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Tigranes V (em latim: Tigrānēs; em grego: Τιγράνης; romaniz.: Tigránēs; em armênio: Տիգրան; romaniz.: Tigran) foi um rei da Arménia, não dinástico e descendente de Herodes, o Grande.
Tigranes V | |
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Tetradracma de Tigranes V | |
Rei da Armênia | |
Reinado | 6–12 |
Antecessor(a) | Artavasdes IV |
Sucessor(a) | Vonones I |
Nascimento | 16 a.C. (2040 anos) |
Morte | 36 |
Dinastia | herodiana |
Pai | Alexandre |
Mãe | Glafira |
Tigranes (Tigrānēs; Τιγράνης, Tigránēs) é a forma latina e grega surgida do persa antigo *Tigrana (*Tigrāna) e do acadiano Tigranu (𒋾𒅅𒊏𒉡, Tīgranu). Hračʻya Ačaṙyan propôs que derivou por haplologia de *tigrarāna, supostamente significando "lutar com flechas" (cf. o persa antigo 𐎫𐎡𐎥𐎼𐎠𐎶, tigrām, “pontiagudo”, acusativo singular feminino),[1] que Ačaṙyan entendeu que derivou do avéstico 𐬙𐬌𐬖𐬭𐬀 (tiγra, "flecha") e sânscrito तिग्म (tigmá, "pontiagudo") e do avéstico 𐬭𐬇𐬥𐬀 (rə̄na, "batalha, luta") e sânscrito रण (raṇa, "batalha")).[2] Ele também comparou o grego antigo Tigrapates (Τιγραπάτης, Tigrapátēs, literalmente “mestre das flechas”) e, para a haplologia, o nome avéstico 𐬬𐬍𐬭𐬁𐬰 (vīrāz) de *vīra-rāz-.[3] J̌ahukyan considerou a explicação improvável.[4] É mais provável que decorra do iraniano antigo Tigrana (*Tigrāna-), uma formação patronímica com o sufixo *-āna- do nome *Tigra (*Tigrā-; lit. “delgado”), refletido no elamita Tigra (𒋾𒅅𒊏, Tīgra) e acadiano Tigra (𒋾𒅅𒊏𒀪, Tīgraʾ), da palavra discutida acima para "pontiagudo".[5][6][7] O nome foi tardiamente registrado em armênio como Tigrã (Տիգրան, Tigran).[2]
Ele era filho de Alexandre e seu avô materno era Arquelau, rei da Capadócia.[8] O nome da sua mãe era Glafira,[8] e ela teve três filhos com Alexandre, filho de Herodes;[9] posteriormente, ela se casou com Juba II, rei da Numídia,[10] e com Arquelau, outro filho de Herodes.[9] Alexandre, seu pai, era filho de Herodes, o Grande e Mariana.[carece de fontes] Ele tinha um irmão de nome Alexandre, e, através deste irmão, um sobrinho de nome Tigranes.[8]
Segundo o historiador arménio Vahan M. Kurkjian (1863 - 1961),[Nota 1] ele foi rei no final da dinastia artaxíada.[11]
A Arménia estava sob influência romana: dos seus antecessores,[11] Tigranes III foi colocado no trono pelo general de Augusto, o futuro imperador Tibério;[12][11] Tigranes IV, casado com sua meio-irmã Erato da Arménia e filho de Tigranes III,[11] foi deposto por Augusto e substituído por seu primo Artavasdes III;[11] após um período de desordem civil, Caio César, afilhado e herdeiro de Augusto, colocou o meda Ariobarzanes como rei;[11] Ariobarzanes era rei da Média Atropatene, e filho de Artabazo.[12] Após a morte deste por acidente,[11] Augusto indicou seu filho, Artavasdes IV como rei.[12][11]
Houve oposição local à dinastia de medos, e Artavazdes IV foi assassinado.[12][11] Augusto então indicou como rei Tigranes V, descendente da linhagem real.[12][11]
Os nobres, porém, chamaram a rainha Erato (seu marido e irmão, Tigranes IV, havia sido morto, depois de deposto, durante a guerra civil), mas seu reinado foi curto.[11] Este foi o fim da dinastia artaxíada de Artaxias I e Tigranes.[11]
Findo o seu reinado deu-se início ao período de governo dividido entre os Romanos e os Partas, na pessoa de Ariobarzanes de Atropatene.
A Arménia permaneceu sem reis até 16 d.C.,[11] quando passou a reinar Artaxias III, nascido Zenão, filho da rainha Pitidoris do Ponto, cujo marido, Polemão, era um leal vassado de Roma.[13]
Seu sobrinho, Tigranes VI, foi colocado no trono da Arménia por Nero.[8]
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