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Amilases são enzimas que são catalisadoras da hidrólise da amilopectina, da amilose e do glicogênio em maltose e dextrinas. Na saliva encontra-se uma forma de alfa-amilase denominada ptialina e no pâncreas, a amilase pancreática. Sendo uma enzima da classe das hidrolases que atua extracelular para clivar o amido e o glicogênio que são ingerido na dieta.[1]
Sendo enzimas degradantes no qual se divide em dois grupos, enzimas denominadas de branching, que especificamente hidrolisam 1,6 acoplamentos entre cadeias, e as enzimas que quebram os 1,4 acoplamentos entre unidades de glicose das cadeias diretas. Este último grupo consiste em endoenzimas que partem os laços ao acaso, em pontos ao longo das cadeias, e exoenzimas que partem pontos específicos nos fins de cadeia.[2]
A amilase sérica é secretada, essencialmente, pelas glândulas salivares (forma S) e pelas células acinares do pâncreas (forma P) e é secretada no trato intestinal por meio do ducto pancreático. As glândulas salivares secretam a amilase e inicia a hidrólise do amido presente nos alimentos na boca e no esôfago. Essa ação é desativada pelo conteúdo ácido do estômago. No intestino, a ação da amilase pancreática é favorecida pelo meio presente no duodeno, a atividade amilásica é também encontrada nos testículos no sêmen, nos ovários, nas tubas uterinas, no músculo estriado, nos pulmões, na tireoide, na amígdala, no leite, no colostro, no suor, nas lágrimas e no tecido adiposo. O peso molecular da amilase está entre 54 e 62 kDa, sua filtração ocorre pelo glomérulo renal. Sendo de maneira regular é a única enzima plasmática encontrada na urina. Os líquidos ascítico e pleural podem conter amilase como resultado da presença de tumor ou pancreatite. Em se tratando de alguns tumores de ovário e pulmão podem considerável conter da mesma forma uma quantidade de atividade amilásica.[3]
A enzima possui papel relevante no processo de digestão, cuja função consiste na quebra de açúcares. A ingestão de carboidratos ativa o funcionamento da amilase, o qual se inicia com o estímulo às glândulas salivares. A amilase na saliva é capaz de transformar fontes de amido em maltose e glicose. Mas é somente a amilase produzida no pâncreas que consegue quebrar o amido em unidades menores, quando o alimento já está no trato digestivo e processo de digestão está adiantado.
Sangue: para fins de diagnóstico de doenças pancreáticas.
Urina: para análise da função renal e comparação com os níveis séricos encontrados no sangue para fins de exclusão de algumas patologias provenientes do pâncreas.
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A avaliação dos níveis séricos da amilase tem grande utilidade clínica no diagnóstico das doenças do pâncreas e na investigação da função pancreática. Na pancreatite aguda, os níveis de amilase podem alcançar valores de quatro a seis vezes o limite superior de referência, elevando-se em dois a 12 horas e retornando a níveis normais em três a quatro dias.
A atividade da amilase no sangue é medida se houver sintomas que indicam problemas com o pâncreas, alguns exemplos incluem dor abdominal aguda, febre, perda de apetite ou náusea. Além disso, é frequentemente dosada na urina, a fim de fazer uma comparação com valores sanguíneos da amilase. Após a remoção de cálculos biliares pode ser verificado se a amilase diminui para valores normais.
Pancreatite aguda: É constituído por ser um distúrbio inflamatório agudo do pâncreas com a associação a edema, intumescência e quantidades variadas de autodigestão, necrose e, em alguns casos, hemorragia. Os níveis da amilase forma P aumentam 5 a 8 horas após o início do episódio de dor abdominal, que é constante, intensa e de localização epigástrica, com irradiação posterior para o dorso. A atividade amilásica retorna ao normal entre o terceiro e o quarto dia. Valores máximos são quatro a seis vezes maiores do que os valores de referência, e são atingidos entre 12 e 72 horas. A amplitude da elevação não é correlacionada com a gravidade do envolvimento pancreático. Em que 20% dos casos de pancreatite a amilase apresenta normal. Existe também demais testes laboratoriais como a medida da amilase urinária, depuração da amilase, avaliação das isoenzimas da amilase e a medida da lipase sérica, quando empregados em conjunto com a avaliação da amilasemia, levando em conta seu aumento e especificidade no diagnóstico da pancreatite aguda.[3]
Além da determinação da amilasemia a outros sinais que levam em considerações para avaliar a pancreatite aguda:
Mecanismos incertos ou desconhecidos
A hiperamilasúria reflete as elevações séricas da amilase. Sua atividade se determina através da amostra de urina de 1 hora ou de 24 horas. Na pancreatite aguda a reabsorção tubular da amilase está reduzida, pode ser a competição com outras proteínas de baixa massa molecular.[3]
Soro | 28 a 100 U/L |
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Urina | 1 a 17 U/L |
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