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Travessão
pontuação Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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O travessão (—), também chamado de risca ou traço eme, um sinal de pontuação utilizado para indicar o início de frases ou interlocuções.[1] Dos sinais de pontuação, é um dos mais utilizados, justamente pelo fato de proporcionar mais clareza do que as vírgulas nas intercalações longas e maior ênfase nos destaques.[2] Dependendo da intenção de uso, o travessão pode ser usado para substituir outros sinais de pontuação, como parênteses, vírgulas e dois-pontos.[2][nota 1]
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Usos
Traço bem maior que o hífen, o travessão costuma ser empregado nas seguintes situações:
1) No discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos.[2]
- — Boa tarde, querida.
- — Oi, mãe. Vamos às compras?
2) Para separar expressões ou frases explicativas, intercaladas.
- “E logo me apresentou à mulher — uma estimável senhora — e à filha.”[2] (Machado de Assis)
- “A floresta do Congo é a segunda maior do mundo em extensão — a amazônica é a maior —, além de apresentar o segundo maior rio do mundo, o Congo.”[2]
3) Para destacar algum elemento explicativo no interior da frase, servindo muitas vezes para realçar o aposto.
- “Junto ao leito dormem meus poetas — Dante, Bíblia, Shakespeare e Byron — na mesa confundidos.”[2] (Álvares de Azevedo)
- “Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte é a superioridade humana — acima dos preceitos que se combatem, acima das religiões que passam, acima da ciência que se corrige; embriaga como a orgia e como o êxtase.”[2] (Raul Pompeia)
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Não confundir
- O travessão (ou risca) não é o mesmo que um hífen nem que uma meia-risca (ou traço “de ligação”, ou risca de meio-quadratim).[1] Diferentemente desses dois últimos, onde não há um espaço antes e após seu uso, no travessão este é obrigatório.[3]
- A meia-risca, menor, serve para ligar elementos em série (ex.: 1997–2006 ou A–Z ou ainda termos como ponte-aérea Rio–Lisboa ou fronteira Áustria–Itália).
- O hífen, ainda menor, serve para unir palavras compostas (ex.: couve-flor), fazer a translineação (divisão de uma palavra no final de linha) e, principalmente, fazer divisão em pronomes oblíquos (ex.: ouve-se, fê-lo, arrumaram-no).[1]
Note as diferenças:
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Ver também
Notas
Referências
- Véronique Dahlet (2006). Manobras da pontuação. [S.l.]: Humanitas. 301 páginas. ISBN 978-85-7732015-8
- Maria Tereza de Queiroz Piacentini (2012). Não Tropece na Língua: Lições e curiosidades do português brasileiro. [S.l.]: Bonijuris. 304 páginas. ISBN 978-85-6501703-9
- Ledur, Paulo Flávio; Sampaio, Paulo (2002) [1994]. Os pecados da língua: pequeno repertório de grandes erros de linguagem. 2 6 ed. Porto Alegre: AGE. ISBN 978-85-8562713-3
- Normas tipográficas da Imprensa Nacional, coligidas in Instruções por Artur de Sousa Gomes, Lisboa, INCM, 1970
- Nova gramática do Português contemporâneo, Celso Cunha e Lindley Cintra, Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1984
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Ligações externas
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