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O Formulário Ortográfico de 1943, aprovado em 12 de agosto de 1943, é um conjunto de instruções estabelecido pela Academia Brasileira de Letras para a organização do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa do mesmo ano. É este documento, com as alterações introduzidas pela Lei 5 765,[1] de 18 de dezembro de 1971, que regula a grafia do português no Brasil, sendo incorporado e modificado pelo Acordo Ortográfico de 1990.
Na tentativa de pôr cobro às diferenças ortográficas entre Portugal e o Brasil, como resultado da adoção em Portugal da Reforma Ortográfica de 1911, foram feitos diversos encontros entre as Academias dos dois países, dos quais resultou um acordo preliminar assinado em 1931. No entanto, como os vocabulários que se publicaram, em 1940 (pela Academia das Ciências de Lisboa) e em 1943 (pela Academia Brasileira de Letras),[2] continham ainda algumas divergências, houve necessidade de novas reuniões, em Lisboa, que deram origem ao Acordo Ortográfico de 1945. Este acordo tornou-se lei em Portugal,[3] mas no Brasil não foi ratificado pelo Congresso Nacional, continuando os brasileiros a regular-se pelo Formulário Ortográfico de 1943.
A entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990 — que trouxe uma significativa redução das diferenças de grafia entre o português brasileiro e o português europeu — incorpora o Formulário Ortográfico de 1943, bem como o Acordo Ortográfico de 1945.
O texto do Formulário Ortográfico de 1943 é composto por duas partes:
Algumas regras em relação à morfologia do português, no Brasil, anterior a 1943, em Portugal anterior a 1911,[6] muitas semelhantes às mesmas do inglês e francês (ainda em curso).
Uso dos seguintes encontros consonantais:
Em obediência às regras descritas acima, os prefixos e sufixos de origem grega eram escritos da seguinte forma:
Terminações específicas:
O H entre vogais:
A ênclise
Essa ortografia anterior a 1911, em Portugal, e a 1943, no Brasil, apareceu por volta de meados do século XVII, e foi elaborada por linguistas portugueses. Uma das causas primordiais da utilização desse sistema ortográfico, além da modernização do idioma, foi a tentativa da língua portuguesa se distanciar mais do espanhol. De 1580 até 1640, Portugal partilhou com a Espanha uma união dinástica, período denominado União Ibérica. E uma teoria muito frequente na Espanha da época, era que o português consistia em um dialeto do espanhol. Obviamente, essa teoria espanhola foi criada com o intuito de funcionar como uma espécie de "instrumento", para uma maior dominação sobre os portugueses. Essa teoria se perpetua em relação ao galego, que é alternativamente considerado como um dos dialetos do sistema linguístico galaico-português, ao lado do português.[7]
Os nomes próprios personativos, locativos e de qualquer natureza, sendo portugueses ou aportuguesados, estão sujeitos às mesmas regras estabelecidas para os nomes comuns..
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