dia. O segundo single, "Cornerstone", foi lançado em 16 de novembro de 2009. Foi anunciado em fevereiro de 2010 que o terceiro e último single retirado de Humbug seria "My Propeller", lançado em 22 de março. [15]
Pouco antes do lançamento do novo single, a banda fez um show único no Reino Unido no Royal Albert Hall em apoio ao Teenage Cancer Trust em 27 de março. A banda iniciou a primeira etapa da Humbug Tour em janeiro de 2009 e foi a atração principal dos Festivais de Reading e Leeds em 2009.[16]
Em maio de 2011, a NME informou que a banda estava se unindo ao produtor James Ford mais uma vez e lançaria seu quarto álbum de estúdio no final da primavera do hemisfério norte. A revista Q informou que o quarto álbum do Arctic Monkeys seria em um estilo mais "Vintage" e mais pop em relação ao album anterior, Humbug. O álbum foi gravado no Sound City Studios em Los Angeles em 2010 e 2011.[17] Em 4 de março de 2011, a banda estreou em seu site uma nova faixa chamada "Brick by Brick" com vocais de Matt Helders. Helders explicou que este não é um single, apenas uma amostra do que está por vir e que estará no quarto álbum. Em 6 de junho de 2011 a banda lançou seu quarto álbum de estúdio intitulado Suck It and See, que vendeu mais de 100 mil cópias no Reino Unido.
O primeiro single do quarto álbum, intitulado "Don't Sit Down 'Cause I've Moved Your Chair" foi lançado como download digital em 12 de abril e em vinil com "Brick by Brick".
Em 26 de fevereiro de 2012, em meio a rumores da gravação de um novo álbum, a banda lançou uma nova canção intitulada "R U Mine?" e em 18 de abril lançaram seu b-side, "Electricity". Ainda em 2012, a banda foi convidada pelo duo americano The Black Keys para abrir os shows da turnê do álbum El Camino nos Estados Unidos.[18] Em 28 de julho, o Arctic Monkeys tocou na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres de 2012,[19] e desde então seu cover da música "Come Together", dos Beatles, disparou nas paradas britânicas, bem como seu álbum de estréia, Whatever People Say I Am, That's What I'm Not, atingindo o topo de vendas seis anos após seu lançamento.[20][21]
Em 9 de setembro de 2013, o álbum intitulado AM foi lançado. O segundo single deste disco foi a canção "Do I Wanna Know?", lançada em 18 de junho do mesmo ano.[22] O álbum foi gravado em Rancho de la Luna em Joshua Tree, Califórnia e conta com participações especiais de Josh Homme do Queens of the Stone Age, do baterista de Elvis Costello, Pete Thomas, e Bill Ryder-Jones do Coral. Além disso, em 27 de junho, a banda anunciou uma turnê de oito datas no Reino Unido, culminando com um show de boas-vindas na Motorpoint Arena Sheffield. A banda tocou no Festival de Festival de Glastonbury de 2013, em 28 de junho como atração principal. Após o lançamento de AM em 9 de setembro de 2013, o álbum estreou em primeiro lugar nas paradas de álbuns do Reino Unido, vendendo mais de 157.000 cópias em sua primeira semana. Como resultado, Arctic Monkeys fez história como a primeira banda independente com cinco álbuns consecutivos em primeiro lugar no Reino Unido. [23] Nos Estados Unidos, o álbum vendeu 42.000 cópias em sua primeira semana e estreou em sexto lugar na parada Billboard 200, tornando-se o álbum de maior sucesso da banda nos Estados Unidos. Em agosto de 2017, AM foi certificado como platina pela RIAA por vender um milhão de cópias em solo americano.[24]
AM recebeu aclamação do público e critica, recebendo uma pontuação número 81, no Metacritic, baseado em 36 avaliações dos críticos, e 86 na avaliação do público. [25] Em 19 de Fevereiro de 2014, o Arctic Monkeys ficou com os prêmios de melhor grupo e melhor disco do ano, com o AM, no Brit Awards.[26] A banda seguiu em uma grande turnê mundial, incluindo grandes festivais pelo mundo, como o Reading e Leeds, além de edições do Lollapalooza. Após os compromissos, a banda anunciou um hiato. [27]
Em abril de 2018, a banda anunciou o lançamento do seu sexto álbum de estúdio, intitulado Tranquility Base Hotel & Casino, lançado em 11 de maio daquele ano. O disco apresentou um enorme desvio estilístico em relação a discografia da banda, mas recebeu críticas geralmente positivas.[28]
Tornou-se a sexta estreia consecutiva da banda em primeiro lugar no Reino Unido e o disco de vinil mais vendido do país em 25 anos. Após o seu lançamento, o álbum foi promovido pelos singles "Four Out of Five" e "Tranquility Base Hotel & Casino". A Reflektor Magazine disse o seguinte sobre o álbum em uma crítica: "Depois de cinco anos de silêncio, os Arctic Monkeys fazem seu tão esperado retorno com o surpreendente e hipnótico Tranquility Base Hotel & Casino. Conseguindo evitar perfeitamente a forma de se repetir. Este novo álbum surge como uma reinvenção surpreendente, uma viagem sinuosa e intrigante para além dos territórios conhecidos. Assim como a humanidade pisou pela primeira vez na Lua no local da 'base Tranquility', os Arctic Monkeys desembarcam num universo desconhecido no qual revelam um novo , aspecto inesperado de si mesmos.
O álbum também apareceu em várias listas de melhores do ano. Comoa da Q Magazine e Kitty Empire of The Observer nomeando-o o melhor álbum de 2018. Publicações incluindo NME, The Independent e Mojo também listaram Tranquility Base Hotel & Casino como o segundo melhor álbum do ano.[29][30]
Um álbum ao vivo da Tranquility Base Hotel & Casino Tour 2018 no Royal Albert Hall foi lançado em 4 de dezembro de 2020.[31]
Este álbum teve influências do compositor e cantor brasileiro, Lô Borges, do movimento musical Clube da Esquina. Segundo Alex Turner, houve inspiração na faixa Aos Barões, presente no Disco do Tênis, que foi produzido logo após o Clube da Esquina (álbum).[32]
O sucessor de Tranquility Base Hotel & Casino foi anunciado em agosto de 2022, intitulado The Car, o álbum conta com 10 faixas gravadas entre 2019 e 2020 no Butley Priory em Suffolk, RAK Studios em Londres e La Frette em Paris.[33] Tendo como primeiro single deste disco a música "There'd Better Be A Mirrorball", lançada no dia 29 de Agosto.[34]
A banda cita como influência grupos como Oasis, The Strokes e Queens of the Stone Age. Em entrevista para a Pitchfork, Alex Turner diz ter impersonado o Oasis em apresentações na escola, juntamente com Matt Helders. "Matt e alguns amigos colocaram (What's the Story) Morning Glory? e nós 'tocamos' com raquetes de tênis, fingindo ser o Oasis." Ainda sobre o Oasis, Turner diz que "com eles, é a atitude, como se resistissem contra todas as outras coisas que acontecem no mundo da música. Não sei se dá pra entender isso completamente... é como um impulso, certo? Principalmente quando se é tão jovem, você não raciocina, apenas pensa "isso é demais".[35]
Sobre os Strokes, Turner afirma que a banda o fez mudar completamente sua perspectiva das coisas, e foi responsável por introduzi-los a vários outros artistas.[36] O Arctic Monkeys também fazia muitos covers dos Strokes durante o início de sua carreira.
Helders aponta o Queens of the Stone Age como a maior influência no seu desenvolvimento como baterista, dizendo: "A coisa que mais me marcou foi assistir ao Queens of the Stone Age em um festival... assim que eles saíram do palco, pensei: 'preciso começar a tocar mais pesado'."[37]
Além dessas bandas, o Arctic Monkeys também cita como forte influência o rap e o hip hop. "Ganhei minha guitarra quando tinha 15 anos, mas eu não escutava muito rock na época. Tenho certeza que havia ótimas bandas, mas elas não chegavam até o nosso pequeno bairro a 20 minutos do centro de Sheffield. Nós gostávamos muito de ouvir Hip Hop", diz Turner.[35] Matt Helders afirmou que o rap ainda o influencia na bateria,[38] e também inspirou bastante Alex Turner liricamente em suas composições.
Outra grande influência que Turner cita para as letras da banda é o poeta inglês John Cooper Clarke, que o inspirou a compor sobre situações de seu cotidiano através de descrições detalhadas, algo muito presente nas letras do Arctic Monkeys.[9] O poema de Clarke "Out of Control Fairground" foi impresso dentro do single Fluorescent Adolescent do Arctic Monkeys, lançado em 9 de julho de 2007, e foi escrito especialmente para o lançamento, tendo como inspiração a personagem da música. O clipe do single, que retrata uma briga entre palhaços, foi baseado no poema.[39][40][41] Em 2013, o Arctic Monkeys incluiu em seu álbum AM o poema “I Wanna Be Yours” de Clarke, faixa que encerra seu quinto álbum de estúdio.[42]
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