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Aeroporto no Brasil Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Aeroporto Regional do Vale do Aço (IATA: IPN, ICAO: SBIP), também conhecido como Aeroporto de Ipatinga (antigo Aeroporto da Usiminas), é um aeroporto doméstico que está localizado no município brasileiro de Santana do Paraíso, no interior do estado de Minas Gerais. Serve à Região Metropolitana do Vale do Aço e a seu colar metropolitano, estando situado a 7 km de Ipatinga. Constitui uma das principais formas de deslocamento da região, disponibilizando rotas diárias regulares à Região Metropolitana de Belo Horizonte, além de conexões a outros destinos. Sua pista tem dimensões de 2 004 m x 45 m.
Ipatinga | ||||||||||
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Aeroporto Regional do Vale do Aço | ||||||||||
Terminal de passageiros do Aeroporto Regional do Vale do Aço | ||||||||||
IATA: IPN - ICAO: SBIP | ||||||||||
Características | ||||||||||
Tipo | Público | |||||||||
Administração | Governo de Minas Gerais e Infraero | |||||||||
Serve | Região Metropolitana do Vale do Aço | |||||||||
Localização | Santana do Paraíso, MG, Brasil | |||||||||
Inauguração | 1959 (65 anos) | |||||||||
Coordenadas | 19° 28′ 14″ S, 42° 29′ 17″ O | |||||||||
Altitude | 239 m (784 ft) | |||||||||
Movimento de 2016 | ||||||||||
Passageiros | 69 664 embarques | |||||||||
Carga | 36 529 Kg | |||||||||
Aéreo | 1 202 decolagens | |||||||||
Principais companhias | Azul Linhas Aéreas Brasileiras, Gol Linhas Aéreas Inteligentes e Voepass Linhas Aéreas | |||||||||
Mapa | ||||||||||
Localização do aeroporto no Brasil | ||||||||||
Pistas | ||||||||||
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Notas | ||||||||||
Dados do DECEA[1] e da ANAC[2] |
Criado em 1959 e em operação desde 1977, foi projetado pela Usiminas, inicialmente para servir a seus funcionários. Em 2008, houve um projeto de desativar o aeroporto e construir um novo terminal no município de Bom Jesus do Galho, a fim de que a empresa expandisse seu complexo industrial sobre a área original. Por questões ambientais e devido à Grande Recessão, no entanto, o projeto não prosseguiu e o atual aeroporto foi reformado e modernizado em 2011. A Usiminas administrou o aeródromo até março de 2016. É gerido pela Infraero, sob contrato com o governo estadual, desde agosto de 2020.
O Aeroporto Regional do Vale do Aço (antigo Aeroporto da Usiminas) foi criado em 1959, com o objetivo inicial de atender aos funcionários da Usiminas, empresa a qual também idealizou o projeto. As operações foram iniciadas em 1977,[3] entrelaçadas a outros investimentos de infraestrutura realizados pela companhia siderúrgica na cidade de Ipatinga, que também incluíam hospitais, escolas, delegacias, necrotérios e bairros.[4] Próximo ao aeroporto, que está localizado em território do atual município de Santana do Paraíso, foi estruturado um Distrito Industrial.[5] A Usiminas foi privatizada em 1991 e permaneceu como a única responsável pelo terminal até janeiro de 2012, quando passou a dividir a administração e as operações com a Socicam.[6]
Em 2008, especulou-se a relocação do aeroporto para o município de Bom Jesus do Galho, a fim de que a Usiminas expandisse seu complexo industrial no local original. O projeto previa a construção de uma pista de 2 600 metros, com capacidade de receber aviões de grande porte e, a longo prazo, um fluxo anual médio de 360 mil passageiros.[7] Outras 17 áreas foram previamente escolhidas para receber o novo terminal, sendo 13 delas visitadas e analisadas, levando em consideração uma distância máxima de 30 quilômetros do aeroporto atual. Posteriormente, devido à proximidade de Bom Jesus do Galho com o Parque Estadual do Rio Doce, que poderia gerar ruído excessivo e choques de aves com aeronaves,[8] a área pretendida foi transferida para Belo Oriente em 2009.[9]
Além de fatores ambientais, a crise financeira de 2008 também colaborou com o atraso dos projetos do novo terminal. Em março de 2011, a Usiminas anunciou a realização de modernização do aeroporto no atual local, com a reforma da pista e aquisição de equipamentos de raios X, encerrando a possibilidade de construção de um novo terminal no Vale do Aço no curto e médio prazo. Após o fim das reformas, concluídas em dezembro de 2011, o aeroporto passou a ter capacidade para receber aeronaves com até 110 passageiros.[10][11]
Em 2016, problemas econômicos levaram a Usiminas a deixar o controle do aeródromo, o que vinha sendo negociado com o Governo Federal desde 2013. Em fevereiro, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) determinou que o terminal fosse fechado em 12 de março de 2016, quando a Usiminas encerraria suas operações no local, deixando o aeroporto sem um responsável.[12] No entanto, um contrato foi assinado em caráter emergencial entre a Socicam e a Secretaria de Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais (SETOP), garantindo o custeio pelo governo estadual e a manutenção pela Socicam até a conclusão da licitação para que uma nova empresa assuma a administração. A prefeitura de Santana do Paraíso cogitou assumir a tutela do aeroporto em parceria com o estado, mas isso não foi possível devido ao orçamento elevado.[13] Devido às mudanças, o nome do antigo Aeroporto da Usiminas foi alterado para "Aeroporto Regional do Vale do Aço".[14] Em outubro do mesmo ano, a Socicam venceu a licitação para prosseguir com a administração do terminal.[15]
Em 14 de fevereiro de 2019, a Azul Linhas Aéreas Brasileiras, única companhia aérea operante no terminal, suspendeu suas atividades no aeroporto por tempo indeterminado, alegando que a pista não atende aos padrões operacionais.[16] Já no dia 19 de fevereiro a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) interditou a pista, suspendendo também os voos do programa Voe Minas Gerais,[17] do governo estadual, em aeronaves de pequeno porte.[18] Após incertezas quanto a seu destino, no dia 20 do mesmo mês, o ministro da infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas em reunião com o governador Romeu Zema anunciou o repasse de recursos do Governo Federal para uma reforma emergencial no aeroporto, e em seguida recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil para uma reforma definitiva.[19] Dessa forma, foram realizadas as intervenções de emergência entre 19 de março e 8 de abril de 2019, com a liberação da ANAC obtida em 12 de abril. O retorno dos voos da Voe Minas ocorreu em 15 de abril de 2019, enquanto o da Azul foi marcado para o dia 9 de maio.[20]
O Aeroporto de Ipatinga foi novamente fechado em 25 de março de 2020, devido à pandemia de COVID-19 e para o aguardo realização das obras definitivas, mas sem previsão da concretização das restaurações.[21] Em agosto de 2020, a Infraero passou a ser a gestora do aeroporto, após ser contratada pelo governo estadual.[22] Contudo, somente um ano após o fechamento, em 8 de abril de 2021, é que as obras foram iniciadas. Essas intervenções contemplaram restauração das pistas, do pátio de aeronaves e sinalização, mas não aumentaram sua capacidade de passageiros e aeronaves de grande porte. Em 1º de dezembro de 2021, o aeroporto foi reaberto e voltou a receber voos regulares.[23]
O terminal está localizado próximo ao Distrito Industrial do município de Santana do Paraíso e atende à Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) e a seu colar metropolitano, servindo como uma das principais formas de acesso dos funcionários dos complexos industriais locais, como a Aperam South America, Cenibra e Usiminas, até a Região Metropolitana de Belo Horizonte.[24] Trata-se de um aeroporto doméstico e uso público.[3] Em 2008, segundo a Usiminas, aproximadamente 87% dos passageiros circulavam com vinculação a outras indústrias ou com a comunidade.[25] Uma passagem de nível sobre a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) separa a BR-458 do acesso ao aeroporto, que está localizado a cerca de 7 km do Centro de Ipatinga.[6][26]
O terreno do terminal ocupa uma área de cerca de 700 000 m² e sua pista é asfáltica, com 2 004 m de extensão e 45 m de largura,[11] enquanto que a estrutura de pátio de manobras tem dimensões de 72,5 m x 285 m.[3] Localizado a 239 metros acima do nível do mar,[27] o aeroporto conta com balizamento noturno, serviço contra incêndio capaz de atender a aeronaves acima de 70 passageiros, Estação Permissionária de Telecomunicações Aeronáuticas (EPTA), posto de combustível de jato (JET A-1) e terminal de passageiros com capacidade de acomodar 150 mil pessoas ao ano. Em relação a dispositivos de segurança da aviação civil, há detector de metal manual e raio X de bagagens. Também há serviço de lanchonete, táxi, locação de veículos e agência de viagens, além de sistema de informações de voo (SIV), esteira de bagagens e carrinhos.[3][11][28]
Segundo a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), um total de 1 062 202 passageiros passaram pelo aeroporto de 2009 a 2014, movimentando 43 934 voos.[28] Em 2015, o terminal recebeu 142 960 passageiros, gerando 4 218 voos.[29]
A pista do aeroporto não reporta histórico de acidentes com gravidade,[3] entretanto os seguintes incidentes têm ligação com o terminal.
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