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tribunal de 2ª instância em Coimbra Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Tribunal da Relação de Coimbra (sigla: TRC) é um tribunal superior português, sediado em Coimbra, competente para julgar, em 2ª instância, recursos provenientes dos Tribunais das Comarcas de Coimbra, Viseu, Guarda, Castelo Branco e Leiria.[1]
Tribunal da Relação de Coimbra | |
---|---|
Organização | |
Criação | 8 de Maio de 1918 |
País | Portugal |
Sede | Palácio da Justiça, Coimbra |
Composição | 57 a 66 Juízes-Desembargadores |
Site oficial | https://www.trc.pt/ |
Jurisdição | |
Tipo | Tribunal de apelação |
Jurisdição Territorial | Comarcas de Coimbra, Viseu, Guarda, Castelo Branco e Leiria |
Competência | Apreciação de recursos das decisões dos Tribunais de Comarca |
Tribunal de Recurso | Supremo Tribunal de Justiça |
Presidente | |
Presidente | Desembargador Dr. Jorge Manuel da Silva Loureiro |
Posse | 17 de março de 2022 |
Mandato | 5 anos, não renovável |
A Relação de Coimbra tem, desde 27 de Outubro de 1928, a sua sede instalada no Palácio da Justiça de Coimbra, antigo Palácio dos Condes do Ameal.[2]
O Tribunal da Relação de Coimbra foi criado pelo Decreto nº 4250, de 8 de Maio de 1918 [3], durante a vigência do mandato do Presidente da República Sidónio Pais, e sob grande influência do Professor José Alberto dos Reis, lente na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. A primeira localização da Relação de Coimbra foi na Casa do Diretor da Cadeia Penitenciária de Coimbra. Em 27 de Outubro de 1928, instalou-se no Palácio da Justiça de Coimbra, num edifício que teve a sua origem em 1549, com a edificação do Colégio Universitário de São Tomás de Aquino, pertencente à Ordem de São Domingos, onde se lecionavam temas teológicos. Este Colégio foi extinto em 1834. Em 1892, o imóvel foi adquirido pela família dos Condes do Ameal, que transformou o extinto Colégio em palacete senhorial. Em 25 de janeiro de 1928, o palacete foi adquirido pelo Ministério da Justiça, procedendo-se à sua remodelação e conversão em Palácio da Justiça, com a intenção de nele integrar os Serviços da Justiça de Coimbra. Tal decisão foi tomada por Manuel Rodrigues, Ministro da Justiça. O Tribunal da Relação de Coimbra celebrou em 2018 o 1º Centenário. O atual Presidente da Relação de Coimbra é, desde 16 de fevereiro de 2017, o Juiz Desembargador Luís Azevedo Mendes [4].
De acordo com a Lei de Organização do Sistema Judiciário [5], o Tribunal da Relação de Coimbra funciona, sob a direção de um presidente, em plenário e por secções, compreendendo secções em matéria cível, em matéria penal e em matéria social. A Relação de Coimbra é, em regra, um tribunal de segunda instância e compete às secções, segundo a sua especialização, julgar recursos. Compete-lhe, ainda, julgar as ações propostas contra juízes de direito de primeira instância, procuradores da República e procuradores-adjuntos, por causa das suas funções; julgar processos por crimes cometidos pelos magistrados e juízes e recursos em matéria contraordenacional a eles respeitantes; julgar os processos judiciais de cooperação judiciária internacional em matéria penal; julgar os processos de revisão e confirmação de sentença estrangeira; julgar, por intermédio do relator, os termos dos recursos que lhe estejam cometidos pela lei de processo; e exercer as demais competências conferidas por lei.
# | Presidente do Tribunal da Relação de Coimbra |
Retrato | Início do mandato | Fim do mandato |
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1 | Conselheiro Eduardo dos Santos | 1918 | 1922 | |
2 | Conselheiro José Maria Pereira Forjaz de Sampaio | 1922 | 1929 | |
3 | Conselheiro José Maria Cipriano Pereira da Silva | 1929 | 1934 | |
4 | Conselheiro António Augusto do Amaral Pereira | 1930 | ||
5 | Conselheiro Eduardo de sousa Magalhães | 1934 | ||
6 | Conselheiro José Alfredo Rodrigues | 1934 | 1938 | |
7 | Conselheiro Abílio Duarte Dias de Andrade | 1938 | 1940 | |
8 | Conselheiro Justino da Costa Simões | 1941 | ||
9 | Conselheiro Bernardo Augusto do Amaral Polónio | 1941 | 1942 | |
10 | Conselheiro Raul de Freitas Cardoso e Araújo | 1942 | 1947 | |
11 | Conselheiro António do Amaral Cabral | 1947 | 1957 | |
12 | Conselheiro José Perestrelo Botilheiro | 1957 | 1961 | |
13 | Conselheiro José Avelino Moreira | 1961 | 1962 | |
14 | Conselheiro Hermano Freire Themundo Machado | 1962 | 1964 | |
15 | Conselheiro Ricardo Ferreira Lopes | 1964 | 1966 | |
16 | Conselheiro Francisco De Azevedo Soares | 1966 | 1974 | |
17 | Desembargador José Amadeu de Carvalho | 1974 | 1975 | |
18 | Desembargador Artur Martins Moreira da Fonseca | 1975 | 1977 | |
19 | Desembargador António Correia Melo Bandeira | 1977 | 1979 | |
20 | Desembargador José Henriques Simões | 1979 | 1980 | |
21 | Desembargador Frederico Carvalho Baptista | 1980 | 1985 | |
22 | Desembargador António Almeida Simões | 1985 | 1986 | |
23 | Desembargador Alexandre Soares Tomé | 1986 | 1987 | |
24 | Desembargador Frederico Mendes Carvalho | 1987 | 1990 | |
25 | Desembargador Fernando Marques Cordeiro | 1990 | ||
26 | Dr. Fernando Jorge Castanheira da Costa | 1990 | 1994 | |
27 | Desembargador António Costa Marques | 1994 | ||
28 | Desembargador Victor Manuel de Almeida Devesa | 1994 | 1995 | |
29 | Desembargador Hugo Afonso Santos Lopes | 1995 | 1996 | |
30 | Desembargador Carlos Manuel Gaspar Leitão | 1996 | 2006 | |
31 | Desembargador António Joaquim Piçarra | 2006 | 2011 | |
32 | Desembargador Isaías Pádua | 2012 | 2017 | |
33 | Desembargador Luís Azevedo Mendes | 2017 | 2022 | |
34 | Desembargador Dr. Jorge Manuel da Silva Loureiro | 2022 | - | |
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