Abu Inane Faris
Sultão merínida Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Abu Inane Faris (em árabe: أبو عنان فارس; romaniz.: Abu Inan Faris) foi o sultão do Império Merínida de setembro de 1348, em sucessão de seu pai Alboácem Ali ibne Otomão, a 3 de dezembro de 1358, quando foi assassinado e substituído por Maomé II Assaíde.[1]
Abu Inane Faris | |
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Dinar de ouro de Abu Inane Faris | |
Sultão do Império Merínida | |
Reinado | setembro de 1348–3 de dezembro de 1358 |
Antecessor(a) | Alboácem Ali ibne Otomão |
Sucessor(a) | Maomé II Assaíde |
Dados pessoais | |
Morte | 3 de dezembro de 1358 |
Casa | merínida |
Religião | Islão |
Vida
Resumir
Perspectiva
Abu Inane Faris era filho do sultão Alboácem Ali ibne Otomão (r. 1331–1348) e irmão de Abomar Taxufine e Abu Maleque Abde Aluaide. [2] Em 1348, servia como governador de Tremecém. No mesmo ano, seu pai foi derrotado perto de Cairuão, e suas tentativas de reagrupar suas tropas foram frustradas, pois na primavera a Peste Negra alcançou Túnis. Abu Inane Faris aproveitou a oportunidade para se declarar sultão e retornou para Fez antes que outros pretendentes buscassem tomar o trono.[3] Revoltas eclodiram nos territórios dominados pelo Império Merínida,[4][5] permitindo que o ziânida Abuçaíde Otomão II fosse proclamado sultão de Tremecém,[6] enquanto o haféssida Abu Alabás Amade Alfadle Almutauaquil retomou Túnis e tornar-se-ia califa.[7] Alboácem Ali fez inúmeras tentativas para retornar aos territórios merínidas, mas enfrentou forte oposição da coalizão formada pelos berberes magrauas, os ziânidas e Abu Inane Faris. Ele conseguiu se refugiar em Sijilmassa, onde reuniu um exército, apesar da deserção de seus aliados árabes suaiditas, e marchou contra Marraquexe, que caiu. Em 1351, enfrentou as tropas de seu filho nas margens do Um Arrabia, onde foi derrotado. Em decorrência dessa derrota, foi obrigado a abdicar em favor de seu filho pouco antes de morrer no mesmo ano.[8] Seu corpo foi transferido por Abu Inane Faris, alegadamente com grande luto público, à necrópole merínida em Chelá.[9]
Referências
- Zaghi 1973, p. 17.
- Mediano 2010, p. 112-113.
- Mediano 2010, p. 113-114.
- Marçais 1986, p. 93.
- Tarabulsi 2006, p. 84.
- Brunschwig 1940, p. 166–172.
- Mediano 2010, p. 114.
- Julien 1961, p. 181.
Bibliografia
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