Zoste patrícia
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Zoste patrícia[1] (em grego: ζωστὴ πατρικία; romaniz.: Zōstē patrikia) foi um título cortesão bizantino reservado exclusivamente para mulheres. Muito elevado na hierarquia, quem o ostentasse era considerada a primeira mulher após a imperatriz na corte imperial. É atestado pela primeira vez na Pátria de Constantinopla, onde afirma-se que Antonina, a esposa do general Belisário do século VI, foi uma titular da posição, apesar de atualmente os historiadores considerarem-na uma entrada anacrônica. Sua origem e data de instituição são desconhecidos e a origem de seu nome é controversa. Apesar disso, sabe-se pela atestação documentação que o título foi conferido do século IX ao XII, mas apenas se conhece um punhado de seus titulares.
Sabe-se mediante o relato do Sobre as Cerimônias do imperador Constantino VII Porfirogênito (r. 913–959) que a zoste patrícia era nomeada em uma suntuosa cerimônia de investidura que envolvia a participação pessoal do imperador e patriarca de Constantinopla, ao mesmo tempo que era executada em vários locais proeminentes da cidade como a capela imperial da Igreja da Virgem do Farol, o Crisotriclino, Santa Sofia e o Magnaura. Ela exercia o ofício muito provavelmente sem algum com quem dividisse a honraria, apesar da menção de ao menos duas zostes à época da visita de Olga de Quieve (r. 945–963) à Constantinopla. Ela pertencia ao séquito pessoal da imperatriz e tinha como função atendê-la. Sua insígnia eram tabuletas de marfim.