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O Volt Europa (frequentemente abreviado para Volt) é um movimento político federalista e pró-europeu que também serve como estrutura pan-europeia para as suas secções nacionais em vários estados-membros da União Europeia. Os candidatos do Volt participaram nas eleições para o Parlamento Europeu de maio de 2019 em oito Estados-membros, tendo por base um programa pan-europeu comum.
Volt Europa | |
---|---|
Co-Presidentes | Francesca Romana D'Antuono
Reinier van Lanschot |
Fundadores | Andrea Venzon Colombe Cahen-Salvador Damian Boeselager |
Fundação | 29 março 2017 |
Sede | Bélgica |
Ideologia | Federalismo europeu[1] Progressismo[2] Pró-europeísmo[2] Social liberalismo[3] |
Membros | 18.500[4][5][6] |
Grupo no Parlamento Europeu | Verdes/Aliança Livre Europeia (Eleito) |
Parlamento Europeu | 5 / 705 |
Cores | Roxo |
Página oficial | |
volteuropa | |
Foi fundado em 2017 por Andrea Venzon, apoiado por Colombe Cahen-Salvador e Damian Boeselager. A organização segue uma "abordagem pan-europeia" em muitas áreas políticas, como as alterações climáticas, a migração, as desigualdades económicas, os conflitos internacionais, o terrorismo e o impacto da revolução tecnológica no mercado de trabalho[7] Nas eleições europeias de 2019, o partido conquistou um assento no Parlamento Europeu ao obter 0,7% dos votos na Alemanha, elegendo Damian Boeselager como o primeiro eurodeputado do Volt.[8]
O Volt Europa foi fundado a 29 de março de 2017 por Andrea Venzon, juntamente com Colombe Cahen-Salvador e Damian Boeselager, no mesmo dia em que o Reino Unido anunciou formalmente a sua intenção de abandonar a União Europeia ao abrigo do artigo 50. Segundo o trio, a fundação do Volt foi uma reação ao crescente populismo no mundo, bem como ao Brexit.[9][10] Em março de 2018, a primeira secção nacional foi fundada em Hamburgo, na Alemanha. Desde então, o Volt criou equipas nacionais em todos os Estados-Membros da UE e está registado legalmente como partido em vários desses países. A secção com mais membros é o Volt Nederland, nos Países Baixos, o país de origem de Reinier van Lanschot e Laurens Dassen.[11]
O Volt Europa foi constituído como uma associação sem fins lucrativos no Luxemburgo sob o nome de Volt Europa,[12] abandonando o nome original de Vox Europe para evitar confundir-se com um partido espanhol de extrema-direita com o mesmo nome.[13] Hoje, o movimento tem mais de 40.000 membros em mais de 30 países europeus.[14] Cerca de 70% dos atuais membros nunca estiveram envolvidos em partidos políticos antes de aderirem ao Volt.[15]
De 27 a 28 de outubro de 2018, o Volt Europa organizou a sua Assembleia Geral em Amesterdão, aprovando a Declaração de Amesterdão, que serviu de programa político comum para as eleições ao Parlamento Europeu.[16]
De 22 a 24 de março de 2019, o Volt Europa organizou o seu primeiro Congresso Europeu em Roma,[17] apresentando os seus candidatos às eleições para o Parlamento Europeu de 2019. A lista de oradores principais incluía Paolo Gentiloni (antigo primeiro-ministro italiano e presidente do Partido Democrático), Emma Bonino (senadora italiana e antiga Comissária Europeia para a Saúde e Segurança Alimentar), Enrico Giovannini (antigo ministro do governo italiano), Marcella Panucci (Diretora-Geral da Confederação Geral da Indústria Italiana), Sandro Gozi (presidente da União dos Federalistas Europeus) e Antonio Navarra (presidente do Centro Mediterrâneo para as Alterações Climáticas).
A 9 de junho de 2019, na sequência de uma votação pan-europeia entre os membros do partido, o Volt decidiu juntar-se ao grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia no Parlamento Europeu.[18] De futuro, o Volt espera poder formar o seu próprio grupo político no Parlamento Europeu, o que exigirá um mínimo de 25 deputados de pelo menos sete estados-membros diferentes.
Do ponto de vista económico, o Volt Europa apoia a digitalização, o investimento na economia verde e azul, a luta contra a pobreza e desigualdades (incluindo a implementação de um salário mínimo europeu), um sistema fiscal europeu mais unificado e a criação de mais parcerias público-privadas para relançar o crescimento económico e reduzir o desemprego. Apoia também investimentos sólidos em políticas sociais, nomeadamente nos domínios da educação e da saúde.[19]
Do ponto de vista social, o Volt defende o combate ao sexismo e ao racismo, bem como a luta pelos direitos LGBTIQ+. Institucionalmente, apoia grandes reformas para a União Europeia: defende uma abordagem conjunta aos fenómenos migratórios, a criação de um exército europeu e a emissão de Eurobonds.[20][21][19]
Nos meios de comunicação social, o Volt é descrito como tendo por objetivo a promoção da democracia a nível da UE. Sublinha a importância de uma voz europeia unida que seja ouvida no mundo.[22] Além disso, apoia a ideia de uma Europa federal, com um Parlamento Europeu fortalecido, na qual os cidadãos sejam eles próprios o centro da democracia europeia.[23][13]
O Volt distingue-se de outros movimentos pró-europeus, como o Pulse of Europe ou os Federalistas Europeus, uma vez que pretende participar em eleições europeias, nacionais e locais através das suas secções nacionais nos vários estados-membros da UE. O seu primeiro grande objetivo foram as eleições para o Parlamento Europeu em maio de 2019,[24] onde conseguiram eleger o seu primeiro eurodeputado pela Alemanha.
O europeísmo federal do Volt Europa tem sido comparado ao movimento La Republique en Marche de Emmanuel Macron[25] e também a outros partidos pró-europeus recentes, como o NEOS da Áustria.
País | Secção local | Nome nativo | Data de fundação | Estado |
---|---|---|---|---|
Albânia | Volt Albânia | Volt Shqiperi (sh) | ||
Alemanha | Volt Alemanha | Volt Deutschland (de) | 3 de março de 2018[26] | partido político |
Áustria | Volt Áustria | Volt Österreich (de) | ||
Bélgica | Volt Bélgica | Volt België (nl) Volt Belgique (fr) Volt Belgien (de) |
||
Bulgária | Volt Bulgária | Волт България (bg) | ||
Chéquia | Volt Chéquia | Volt Česko (cs) | ||
Chipre | Volt Chipre | Βολτ Κύπρος (el) Volt Kıbrıs (tr) |
||
Croácia | Volt Croácia | Volt Hrvatska (hr) | ||
Dinamarca | Volt Dinamarca | Volt Danmark (da) | ||
Eslováquia | Volt Eslováquia | Volt Slovensko (sk) | ||
Eslovénia | Volt Eslovénia | Volt Slovenija (sl) | ||
Espanha | Volt Espanha | Volt Espanã (es) | ||
Estónia | Volt Estónia | Volt Eesti (et) | ||
Finlândia | Volt Finlândia | Volt Suomi (fi) | ||
França | Volt França | Volt France (fr) | ||
Grécia | Volt Grécia | Βολτ Ελλάδας (el) | ||
Hungria | Volt Hungria | Volt Magyarország (hu) | ||
Irlanda | Volt Irlanda | Volt Ireland (en) | ||
Itália | Volt Itália | Volt Italia (it) | ||
Letónia | Volt Letónia | Volt Latvia (lv) | ||
Lituânia | Volt Lituânia | Volt Lietuva (lt) | ||
Luxemburgo | Volt Luxemburgo | Volt Lëtzebuerg (lb) Volt Luxembourg (fr) Volt Luxembourg (de) |
||
Malta | Volt Malta | Volt Malta (mt, en) | ||
Países Baixos | Volt Países Baixos | Volt Nederland (nl) | 23 de junho de 2018[27] | partido político |
Polónia | Volt Polónia | Volt Polska (pl) | ||
Portugal | Volt Portugal | Volt Portugal (pt) | 25 de junho de 2020[28] | partido político |
Reino Unido | Volt Reino Unido | Volt UK (en) | ||
Roménia | Volt Roménia | Volt România (ro) | ||
Suécia | Volt Suécia | Volt Sverige (sv) | ||
Suíça | Volt Suíça | Volt Schweiz (de) | ||
Ucrânia | Volt Ucrânia | Volt Україна (uk) | ||
União Europeia | Volt Europa | 29 de março de 2017 | Organização |
Estado-membro | Cabeça-de-lista | Resultado | Lugares | Notas |
---|---|---|---|---|
Alemanha | Damian Boeselager, Marie-Isabelle Heiß[29] | 0,67%[8] | 1 | – |
Países Baixos | Reinier Van Lanschot[30][31] | 1,9%[32] | 0 | – |
Bélgica | Christophe Calis, Marcela Válková[33] | 0,48[34] | 0 | Só participou no círculo eleitoral de Flandres. |
Bulgária | Nastimir Ananiev[35] | 0,18%[36] | 0 | – |
Luxemburgo | Rolf Tarrach Siegel[37][38] | 2,1%[39] | 0 | – |
Suécia | Michael Holz[40] | 0,003%[41] | - | – |
Espanha | Bruno Sánchez-Andrade Nuño[42][43][44] | 0,14%[45] | 0 | – |
Reino Unido | Andrea Venzon[46] | 0,00% | 0 | Andrea Venzon participou como candidato independente apenas no círculo eleitoral de Londres.[47] |
O Volt tinha a intenção de participar nas eleições para o Parlamento Europeu noutros estados-membros, mas não conseguiu cumprir os requisitos locais a tempo.[48] O Volt pretendia concorrer em:
Estado-membro | Secção local | Cabeça-de-lista | Resultado | Lugares | Notas |
---|---|---|---|---|---|
Alemanha | Volt Alemanha | Damian Boeselager, Nela Riehl, Kai Tegethoff e Rebekka Müller[53] | 3 / 96 |
||
Bélgica | Volt Bélgica | ||||
Bulgária | Volt Bulgária | Nastimir Ananiev | Coligado | ||
Chéquia | Volt Chéquia | Coligado | |||
Chipre | Volt Chipre | ||||
Espanha | Volt Espanha | Clara Panella Gómez[54] | |||
Eslováquia | Volt Eslováquia | ||||
França | Volt França | Coligado | |||
Grécia | Volt Grécia | Coligado | |||
Itália | Volt Itália | Coligado com o PD | |||
Luxemburgo | Volt Luxemburgo | ||||
Malta | Volt Malta | 2 / 29 |
|||
Países Baixos | Volt Países Baixos | Reinier Van Lanschot, Anna Strolenberg[54] | |||
Portugal | Volt Portugal | Duarte Costa e Rhia Lopes[55] | |||
Suécia | Volt Suécia | ||||
União Europeia | Volt Europa | Damian Boeselager, Sophie in 't Veld[56] | Lista pan-europeia simbólica |
O partido usa crowdfunding e doações diretas para se financiar. O partido afirma que publicará todas as doações que excedam 3.000 Euros por doação ou doador por ano no prazo de 15 dias a partir do seu registo no site do partido. Como os dois maiores doadores, o site do partido indica a Initiative for Europe, com um total de 19.191 Euros, e o empresário Christian Oldendorff, fundador e CEO da ParkU,[57] com uma doação de 25.000 Euros (à data de 27 de maio de 2019).
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