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unidade de conservação federal brasileira Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape (ou APA do Mamanguape) é uma unidade de conservação federal brasileira localizada na Barra do Mamanguape, no estado brasileiro da Paraíba. A reserva foi criada em 10 de setembro de 1993 pelo decreto federal nº 924. Anteriormente, fazia parte do território de caça e pesca originalmente utilizado pelas populações indígenas potiguaras.
Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape | |
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Categoria V da IUCN (Paisagem/Costa Protegida) | |
Localização | Paraíba, Brasil |
Localidade mais próxima | Rio Tinto, Marcação, Baía da Traição, Lucena |
Dados | |
Área | 5,769,45 ha[1] |
Criação | 10 de setembro de 1993 (31 anos)[1] |
Gestão | Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade |
Coordenadas | |
A área conta com remanescentes da Mata Atlântica, além de outros biomas como mangue, julgados de fundamental importância para a preservação, como a maior área de manguezal conservado do estado da Paraíba (a porção estuarina apresenta suas margens ocupadas por cerca de seis mil hectares de manguezal).[2]
A área é habitat de várias espécies da fauna e flora da Mata Atlântica e do ecossistema de manguezal, tendo como principal objetivo a proteção do peixe-boi-marinho.[2] Além de a APA do Mamanguape ser uma das mais importantes áreas de ocorrência, alimentação e reprodução dessa espécie, ela também é um dos pontos de desova da tartaruga-de-pente, do cavalo-marinho e do caranguejo-uçá, tudo em um ambiente de praias selvagens, recifes de corais e manguezais bem preservados.
Um dos maiores atrativos desta unidade de conservação é o Projeto peixe-boi, que trabalha na preservação, conservação e manejo do peixe-boi-marinho e possui na localidade da Barra do Rio Mamanguape um cativeiro natural que atualmente abriga quatro animais.
A reserva abrange 14.640 hectares e apresenta cerca de cinco mil famílias em dezoito povoados, incluídas seis aldeias indígenas da tribo potiguara, pertencentes a uma reserva indígena gerida pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e situada na margem esquerda do estuário da foz do rio Mamanguape.
Dentre as atividades econômicas realizadas na Área de Proteção Ambiental (APA) destacam-se duas usinas de cana-de-açúcar e álcool, dois estabelecimentos tradicionais com carcinicultura, atividade de turismo no Centro Nacional de Mamíferos Aquáticos relacionado ao Projeto peixe-boi e atividades familiares de subsistência. Com inclusão das comunidades nas decisões de gestão ambiental da área, a conservação do meio ambiente deve integrar a dinâmica da agropecuária brasileira para promoção do desenvolvimento sustentável.[3]
A melhoria da qualidade de vida das populações residentes, mediante orientação e disciplina das atividades econômicas locais, bem como o fomento ao turismo ecológico e a educação ambiental estão no plano central do manejo da área.[2]
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