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vila do município da Moita, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Alhos Vedros é uma vila portuguesa sede da freguesia homónima de Alhos Vedros, no município da Moita.[1]
Alhos Vedros | |
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Vila | |
Painel comemorativo dos 140 anos da S.F.R.U.A. | |
Localização | |
Coordenadas | 38° 39′ 19,696″ N, 9° 01′ 43,41″ O |
Município | Moita |
Freguesia | Alhos Vedros |
História | |
Elevação a vila | 12 de julho de 1997 |
Outras informações | |
Orago | São Lourenço |
Foi vila e sede de concelho até 1855. Foi de novo elevada à categoria de vila pela Lei n.º 65/97 de 1997-07-12.[2]
As suas origens remontam ao período anterior à Reconquista Cristã, surgindo nas Memórias Paroquiais de 1758 um relato, provavelmente apócrifo, da forma como os seus habitantes terão resistido às investidas muçulmanas num Domingo de Ramos, por ocasião da recuperação de Palmela pelos Cristãos.
O seu estatuto municipal terá surgido antes do século XIV, estendendo-se os limites do seu termo desde o rio Coina até aos esteiros de Alcochete, formando um dos quatro Concelhos Medievais - chamado Concelho do Ribatejo - da Margem Sul, em conjunto com Almada, Sesimbra e Palmela. Partilhava a dignidade de cabeça do Concelho do Ribatejo com Sabonha (hoje São Francisco, em Alcochete).
Em 1415, na sequência da pandemia de Peste Negra que assolava Lisboa e levou à morte da própria Rainha D. Filipa de Lencastre, é em Alhos Vedros que o Rei D. João I de Portugal se refugia, aí recebendo, de acordo com Gomes Eanes de Zurara, uma comissão encabeçada por alguns dos seus filhos com o objectivo de serem tomadas as decisões finais quanto ao empreendimento da conquista de Ceuta a 15 de Agosto desse mesmo ano.
A importância de Alhos Vedros na época é confirmada em 15 de Dezembro de 1514, ao ser a terceira localidade da região (depois de Palmela e Almada) a receber o chamado Foral Novo, atribuído por D. Manuel I de Portugal.
Em termos económicos, Alhos Vedros viveu fundamentalmente da sua ligação ao rio Tejo pela pesca, extracção de sal e transporte fluvial, e pela agricultura, especialmente a vinha.
Com o tempo, a vila de Alhos Vedros perdeu influência a partir de meados do século XVI e do século XVII pois dos seus limites foram sendo separadas novas unidades administrativas como o Barreiro (elevação a vila em 1521), o Lavradio (1670) e a Moita (1681), o que conduziu ao seu declínio relativo.
No século XVIII, no pós Terramoto de 1755, verifica-se que a população de Alhos Vedros já é bastante inferior a algumas das povoações que antes dela dependiam. No início do século XIX era composto apenas pela freguesia da sede. Em 1836 anexou as freguesias de Coina, Lavradio e Palhais, após a extinção dos Concelhos de Coina e Lavradio. Com o início do regime liberal e a reorganização do mapa político-administrativo, o concelho de Alhos Vedros acabaria por ser extinto em 1855, oscilando entre a incorporação no do Barreiro ou no da Moita como viria a acontecer em finais desse século.
Ao longo do século XX, a freguesia de Alhos Vedros continuaria a ter uma feição essencialmente rural embora, a partir do maior desenvolvimento da unidade fabril da CUF no Barreiro, e na segunda metade do século de outras grandes indústrias como a Lisnave ou a Siderurgia, fosse ganhando algumas feições de dormitório para trabalhadores dessas grandes unidades.
Com lugares desanexados desta Freguesia foi criada, pelo Decreto-Lei nº 47513, de 26/01/1967, a freguesia da Baixa da Banheira.
Em termos de indústrias residentes na Freguesia, o sector corticeiro seria o mais importante até aos anos 1960/70, sucedendo-se uma intensa mas curta expansão do sector têxtil nos anos 1970 e 80, que teria o seu fim ao longo dos anos 1990.
Atualmente, em especial nos últimos vinte anos, tem vindo a sofrer um acelerado processo de suburbanização que lhe tem descaracterizado as suas características tradicionais.
A maior parte dos traços seu passado histórico têm vindo progressivamente a desaparecer, assim como o próprio rico património natural da longa zona ribeirinha, primeiro por efeito da poluição industrial e, depois, devido ao entulhamento das antigas salinas e viveiros piscícolas que existiam na zona de sapal.
A vila de Alhos Vedros pertence à Paróquia de Alhos Vedros que tem por orago São Lourenço.[3]
No Domingo mais próximo do dia 2 de Agosto realiza-se a Festa em Honra de Nossa Senhora dos Anjos de Alhos Vedros, que dura cinco dias.
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