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Aralkum

deserto no leito anteriormente ocupado pelo Mar de Aral Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Aralkum
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O Deserto de Aralkum (uzbeque: Orolqum choʻli, Оролқум чўли, cazaque: Аралқұм шөлі, russo: Пустыня Аралкум) é um deserto cuja formação se deu a partir de 1960, no leito anteriormente ocupado pelo Mar de Aral[1]. Está localizado ao sul e ao leste do que resta da bacia oriental do Mar de Aral, nos territórios do Uzbequistão e do Cazaquistão.

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O Aralkum está em uma área em que ocorrem tempestades de areia violentas, com temperaturas que chegam a alcançar até 42,7 graus Celsius e onde a paisagem é composta apenas de vegetação esparsa. Apesar de ser um dos desertos mais jovens do mundo, sua área total, ainda em crescimento, alcança atualmente 62 mil quilômetros quadrados[2][3].

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História

Enquanto o nível do Mar de Aral tem variado ao longo de sua existência, sua redução de nível mais recente desde a década de 60[4] foi causada pela construção e implantação de um grande projeto concebido pela antiga União Soviética, com o objetivo de aumentar a produção de algodão na região, para isso desviando a água de dois rios, o Amu Dária e o Sir Dária, para irrigar as estepes do Deserto de Caracum[2]. Como resultado, o fluxo de entrada de água foi extremamente reduzido e fez com que o nível da água baixasse[5].

Enquanto o nível do Mar do Norte de Aral, localizado no Cazaquistão[5], subiu devido ao Dique Kokaral, o nível do Mar do Sul de Aral, no Uzbequistão[5], sofreu quedas contínuas, resultando na expansão do tamanho do deserto até o ano de 2010, quando o Mar de Aral do Sul foi parcialmente inundado. No entanto, desde então, o nível da água voltou a baixar constantemente, e desta vez mais acentuadamente[carece de fontes?].

Em agosto de 2021, a exploradora e aventureira polar britânica Rosie Stancer liderou a primeira expedição a pé através da área do Deserto de Aralkum[6].

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Barcos encalhados

Antes de sua desertificação, o Mar de Aral viabilizava uma grande atividade pesqueira que abastecia até um sexto da produção de peixes da União Soviética[7]. Conforme a água baixou, no entanto, muitos barcos de pesca e outros tipos de embarcação foram abandonados no deserto. No antigo porto da cidade de Moinaque, os barcos enferrujados se tornaram não apenas atrações turísticas, mas também o local de realização do Festival de Stihia, o maior festival de música eletrônica da Ásia Central[7].

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Contaminantes transportados pelo ar

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O leito do antigo Mar de Aral, no Uzbequistão, em 2004

As areias do Deserto de Aralkum, e a poeira que se forma a partir dela contêm poluentes[1]. O deserto se encontra na rota de uma poderosa corrente de ar que sopra de leste para oeste, e que carrega sua poeira contaminada por todo o planeta. Poeira formada no Aral já foi encontrada na Bielorrússia, nas florestas da Noruega, e nas geleiras da Groenlândia. Os pesticidas presentes na poeira já foram encontrados no sangue de pinguins na Antártida[8].

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Referências

  1. «Aral Sea». Aral Sea. 28 de janeiro de 2005. Consultado em 11 de fevereiro de 2025. Cópia arquivada em 4 de setembro de 2009
  2. Dempsey, Caitlin (28 de maio de 2014). «Aralkum Desert: The World's Newest Desert». Geography Realm (em inglês). Consultado em 11 de fevereiro de 2025
  3. Chen, Dene-Hern; Weidman, Taylor (20 de setembro de 2018). «O país que conseguiu recuperar um 'mar' que havia sido extinto». BBC News Brasil. Consultado em 11 de fevereiro de 2025
  4. Шаяхметова, Жанна (30 de agosto de 2021). «British Polar Athletes Explore Aralkum desert in Kazakhstan - The Astana Times». The Astana Times (em inglês). Consultado em 11 de fevereiro de 2025
  5. Dowling, Stephen (15 de setembro de 2016). «The ghostly fishing fleet stranded in a desert». www.bbc.com (em inglês). Consultado em 11 de fevereiro de 2025. Cópia arquivada em 7 de fevereiro de 2025
  6. Nurushev, A. (abril de 1999). «Crisis of the Aral Sea». ProQuest. Consultado em 11 de fevereiro de 2025
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