Loading AI tools
represa localizada no município de Boqueirão, estado brasileiro da Paraíba Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Açude Epitácio Pessoa, popularmente conhecido como Boqueirão, é uma represa localizada no município de Boqueirão, estado brasileiro da Paraíba.[1] Sua bacia se estende pelos municípios de Boqueirão, Cabaceiras e Barra de São Miguel e abastece as cidades paraibanas de Campina Grande, Boqueirão, Queimadas, Pocinhos, Caturité, Riacho de Santo Antônio e Barra de São Miguel.
Açude Epitácio Pessoa (Boqueirão) | |
---|---|
Localização | |
Localização | Boqueirão, Brasil |
Divisão | Microrregião do Cariri Oriental |
Coordenadas | 7°29'20.08"S, 36°8'26.59"W |
Dados gerais | |
Proprietário | Governo estadual |
Obras | 1957-? |
Data de inauguração | 1957 |
Tipo | barragem |
Reservatório | |
Área alagada | 2 700 ha / 27 km² |
Área de drenagem | 632 km² |
Vazão | 23,8 |
Dados da albufeira | |
Capacidade total | 436 milhões |
Capacidade útil | 632 |
Observações | Abastecimento e irrigação |
O açude tem ilhotas com residências particulares e é buscado para atividades como banho, pesca e passeios de barco, sendo o acesso ao local possível a partir de Campina Grande através da PB-148.[1] Além do abastecimento de água, a represa produz peixes e camarões de água doce.[2]
É um dos açudes beneficiados pela Transposição do Rio São Francisco, cujas águas chegam à represa pelo leito do rio Paraíba.
O termo «boqueirão» vem do fato de o rio Paraíba fazer um grande corte na Serra do Carnoió, formando um boqueirão («garganta de serra por onde passa um rio»).[3]
A designação oficial do açude, Epitácio Pessoa, é uma homenagem ao único presidente do país nascido na Paraíba.[1] No seu governo, o programa de construção de barragens foi intensificado, através do seu Ministério de Viação e Obras Públicas, exercido pelo engenheiro civil Dr. José Pires do Rio (1880–1950).
O açude, que está situado na sub-bacia hidrográfica do Alto Paraíba, que juntamente com as sub-bacias do rio Taperoá[1] e do Médio e Baixo Paraíba constituem a bacia hidrográfica do rio Paraíba, abrange uma área de 19 088,5 km², o que corresponde a 34% do território paraibano. Os 78 municípios inseridos nela abrigam uma população em torno de 1,8 milhão de habitantes, aproximadamente, 55% da população total do estado. Essas duas sub-bacias hidrográficas estão situadas em uma área de baixa pluviosidade, com médias anuais inferiores a 600 mm.
O Paraíba é o maior curso d'água do estado e tem suas nascentes nas proximidades da cidade de Monteiro, desaguando no Oceano Atlântico entre os municípios de Cabedelo e Lucena.
Um estudo desenvolvido no início dos anos 2000 pela Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) revelou que o volume hídrico acumulado no açude sofreu uma redução de 67,27% nos últimos 20 anos. Na época de sua construção, a capacidade de armazenamento do açude inicialmente era de 536 milhões de metros cúbicos, mas com o assoreamento essa capacidade foi reduzida para 436 milhões. A sua lâmina d’água abrange uma superfície em torno de 2 700 hectares. Nesse mesmo período, segundo dados da pesquisa, o número de ligações de água em prédios residenciais e comerciais em Campina Grande aumentou em 102,9%, as quais passaram de 40.298, em 1983, para 81.796, em 2003.
O clima de toda a região da bacia é tropical quente e seco, com máxima de 37 °Celsius e mínimas de 16 °C. A precipitação média na região é de 600 mm/ano, caracterizando-se um clima de semiárido.
A represa foi construída pelo DNOCS entre os anos de 1951 e 1956, tendo sido inaugurada pelo presidente Juscelino Kubitschek em janeiro de 1957. A sua inauguração consolidava assim a política de serviços hídricos do Governo Federal para a região Nordeste, que foi sempre voltada à construção de grandes açudes, obras estas que eram apresentadas como a solução definitiva para a deficiência hídrica da região, que pelo tamanho impressionava a população. Por isso mesmo, eram as obras preferidas pelos políticos de todos os níveis.
No Coleção das leis da República Federativa do Brasil, de 1964, há a seguinte citação sobre a desapropriação da área do açude pelo governo:
A construção do açude solucionou o grave problema de abastecimento d'água de Campina Grande, pois a cidade ressentia-se de fontes de águas potáveis para a sua população, desde a inauguração do seu abastecimento urbano em 1939, em que tinha como fornecedora a represa de Vaca Brava, situada nas proximidades do município de Areia, no Agreste paraibano.[5]
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Every time you click a link to Wikipedia, Wiktionary or Wikiquote in your browser's search results, it will show the modern Wikiwand interface.
Wikiwand extension is a five stars, simple, with minimum permission required to keep your browsing private, safe and transparent.