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Solitário-de-rodrigues
espécie de ave extinta / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Solitário-de-rodrigues (nome científico: Pezophaps solitaria) é uma espécie extinta de ave da família dos pombos que era endêmica de Rodrigues, uma ilha no Oceano Índico a leste de Madagascar. Era o "primo" mais próximo do famoso dodô, com quem compartilha semelhanças físicas e a trágica extinção após contato com humanos. Descoberto em 1601 por navegadores holandeses, o solitário foi totalmente exterminado em menos de dois séculos, por volta da década de 1760. Incapaz de voar, era caçado para servir de alimento para marinheiros e colonos, e depois sofreu com o desmatamento e introdução de gatos e porcos, que atacavam seus ovos e filhotes. A principal fonte de informações sobre a ave em vida é o livro de memórias de François Leguat, líder de um grupo de religiosos franceses abandonados em Rodrigues em 1691. Ele também é autor do único desenho do solitário feito por alguém que o observou vivo.
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![]() Desenho de François Leguat (1708), única ilustração da espécie feita por alguém que a observou viva. | |||||||||||||||||
Estado de conservação | |||||||||||||||||
![]() Extinta (entre 1730 e 1770) (IUCN 3.1) [1] | |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Pezophaps solitaria (Gmelin, 1789) | |||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||
Endêmico da ilha Rodrigues (em destaque) | |||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||
Lista
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Os solitários-de-rodrigues cresciam até o tamanho de um cisne e apresentavam acentuado dimorfismo sexual. Os machos eram muito maiores que as fêmeas: mediam até 90 cm de comprimento e 28 kg de peso, contrastando com os 70 cm e 17 kg de suas parceiras. Sua plumagem era cinza e marrom; a fêmea era mais pálida. Possuíam uma faixa preta na base do bico levemente adunco, e o pescoço e as pernas eram longos. Possuíam grandes protuberâncias ósseas nas asas, usadas em combate. Os relatos sobre o solitário parecem indicar que era uma ave bastante territorial, e presume-se que as disputas com invasores eram feitas golpeando-se mutuamente com as asas. Colocava um único ovo que era incubado pelo casal. Tinham uma pedra na moela, "do tamanho de um ovo de galinha", que ajudava a digerir seus alimentos, que incluíam frutas e sementes.
Além do desenho e das descrições detalhadas de Leguat e dos relatos de Julien Tafforet, um marinheiro abandonado em Rodrigues em 1726, muito do conhecimento atual sobre a ave, e a própria confirmação de sua existência, foi conseguido graças aos achados subfósseis. Descobertos a partir de 1786, milhares de ossos foram recuperados, permitindo a montagem de esqueletos completos a partir do que sobrou de vários espécimes. Ficou clara a semelhança das características ósseas com as aves da família dos pombos e o parentesco próximo com o dodô. A análise do material também mostrou indícios da veracidade dos relatos dos colonos, como as fraturas encontradas em ossos de asas; uma evidência de que elas eram usadas em combate. Mais recentemente, a análise do DNA confirmou a classificação taxonômica no grupo dos pombos, e mostrou que a espécie viva mais próxima do solitário-de-rodrigues e do dodô é o pombo-de-nicobar.