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A Antologia Palatina, também conhecida como a Antologia Grega, ou, em latim Anthologia Græca, é uma coleção de poemas, a maioria epigramas, escritos durante os períodos clássico e bizantino da literatura grega.[1] Os poemas são curtos, de dois a oito versos no geral, raramente alguns são mais extensos, escritos para serem gravados em inscrições de tipo sepulcral (lápide) ou votiva, embora o epigrama erótico acabou sendo o mais cultivado.
A primeira antologia conhecida escrita em grego foi compilada por Meleagro de Gadara, sob o título Antologia (ἄνθος grego 'flor' e 'selecionar' λέγω: "ramalhete"). Contém poemas do próprio compilador, e de mais quarenta e seis poetas. No prólogo de sua seleção, Meleagro descreve-o como uma guirlanda de flores, o que legou à posteridade o termo “antologia” como sinônimo de um conjunto de obras literárias, o equivalente exato latino é florilégio.
A Antologia de Meleagro era tão popular que provocou adições posteriores. A Antologia Graeca preserva os prefácios das edições sucessivas de Filipe de Tessalônica e Agátias que acrescentaram novos poemas. A edição final é a obra de Constantino Céfalas, protopapa ou alto funcionário eclesiástico em Constantinopla, em 917 AD.
O estudioso Máximo Planudes fez sua própria edição da Anthologia Graeca, na qual acrescentou e suprimiu alguns poemas, em 1301, que foi publicada pela primeira vez em 1494. Sua antologia foi a única conhecida na Europa Ocidental, até 1606, quando Cláudio Salmasius encontrou na biblioteca de Heidelberg, uma coleção completa baseada na de Constantino Céfalas com, que só foi publicada após 1776. A primeira edição crítica é de F. Jacobs (13 volumes, 1794-1803, revisada em 1813-1817).
O Codex Palatinus foi transmitido pelo famoso códice do século X, que também contém as Anacreônticas e outros textos, denominado "Palatino" por ter pertencido à biblioteca dos eleitores do Palatinado, localizado em Heidelberg.
Este manuscrito estava lá em 1606. Em 1622, caiu nas mãos de Maximiliano da Baviera, que o deu ao papa Gregório XV: Em Roma, foi encadernado em dois volumes desiguais, o primeiro deles chegava até o livro XIII. Em 1797, Napoleão levou os dois para a França. Após sua queda, os dois volumes deveriam ser devolvidos a Heidelberg, mas por engano o menor mantece-se em Paris (atualmente esse códice é chamado Cod. gr. suppl. 384), enquanto que o maior, do qual foram feitas várias cópias, ainda é mantido nessa cidade alemã com o nome de Cod. gr. 23.
O Manuscrito Palatino foi transcrito por pessoas diferentes em momentos diferentes, e a ordem atual da coleção não coincide com o que define o índice. Eis o índice como se encontra:[1]
De Constantino Céfalas depende, em maior ou menor grau a divisão em capítulos de acordo com o conteúdo de cada série de epigramas, à base de cálculo nos livros de antologia feita por editores modernos. É duvidoso que em Céfalas se encontrava o atual e curto livro IV, mas é certamente seguro que abrangia o V (epigramas eróticos), VI (anatemáticos ou de oferta), VII (epitimbios ou funerários) e o IX (epidíticos ou de brilho) e é provável que existiam os livros X (epigramas protrépticos ou de exortação, mas a maioria desses são sentenças ou refrões), XI (com poemas classificados como simpósicos ou de banquete e escópticos ou de insulto, ainda que haja entre eles material amoroso de caráter heterossexual ou homossexual) e XII (coleção de caráter pederástico).
Este material é complementado com o códice de Veneza, Cod. Marc. gr. 481, do qual foram feitas várias cópias e contém uma outra coleção recompilada a partir de Céfalas e com aditamentos feitos em 1301 pelo filólogo bizantino Máximo Planudes, o que a faz ser conhecida por Antologia Planúdea. Os editores da Palatina anexam como apêndice os epigramas que só se encontram neste códice e falam de um suposto livro XVI.
Abril de 2010 foi marcada para revisão devido a incoerências ou dados de confiabilidade duvidosa. |
Normalmente se recorre a uma divisão, essencialmente, geográficados poetas:
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