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Acciona é uma empresa espanhola de promoção e gestão de infraestruturas (água, concessões, construções e serviços) e energias renováveis. Está presente em 65 países nos cinco continentes[3] e faz parte do IBEX 35.
Acciona | |
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Sede da Acciona em Alcobendas, Madrid | |
Razão social | Acciona, S.A. |
Sociedade Anônima | |
Cotação | BME: ANE |
Atividade | Infraestrutura e Energia elétrica |
Fundação | 1997 (27 anos) |
Sede | Alcobendas e Madrid, ( Espanha) |
Presidente | José Manuel Entrecanales Domecq |
Empregados | 39.000 |
Produtos | Energia, Transporte, Água e saneamento, Infraestrutura, Construção, Setor imobiliário, Setor financeiro. |
Valor de mercado | €6.4 bilhões (2020)[1] |
Receita | €6.4 bilhões (2021)[2] |
Lucro | €508 milhões (2020)[2] |
LAJIR | €1.1 bilhões (2021)[2] |
Website oficial | www.acciona.com |
As origens da empresa remontam à empresa MZOV (sigla para a Compañía del Ferrocarril de Medina a Zamora y de Orense a Vigo), fundada em 1862 na Galícia. Em 1978 a MZOV fundiu-se com a Cubiertas y Tejados, S.A., empresa fundada em 1918 por Luis Ferrer-Vidal de Llauradó e Víctor Messa Arnau, provenientes da antiga "Vilaseca Roesicke y Maas", formando a empreiteira Cubiertas y MZOV Compañia General de Construcciones, SA. Em 1997, fundiu-se com a Entrecanales y Távora para formar a terceira maior construtora espanhola, passando a se chamar Acciona e também sendo cotada em bolsa de valores a partir de maio do mesmo ano. Os acionistas também aprovaram a aquisição da Eur, S.A.[4] A subsidiária de construção passou a se chamar Necso Entrecanales Cubiertas.[5]
O nome Acciona provém do nome do Museu Interativo da Ciência em Alcobendas.[6]
Em 2002, o estado espanhol entregou a companhia de navegação Trasmediterránea a um consórcio formado pela Acciona e por uma empresa de Abel Matutes. A Trasmediterránea foi vendida por 259 milhões de euros, além da dívida acumulada da companhia de navegação, estimada em 210 milhões de euros[7] e pagas pelo consórcio. A manutenção da Trasmediterránea custou centenas de milhões à Acciona, que chegou a tentar vendê-la em 2014 à empresa Baleària e ao fundo de investimento Cerberus Capital Management.[8]
Em dezembro de 2003, José Manuel Entrecanales Domecq foi nomeado presidente da Energía Hidroeléctrica de Navarra (EHN), cujos acionistas incluíam a Acciona. Em outubro de 2004, a Acciona aumentou sua participação na EHN para 89%, atingindo 100% em janeiro de 2005.[9] Em 2005, o grupo empresarial investiu 24 milhões de euros na unificação de todas as marcas sob o nome Acciona. Assim, as subsidiárias Necso e Energía Hidroeléctrica de Navarra (EHN) desapareceram. A única exceção foi a Trasmediterránea,[10] que passaria a se chamar oficialmente Acciona Trasmediterránea, José Manuel Entrecanales foi nomeado presidente da Acciona.
Em 2007, a Acciona, juntamente com a empresa italiana Enel, assumiu o controle da empresa espanhola de eletricidade Endesa, da qual adquiriu 92% da participação.[11] No entanto, em 2009 vendeu à Enel 25% da Endesa, que tinha um valor estimado de 8,2 bilhões de euros.[12] Por outro lado, a Acciona comprou em 2017 a construtora australiana Geotech, reforçando a atuação em um país no qual já estava em operação desde 2002. Esta aquisição significaria a consolidação do desenvolvimento de infraestruturas na Austrália pela empresa.[13] No início de 2018, a Transmediterránea seria finalmente vendida à empresa canária Naviera Armas.[14]
Dentro do setor de infraestrutura sua atuação se divide em infraestrutura viária e todos os tipos de edificações e engenharia industrial.[15] Possui um setor específico dedicado à criação de plantas de gerenciamento de água. Também oferece diversos serviços de manutenção predial.[15]
Seu setor de energia está presente em mais de 20 países.[16] Ela quis se concentrar, especialmente, em energias renováveis por meio de projetos de energia eólica, energia solar fotovoltaica, energia solar térmica, energia hidráulica e energia de biomassa.[17]
Em menor grau, abrange também outros setores. Dedica-se à corretagem de ações por meio da Bestinver e às vinícolas pelo Grupo Bodegas Palacio 1894 (anteriormente Hijos de Antonio Barceló).
Atualmente, a Acciona trabalha projetando e construindo diferentes projetos em diversos setores sob o denominador comum da luta contra as mudanças climáticas:
A Acciona obteve o selo RobecoSAM Silver Class 2015 no setor elétrico por suas boas práticas em termos de sustentabilidade.[18]
Ela também foi incluída no CDP Climate Performance Leadership Index 2014, que lista as 187 empresas globais que obtiveram a classificação mais alta por seu desempenho no combate às mudanças climáticas.[19]
Desde 2015, a Acciona lidera o ranking das empresas mais verdes do mundo segundo o grupo editorial norte-americano Energy Intelligence.[20] Além disso, a Acciona participa ativamente da Conferência das Partes (COP), autoridade máxima da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Na COP 21 em Paris, em 2015, José Manuel Entrecanales anunciaria o compromisso da Acciona de ser uma empresa neutra em carbono,[21] conquista que a empresa mantém desde 2015, tendo recebido o Prêmio Nacional do Meio Ambiente no Chile.[22] Em 2019, na COP 25 em Madrid, a Acciona se comprometeu a reduzir seus gases de efeito estufa em 60% até 2030.[23]
Por outro lado, foi reconhecida como uma das empresas mais ativas em inovação aberta, de acordo com a Startup Europe Partnership (SEP) pelo seu sucesso na integração de startups nos programas de inovação das diferentes áreas de negócio da empresa.
A Acciona está entre as 100 empresas mais sustentáveis do mundo, segundo ranking elaborado pela Corporate Knights, grupo editorial especializado em economia descarbonizada. Especificamente, ocupa o 31º lugar, em comparação com a posição número 70, registrada no ano passado.[24]
Em julho de 2022, a Comissão Nacional de Mercados e Concorrência (CNMC) aplicou uma multa de 29,4 milhões de euros à Acciona por ter alterado, durante 25 anos, junto com outras importantes construtoras espanholas, milhares de licitações públicas para a construção de infraestruturas e obras civis.[25]
A Família Entrecanales detém 55,73% da empresa.[26]
A ACCIONA iniciou sua atividade no país em 1996 e já realizou importantes projetos, como o Terminal 2 do Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), no qual aplicou a tecnologia inovadora do equipamento Kugira, maior dique flutuante do mundo para fabricação de caixões de concreto pré-moldado.[27]
Foi a responsável pela emblemática transformação da antiga estação ferroviária Júlio Prestes na Sala São Paulo, considerada pelo jornal inglês The Guardian um dos melhores espaços para concertos do mundo e que abriga a Orquestra Sinfônica de São Paulo - OSESP.[28]
Realizou a assistência técnica na operação e manutenção da ETE Arrudas (MG) e atuou em projetos de tratamento de esgoto em Santa Cruz do Capibaribe (PE) e São Gonçalo (RJ).[28][29]
Também foi responsável pelas reformas, em São Paulo, do complexo Estúdio Vera Cruz Filmes, da estação da Luz e do edifício Martiniano de Carvalho, atual sede da Telefônica. A empresa também venceu licitações para a construção de linhas e estações de metrô em São Paulo (SP) e Fortaleza (CE).[28][30]
ACCIONA realizou durante 10 anos a operação da Rodovia Lúcio Meira (BR-393), em um trecho de 200 quilômetros de extensão, passando por 7 municípios da região sul do Estado do Rio de Janeiro.[31]
É a responsável pela retomada das obras da Linha 6 - Laranja do Metrô de São Paulo e sua futura operação. São 15km de linhas e 15 estações que irão conectar a estação São Joaquim, na região central, com a Brasilândia.[30]
Em 2021, A ACCIONA Energía, assinou um acordo com a Casa dos Ventos, maior grupo investidor em energias renováveis do Brasil, para a aquisição de dois projetos eólicos em desenvolvimento (Sento Sé I e II), no estado da Bahia, que somados podem chegar a até 850MW de potência.[32]
Em 2022 a ACCIONA e a Linha Uni, responsáveis pela Linha 6-Laranja de metrô de São Paulo, foram as empresas vencedoras, com o projeto Estação Sustentar, da categoria de Diversidade da 8ª edição do Prêmio Câmara Espanhola de Sustentabilidade, realizado pela Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil.[33]
O Estação Sustentar visa impactar positivamente a sociedade por meio de, entre outros pilares, formação profissional e empoderamento a mulheres. Estes pilares buscam promover formação profissional a residentes de comunidades de São Paulo com IDH abaixo da média municipal, contribuindo com a empregabilidade e aumentando a participação de mulheres na construção civil. As primeiras turmas, ministradas em instituições como o Senai, foram de Padeiros, Soldadores ao Arco Elétrico, Construtores de alvenaria, Sinaleiros Amarradores, Eletricistas Instaladores, Auxiliares Mecânicos de manutenção e Operadores de ponte rolante.[34]
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