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Syntactic Structures
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Syntactic Structures (no Brasil, Estruturas Sintáticas e em Portugal, Estruturas Sintácticas) é uma influente obra teórica no campo da linguística escrita por Noam Chomsky e originalmente publicada em 1957 pela Mouton & Co.. Ela expõe o modelo da gramática gerativo-transformacional, síntese da pesquisa realizada em seu doutoramento sob orientação de Zellig Harris,[1][2][3] reconhecida como um dos estudos mais significativos do século XX.[4] Selecionada pela revista Time como um dos cem livros de não ficção mais importantes, esta publicação apresenta a reconhecida sentença Colorless green ideas sleep furiously, dada como exemplo por Chomsky para discutir o conceito de gramaticalidade. Como consequência, argumenta-se a favor da independência da sintaxe (estudo da estrutura das sentenças) em relação à semântica (estudo do significado).[5][nota 1]
Syntactic Structures | |||||||
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Estruturas Sintácticas (PT) Estruturas Sintáticas (BR) | |||||||
Autor(es) | Noam Chomsky | ||||||
Idioma | Inglês | ||||||
Assunto | Sintaxe das línguas naturais | ||||||
Editora | Mouton & Co. | ||||||
Lançamento | Fevereiro de 1957 | ||||||
Páginas | 117 | ||||||
Edição portuguesa | |||||||
Tradução | Madalena Cruz Ferreira | ||||||
Editora | Edições 70 | ||||||
Lançamento | 1980 | ||||||
Páginas | 128 | ||||||
ISBN | 9789724402550 | ||||||
Edição brasileira | |||||||
Tradução | Gabriel de Ávila Othero Sérgio de Moura Menuzzi | ||||||
Editora | Vozes | ||||||
Lançamento | 2015 | ||||||
Páginas | 176 | ||||||
ISBN | 978-8532648594 | ||||||
Cronologia | |||||||
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Baseado em anotações feitas para cursos ministrados no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), o primeiro livro de Chomsky apresentou o início da gramática gerativa, que se desdobra ao longo da história da linguística a partir de diferentes perspectivas. A abordagem da sintaxe é totalmente formal, segundo símbolos e máximas irredutíveis. Em sua teoria, Chomsky parte de regras de estrutura frasal,[nota 2] as quais dividem a sentença em partes menores, que são arranjadas conforme as regras transformacionais. Este procedimento dá origem a diferentes estruturas de sentenças e abre espaço para um novo paradigma na ciência da linguagem.[6] Reiterando noções introduzidas à linguística por Louis Hjelmslev,[1] Chomsky afirma que este conjunto limitado de formas linguísticas são capazes de gerar um número infinito de sentenças.[7][nota 3] Posteriormente foi interpretado que este modo de considerar as estruturas sintáticas é uma concepção mentalista, ou seja, o protagonismo da mente na explicação dos comportamentos linguísticos, embora tais ideias não sejam explicitamente declaradas no livro.[8][9][2]
A relevância de Syntactic Structures reside na argumentação de Chomsky em torno de uma perspectiva biológica da linguagem em uma época em que era incomum e, no contexto da linguística formal, inesperada.[8][nota 4] Com isso, o linguista acabou sendo reconhecido como um dos pioneiros do que hoje se intitula sociobiologia.[10][11] Outra razão para a consagração da obra foi seu grande impacto nos estudos de conhecimento, mente e processos mentais, sendo um influente trabalho na formação do campo das ciências cognitivas.[12] A teoria descrita neste livro também influenciou pesquisas na ciência da computação e na neurociência. Alguns linguistas, por outro lado, questionaram a gramática gerativo-transformacional considerando inadequado descrever a linguagem como um sistema ideal e pouco apropriado de métodos como coleta e teste de dados.