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jornalista brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Álvaro Maria da Soledade Pinto da Fonseca Velhinho Rodrigues Moreira da Silva (Porto Alegre, 23 de novembro de 1888 — Rio de Janeiro, 12 de setembro de 1964) foi um poeta, cronista e jornalista brasileiro.
Álvaro Moreyra | |
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Álvaro Moreyra em 1925 | |
Nascimento | 23 de novembro de 1888 Porto Alegre, Rio Grande do Sul |
Morte | 12 de setembro de 1964 (75 anos) Rio de Janeiro, Guanabara |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | Poeta, cronista e jornalista |
Modificou voluntariamente o longo nome de família para Álvaro Moreyra, com y, para que esta letra "representasse as supressões" destes nomes.
Filho de João Moreira da Silva e de Rita Pinto da Fonseca, estudou no colégio jesuíta de São Leopoldo.[1] Ao terminá-lo foi trabalhar como jornalista em Porto Alegre, no Petit Journal e depois no Jornal da Manhã, de Alcides Maya.[1] Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde formou-se em direito em 1910. Entre 1912 e 1914 esteve em Paris e viajou também à Itália, Bélgica e Inglaterra. De volta ao Brasil, iniciou a carreira jornalística no Rio, tendo sido redator de Fon-Fon, Bahia Ilustrada, A Hora, Boa Nova, Ilustração Brasileira, na qual exerceu cargo de Diretor, tendo sido homenageado por amigos e admiradores com almoço no Restaurante Assyrio (ver Ilustração Brasileira, Julho, 1923), Diretrizes e Para Todos. Com Brício de Abreu, criou o periódico Dom Casmurro.[2]
Admirador das artes cênicas, fundou no Rio de Janeiro, em 1927, o "Teatro de Brinquedo", junto com Eugênia Álvaro Moreyra,[1] o primeiro movimento racionalmente estruturado no país para a renovação do teatro. Em 1937, apresentou à Comissão de Teatro do Ministério da Educação e Cultura, um plano de organização de uma "Companhia Dramática Brasileira", que foi aceito. Com ela, Álvaro Moreyra excursionou aos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, e fez temporada de três meses no Teatro Regina, do Rio.
A partir de 1942 teve destacada atuação no rádio brasileiro, onde além de escrever crônicas, também as interpretava. Participou do programa "Conversa em Família" e apresentava uma crônica diária de cinco minutos no programa "Bom-dia Amigos".
Em 1958 recebeu o prêmio do melhor disco de poesia com os Pregões do Rio de Janeiro. Era membro da Fundação Graça Aranha, da Sociedade Felipe d’Oliveira, da Academia Carioca de Letras e do Pen Clube do Brasil.
Era casado com Eugênia Álvaro Moreyra, líder feminista e sua companheira de teatro e jornalismo.[1] A residência do casal, em Copacabana, era ponto de encontro de escritores e intelectuais. Após a morte de Eugênia, Álvaro casou-se com Cyla Rosenberg.[1]
A veia jornalística de Eugênia e Álvaro Moreyra persistiu na família: o filho Sandro foi cronista esportivo; as netas, Sandra e Eugênia Moreyra[3] são jornalistas, e a bisneta Cecília formou-se em comunicação.[4]
O mais conhecido é o dedicado a Olavo Bilac, na sessão solene do Conselho Municipal de Porto Alegre, em 1916.
Álvaro Moreyra foi membro da Academia Brasileira de Letras, sendo o quarto ocupante da cadeira 21. Foi eleito em 13 de agosto de 1959, na sucessão de Olegário Mariano, tendo sido recebido por Múcio Leão em 23 de novembro de 1959.
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