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agência de notícias internacionais britânica Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Reuters (AFI:[ˈrɔɪtərz] (róiters)) é uma agência de notícias britânica, a maior agência internacional de notícias do mundo, com sede em Londres. Foi parte da Reuters Group Plc até 2008. Seu foco estava em tópicos econômicos, mas semelhantemente à Bloomberg ou Associated Press, também outras notícias. Depois da fusão com a canadense Thomson Group em 17 de abril de 2008, e a renomeação para Thomson Reuters, a agência continuou com sede em Londres.[1]
As referências deste artigo necessitam de formatação. (Fevereiro de 2015) |
Reuters | |
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Divisão | |
Atividade | Notícias |
Fundação | outubro de 1851 (173 anos) |
Sede | Canary Wharf, Londres, Inglaterra Reino Unido[1] |
Pessoas-chave | James C. Smith (CEO)[2] |
Empregados | 14.000 |
Empresa-mãe | Thomson Reuters |
Website oficial | www.reuters.com |
A companhia foi fundada pelo alemão Paul Julius Reuter, um pioneiro dos serviços telegráficos, cuja vida foi retratada no filme de 1940, A Dispatch from Reuter's. Edward G. Robinson representava o imigrante alemão de ascendência judaica, que no seu escritório de Londres, em Outubro de 1851, começou a transmitir informações do mercado de ações entre Paris e Londres, através do novo cabo telegráfico Calais (França) - Dover (Reino Unido).
A história da agência de notícias começou em Aachen, Pontstraße 117. A partir deste local seriam, em 1850, transmitidas notícias com a ajuda de pombos-correio. Atualmente lê-se na placa fixada no edifício (em alemão): "Paul Julius Reuter[,] 1816-1899[,] Gründer der Nachrichtenagentur Reuter[,] ließ im Jahre 1850 durch Brieftauben auf das Dach dieses Hauses Nachrichten aus Brüssel tragen. Damit begann er sein Lebenswerk im Dienste des Nachrichtenverkehrs der Welt" (em português: Paul Julius Reuter, fundador da agência de notícias Reuters, recebeu em 1850, a partir do telhado deste edifício, notícias de Bruxelas com a ajuda de pombos-correio. Iniciou deste modo o seu trabalho ao serviço do trânsito de notícias do Mundo).[3]
A agência Reuters criou uma boa reputação na Europa por ser a primeira a reportar "furos" jornalísticos no estrangeiro, como a notícia do assassinato de Abraham Lincoln. Nos dias de hoje, quase todos serviços noticiosos são subscritores da Reuters. A Reuters tem mais de 14 mil funcionários, que operam em 204 cidades e fornece textos em 19 línguas. A Reuters continuou a crescer rapidamente, alargando os seus produtos de negócios e expandindo a sua rede de reportagem global para os serviços media, financeiros e económicos. Recentes lançamentos de produtos-chave incluem: Equities 2000 (1987), Dealing 2000-2 (1992), Business Briefing (1994), Reuters Television para os mercados financeiros (1994), 3000 Series (1996) e o serviço Reuters 3000 Xtra (1999).
A meio da década de 1990, a companhia teve um breve aventura no setor da rádio com duas estações da London Radio, London News 97.3 FM and London News Talk 1152 AM, que substituíram a LBC em 1994. O serviço Reuters Radio News foi criado para competir com a Independent Radio News.
Atualmente, faz parte do grupo Thomson Reuters, após ser incorporada pela agência canadense Thomson Corporation, por GB£ 8,7 bilhões (8,7 mil milhões em Portugal).
Em Julho de 1999 a TIBCO Software completou uma IPO (Iniciativa de Oferta Pública) no NASDAQ; a Reuters retém uma porção subtancial das acções. No princípio de 2000, a Reuters anuncia um conjunto de iniciativas gerais criadas para acelerar o uso das tecnologias Web, abrir novos mercados e migrar os seus negócios principais para um modelo baseado na Internet.
Em Maio de 2001 a Instinet completou uma IPO no NASDAQ; a Reuters retém a maioria das acções.
No dia 28 de Setembro de 2001, completou a maior aquisição na sua história, adquirindo certos negócios e meios da Bridge Information Systems Inc. No mesmo ano, aquiriu 100% da Diagram fip SA e 92% da ProTrader Group LP.
Em Março de 2003, a Reuters adquiriu a Multex.com, Inc., fornecedora de informação financeira global.
Reuters afirma sua adesão aos princípios da integridade jornalística.[4] No entanto, a organização tem sido acusada por conservadores americanos e de direita, de parcialidade liberal ou de esquerda. Noutros países, a Reuters foi acusada de ser pró-britânica ou pró-americana. Documentos mostram que, de fato, a organização foi financiada pelo governo britânico durante a Guerra fria.
Em novembro de 2019, o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido divulgou arquivos confirmando que havia fornecido financiamento à Reuters durante as décadas de 1960 e 1970 para que a agência pudesse expandir sua cobertura na América Latina e no Oriente Médio. Esse financiamento foi chefiado pelo Information Research Department (IRD), uma organização de propaganda secreta do governo britânico, cujas atividades muito se assemelhavam com as da CIA, e que colaborou diretamente com a ditadura militar brasileira.[5][6]
Um acordo foi feito entre o IRD e a Reuters para o Tesouro do Reino Unido fornecer £ 350.000 em 4 anos para financiar a expansão da Reuters. O governo do Reino Unido já havia financiado o departamento latino-americano da Reuters por meio de uma empresa de fachada; no entanto, este método foi descontado para a operação do Oriente Médio devido à contabilidade da fachada parecer suspeita, com o IRD afirmando que a empresa "já parece estranha para qualquer um que queira investigar por que uma empresa tão inativa e não lucrativa continua funcionando . "[7] Em vez disso, a BBC foi usada para financiar o projeto, pagando por assinaturas aprimoradas para a organização de notícias que o tesouro reembolsaria à BBC em uma data posterior.
O IRD reconheceu que este acordo não lhes daria controle editorial sobre a Reuters, embora que isso lhes daria influência política sobre o trabalho da Reuters, afirmando que "essa influência fluiria, no nível superior, da disposição da Reuters de consultar e ouvir as opiniões expressas sobre os resultados de seu trabalho. ” Os documentos revelados vão até 1970, e não fica claro nesses arquivos qual a proporção recebida do governo.[7]
Em 1977, o jornalista americano Carl Bernstein, famoso por ajudar a revelar o Watergate, entrevistou vários agentes da CIA e publicou um artigo em que afirmou que a Reuters foi uma das várias organizações de mídia que secretamente colaborou com a Agência para divulgar propaganda.[8]
Em 2015, a agência foi acusada de proteger o Governo Fernando Henrique Cardoso, do Brasil, após um texto do site ter sido publicado com o comentário "Podemos tirar, se achar melhor" acoplado a um parágrafo que repercutia uma afirmação de que desvios na Petrobrás já ocorriam desde o governo Cardoso.[9]
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