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Albert Bandura CC /bænˈdʊərə/ (Mundare, 4 de dezembro de 1925 – Stanford, 26 de julho de 2021) foi um psicólogo canadense, professor de psicologia social da Universidade de Stanford. Fez contribuições no campo da psicologia social, cognitiva, psicoterapia e pedagogia. Em 1968, aos 43 anos, foi o presidente mais jovem eleito para a Associação Americana de Psicologia (APA).[1]
Albert Bandura | |
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Conhecido(a) por | Teoria social cognitiva auto-eficácia teoria da aprendizagem social agência moral determinismo recíproco |
Nascimento | 4 de dezembro de 1925 Mundare, Alberta, Canada |
Morte | 26 de julho de 2021 (95 anos) Stanford, Califórnia |
Nacionalidade | Canadense/Estado-unidense |
Alma mater | University of British Columbia University of Iowa |
Campo(s) | Psicologia, filosofia |
Sua abordagem é social-comportamental (social behaviorism) e psicologia cognitiva ou cognitiva-comportamental.
A fase inicial da pesquisa de Bandura analisou os fundamentos da aprendizagem de crianças e adultos, particularmente em imitar o comportamento observado em outros, em particular, comportamentos agressivos.[2]
Bandura procurou confirmar tal teoria ao fazer um experimento com um joão-bobo. Três grupos de crianças foram submetidos a um filme diferente cada, nos quais adultos agrediam os bonecos. No primeiro filme o adulto era recompensado por agredir o boneco, no segundo filme era punido e no terceiro filme não sofria nenhuma consequência. Depois do filme, as crianças foram colocadas em uma sala onde podiam ser observadas sem perceberem. Na sala havia diferentes brinquedos, dentre eles um joão-bobo. Relatou-se que o grupo que viu o adulto sendo recompensado tendia a repetir com maior frequência as agressões quando comparado aos dois últimos grupos. Sua conclusão é que comportamentos agressivos se tornam mais frequentes ao ver outros serem recompensados por sua agressividade.[3]
Esse aprendizado frequentemente não se restringe a imitar e passa a identificar-se com a pessoa-modelo. Para Bandura, imitar envolve um comportamento e objetos restritos, enquanto identificar-se envolve adotar e reconhecer-se nos comportamentos, valores, crenças e atitudes observados da pessoa-modelo. Identificar-se amplia o comportamento observado para diversos outros objetos animados e inanimados (generalização), enquanto imitar é muito mais restrito.[3]
Sua teoria sobre o determinismo recíproco defende que há uma relação simultânea, dialética e recíproca entre os efeitos que o ambiente, pessoa-modelo e indivíduos. Em outras palavras, conforme o ambiente determina o comportamento do indivíduo e do modelo, o indivíduo determina o comportamento ambiente e do modelo e o modelo determina o comportamento do ambiente e do indivíduo.[4]
Muito de seu trabalho foi desenvolvido estudando a motivação e a auto-eficácia. Em seus experimentos comprovou que estabelecer vários objetivos próximos (fáceis de alcançar) é mais eficaz do que estabelecer objetivos distantes (difíceis) ou não estabelecer objetivos. Também comprovou que a percepção de competência torna uma equipe mais eficaz do que um grupo que se percebe incompetente quando os desempenhos individuais foram semelhantes em um pré-teste.[5]
A desobrigação moral seletiva (ou desengajamento) ocorre por meio de uma reestruturação cognitiva para transformar um comportamento, que um indivíduo consideraria desumano em outras situações, em uma ação socialmente justificável. Para Bandura essa desobrigação moral seletiva pode ocorrer pelos seguintes processos psicológicosː[6]
Entre crianças em escolas a desobrigação moral seletiva é muito mais frequente entre meninos e as principais justificativas usadas para bullying foram moralismo e desumanização. Questionar esses argumentos e repreender os responsáveis em sala de aula diminuiu a frequência de bullying na escola estudada.[8]
Bandura morreu em 26 de julho de 2021 em Stanford, aos 95 anos de idade, de insuficiência cardíaca.[9]
Recebeu títulos honorários por suas contribuições de 16 distintas universidades.
Seus trabalhos mais reconhecidos são:
Outros livros incluem:
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