Teodora (esposa de Teófilo)
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Teodora[nota 1] (Θεοδώρα; c. 815 – c. 867), também chamada de Teodora, a Armênia[5][6] e Teodora, a Abençoada,[7] foi a Imperatriz Consorte Bizantina de 830 a 842 como a esposa do imperador Teófilo e depois regente entre 842 e 856 durante a minoridade de seu filho mais novo Miguel III. Ela é contada por historiadores modernos como uma imperatriz reinante que governou em direito próprio, em vez de apenas como regente.[nota 2] Ela é mais conhecida por ter encerrado em 843 um segundo período iconoclasta na história do Império Bizantino, um ato pelo qual foi reconhecida como santa pela Igreja Ortodoxa. Durante seu reinado os bizantinos perderam o controle da Sicília e fracassaram na tentativa de retomar Creta, mas fora isso sua política externa foi muito bem-sucedida. O Império Bizantino conseguiu ganhar até 856 uma vantagem sobre o Primeiro Império Búlgaro e o Califado Abássida, enquanto as tribos eslávicas do Peloponeso tinham sido forçadas a pagar tributos, tudo isso sem diminuir as reservas imperiais de ouro.
Teodora | |
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Imperatriz dos Romanos | |
Imperatriz ou Regente Bizantina | |
Reinado | 20 de janeiro de 842 a 15 de março de 856 |
Predecessor | Teófilo |
Sucessor | Miguel III (sozinho) |
Comonarcas | Tecla e Miguel III |
Imperatriz Consorte Bizantina | |
Reinado | 5 de junho de 830 a 20 de janeiro de 842 |
Coroação | 5 de junho de 830 |
Predecessora | Eufrósine |
Sucessora | Eudócia Decapolitissa |
Nascimento | c. 815 Ebissa, Paflagônia, Bucelário, Império Bizantino |
Morte | c. 867 (52 anos) |
Marido | Teófilo |
Descendência | Constantino Tecla Ana Anastácia Pulquéria Maria Miguel III |
Dinastia | Amoriana (por casamento) |
Pai | Marino |
Mãe | Teoctista |
Teodora possivelmente tinha ascendência armênia e nasceu em uma família rural de mercadores e oficiais militares da região da Paflagônia. Ela foi selecionada em 830 pela imperatriz viúva Eufrósine, a madrasta de Teófilo, para um desfile de noivas diante do jovem imperador. Ela foi escolhida por Teófilo e coroada imperatriz consorte em 5 de junho de 830. Teófilo era um iconoclasta, porém não se sabe o quanto ele sabia que Teodora era uma iconófila. Ela participava lealmente dos assuntos e cerimônias imperiais e deu a Teófilo sete filhos, dois meninos e cinco meninas, mas secretamente continuou a venerar imagens durante o reinado do marido. Ele morreu de disenteria em 20 de janeiro de 842, provavelmente antes dos trinta anos de idade. Teófilo nomeou Teodora em seu leito de morte como regente para Miguel, então com apenas dois anos de idade, também designando vários conselheiros para auxilia-la. O mais proeminente destes conselheiros foi o logóteta e eunuco Teoctisto, que se tornaria um confidente próximo de Teodora.
Ela se mostrou uma governante capaz, inspirando lealdade, se cercando de oficiais experientes e não tendo rivais óbvios. A reintrodução da veneração de imagens ocorreu sem grandes problemas, porém hereges paulicianos foram brutalmente oprimidos por ordens dela. Teodora conseguiu proteger o império de ataques búlgaros pela diplomacia, enquanto o saque bizantino da cidade de Anazarbo na Cilícia encerrou a ameaça árabe no futuro próximo. Miguel passou a temer que sua mãe iria depô-lo para reinar sozinha. Ele ficou furioso que ela se recusou a deixa-lo escolher sua própria esposa, assim convocou seu tio Bardas de volta do exílio e os dois assassinaram Teoctisto em 855. Miguel conseguiu derrubá-la em 15 de março de 856 e se tornou o único imperador. Teodora continuou a viver no palácio por alguns anos até ser confinada em um convento junto com suas filhas. É possível que ela tenha sido solta por Miguel em 863 e assumido uma função cerimonial na corte, morrendo pouco depois do filho ser assassinado por Basílio I.