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Pai do LSD Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Albert Hofmann (Baden, Suíça, 11 de janeiro de 1906 — Burg im Leimental, Suíça, 29 de abril de 2008[1]) foi um cientista suíço, e mais conhecido como o "pai" do LSD.
Albert Hofmann | |
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Albert Hofmann, o "pai" do LSD em 1993 | |
Conhecido(a) por | Síntese do LSD |
Nascimento | 11 de janeiro de 1906 Baden, Suíça |
Morte | 29 de abril de 2008 (102 anos) Burg im Leimental, Suíça |
Nacionalidade | Suíço |
Alma mater | Universidade de Zurique |
Prêmios | Prêmio Scheele (1971) |
Campo(s) | Química |
Ao trabalhar no isolamento de princípios ativos presentes no fungo ergô, pesquisando uma substância que impedisse o sangramento excessivo após o parto, sintetizou o Ácido Lisérgico, obtido a partir da hidrolisação da ergotamina (substância obtida no fungo); então fez cerca de 25 testes adicionando aminas diferentes no ácido. A 25° tentativa, chamada de LSD-25, foi sintetizada ao acaso, feita com uma amina chamada Dietilamina. Assim surgiu a Dietilamida do Ácido Lisérgico (LSD). Hofmann sentiu os efeitos dele quando a substância foi acidentalmente absorvida pela pele, mais precisamente em seu braço, e viu-se obrigado a interromper momentaneamente o procedimento, devido aos sintomas alucinantes que estava a sentir. Alguns anos após, pressentindo que havia descoberto algo demasiado misterioso para ser abandonado, repetiu a experiência intencionalmente e maravilhou-se. Inicialmente, a substância foi utilizada como recurso psicoterapêutico e para tratamento de alcoolismo e disfunções sexuais.
Depois da popularização da droga para fins não medicinais, causando eventuais problemas (em sua maioria traumáticas bad trips, viagens ruins, efeitos psicológicos induzidos por má utilização), Hofmann escreveu um livro sobre o LSD, de subtítulo meu filho problemático, explorando desde as primeiras experiências oficiais com a substância, passando pelos temas socioculturais que a levaram à sua prematura e completa proibição mesmo à prática científica, até as iluminações espirituais pelas quais o autor em si passou sob efeito da substância. Ao final do prefácio, ressente-se, conjectura que um dia este filho problemático pode transformar-se em um filho maravilhoso/inspirador (in the future this problem child could become a wonder child).
“ | Eu produzi a substância como um remédio. Não é minha culpa se as pessoas abusavam dele. | ” |
Albert Hofmann morreu de ataque do coração em 29 de abril de 2008 na cidade de Burg im Leimental, próximo de Basileia, Suíça, aos 102 anos. Ostensivo "pai" do LSD, dedicou um livro inteiro ao seu filho bioquímico favorito e mais polêmico. Morreu lutando contra a desinformação farmacológica mundial, que pouco discerne a abrangência do termo "droga" (comparar LSD com álcool/cocaína/heroína, em termos de toxicidade neurofisiológica, é como comparar gelatina com veneno). Um de seus maiores desejos era que seu composto predileto pudesse continuar a ser pesquisado para os fins mais diversos, entre os quais potente analgésico para pacientes terminais de câncer e outras condições dolorosas, cuja analgesia constante é altamente tóxica com uso da maioria das substâncias legais, o que não ocorre com doses ativas de LSD (microgramas).
Depois de se aposentar da Sandoz em 1971, Hofmann foi autorizado a levar seus artigos e pesquisas para casa. Ele deu seu arquivo para a Fundação Albert Hofmann, uma organização sem fins lucrativos com sede em Los Angeles, mas os documentos ficaram guardados por anos. Os arquivos foram enviados para a área de São Francisco em 2002 para serem digitalizados, mas esse processo nunca foi concluído. Em 2013, o arquivo foi enviado para o Instituto de História da Medicina de Berna, na Suíça, onde está sendo organizado. De acordo com Beat Bächi, que tem pesquisado o espólio no Instituto como parte de um projeto de pesquisa da Swiss National Science Foundation (SNSF), o LSD, como uma droga, era algo para a elite cultural na opinião de Hofmann.[2][3]
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