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A Seleção de Futebol Feminino dos Estados Unidos é a equipe feminina, formada pelas melhores atletas que representam os Estados Unidos nas competições internacionais. A equipe é gerida pela Federação de Futebol dos Estados Unidos e compete na CONCACAF. O time é o mais bem sucedido do futebol feminino mundial, tendo vencido quatro Copas do Mundo de Futebol Feminino (incluindo a primeira em 1991), quatro medalhas de ouro olímpicas, nove Copas Ouro Feminina e dez Algarve Cups.[2] As americanas estiverem no pódio em todas as edições da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos entre 1991 e 2015, antes de serem eliminadas nas quartas de finais das Olimpíadas de 2016.
Associação | US Soccer | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Confederação | CONCACAF | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Material desportivo? | Nike | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Capitã | Becky Sauerbrunn | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Mais participações | Kristine Lilly (352) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Melhor marcadora? | Abby Wambach (184) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Depois de ficarem em segundo no Ranking Mundial da FIFA entre 2003 e 2008,[3] o time foi ranqueado em primeiro continuamente entre março de 2008 e novembro de 2014, caindo novamente para segundo e perdendo a primeira posição para a Alemanha, a única outra seleção a ocupar o topo do ranking em toda sua história.[4] O time caiu para segundo novamente em 24 de março de 2017, depois de ficar em ultimo na SheBelieves Cup de 2017 e depois retornou ao topo em 23 de junho do mesmo ano, após vencer as seleções da Rússia, Suécia e Noruega.[5] A equipe foi escolhida pelo Comitê Olímpico dos Estados Unidos como o "Time do Ano" em 1997 e 1999[6] e a revista Sports Illustrated também nomeou o time todo como "Esportista do Ano" em 1999.[7]
A seleção americana jogou sua primeira partida no Mundialito em 18 de agosto de 1985. Dirigidas pelo técnico Mike Ryan, elas perderam de 1-0 para a Seleção Italiana.[8]
A primeira grande vitória da seleção americana veio no Campeonato Mundial de 1991 (posteriormente renomeado Copa do Mundo de Futebol Feminino de 1991). As americanas golearam nas quartas-de-finais e nas semifinais, antes de ganharem de 2-1 da Seleção Norueguesa na grande final. Michelle Akers terminou como artilheira do time com 10 gols, incluindo os dois gols americanos na final. Carin Jennings foi eleita a melhor jogadora do torneio.
Julie Foudy, Kristine Lilly e o resto da seleção de 1999 começaram uma revolução em relação à esportes coletivos femininos nos Estados Unidos. Inegavelmente sua vitória mais influente e memorável veio na final da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 1999, quando as americanas derrotaram as chinesas por 5-4 nos pênaltis depois de um empate em 0-0 no tempo normal e na prorrogação.[9] Com essa vitória elas ficaram mundialmente famosas e com isso trouxeram significante atenção da mídia para o futebol e também para o esporte feminino de uma forma geral. Em 10 de julho de 1999, mais de 90,000 pessoas (o maior público da história para um evento feminino e um dos maiores públicos registrados no mundo para um jogo final de qualquer torneio) lotaram o estádio Rose Bowl em Pasadena para ver as americanas enfrentarem a China na grande final. Depois dos 90 minutos de um jogo disputado, o placar continuava 0 a 0 e continuou assim também na prorrogação, levando o jogo para os pênaltis. Depois que a goleira Briana Scurry agarrou o terceiro pênalti batido pelas chineses, o placar estava 4 a 4, restando apenas Brandi Chastain para fazer sua cobrança. Ela marcou e venceu o jogo para a seleção americana. Chastain, num gesto que se tornou mundialmente famoso, se ajoelhou, retirando sua camisa e balançando no ar em celebração. Comemorando apenas com seu sutiã esportivo, uma image que acabou sendo capa da Sports Illustrated e de muitos outros jornais e revistas nos Estados Unidos e ao redor do mundo. Essa vitória incentivou muitas garotas a quererem jogar futebol.[10]
Na Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2003, a seleção americana derrotou a Noruega por 1-0 nas quartas-de-finais, mas perdeu de 3-0 para as alemãs nas finais. Elas depois derrotaram as canadenses, terminando em terceiro lugar no torneio. Abby Wambach foi a artilheira do time com três gols. Joy Fawcett e Shannon Boxx acabaram sendo eleitas para o "Time do Torneio".[11]
Na Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2007, as americanas derrotaram a Inglaterra nas quartas-de-finais por 3-0, mas nas semifinais sofreram sua maior derrota na história, quando perderam para a seleção brasileira por 4-0. As americanas terminaram de novo em terceiro lugar, dessa vez derrotando as norueguesas. Abby Wambach foi novamente a artilheira do time, dessa vez com seis gols. A veterana Kristine Lilly foi a única americana incluída no "Time do Torneio".[12]
Nas quartas-de-finais da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2011, a seleção americana derrotou a seleção brasileira nos pênaltis. O gol de Abby Wambach aos 47 minutos do segundo tempo da prorrogação, foi eleito o mais importante gol na história do futebol norte-americano e o mais importante gol na historia da Copa do Mundo de Futebol Feminino.[13][14] As americanas bateram as francesas nas semifinais por 3-1, mas acabaram perdendo a final nos pênaltis para as japonesas também por 3-1, depois de um empate por 1-1 no tempo normal e outro empate por 2-2 na prorrogação. Hope Solo foi eleita a melhor goleira do torneio e Abby Wambach foi eleita a segunda melhor jogadora da Copa atrás apenas de Homare Sawa do Japão.
Nas Olimpíadas de 2012, a seleção americana faturou seu quarto ouro em cinco torneios olímpicos ao derrotar o Japão na final por 2-1 em frente a 80,203 torcedores no Estádio Wembley, o maior público para uma partida de futebol feminino em toda a história das olimpíadas.[15] Os Estados Unidos chegaram a final depois de derrotar o Canadá por 4-3 no final da prorrogação nas semifinais. O torneio marcou a primeira vez que a seleção americana venceu todos os jogos no caminho até a medalha de ouro. As americanas estabeleceram também o recorde de maior número de gols marcados num torneio olímpico de futebol feminino: 16.[16]
A Liga Feminina Profissional Americana (NWSL) estreou em 2013, fornecendo oportunidades e jogos profissionais para diversas jogadoras de futebol.[17][18] Nessa época, a seleção americana ficou 43 jogos sem ser derrotada. Uma sequência que começou na Algarve Cup de 2012 em uma vitória de 4-0 contra a Suécia e só terminou na Algarve Cup de 2014 com uma derrota de 1-0 para a suecas.[19][20]
As americanas derrotaram as japonesas na final da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2015, numa goleada por 5-2, se tornando assim a primeira seleção de futebol feminino do mundo tricampeã mundial. Com apenas 16 minutos de jogo, a meio-campista Carli Lloyd já havia marcado três gols. O hat-trick mais rápido de toda a história das Copas do Mundo. A atacante Abby Wambach foi ovacionada de pé em sua última partida numa Copa do Mundo de Futebol Feminino.[21] Depois dessa vitória, a seleção americana ganhou uma parada no centro de Manhattan, a primeira para um time feminino em toda a história. A revista Sports Illustrated celebrou o feito com 25 capas diferentes, uma para cada jogadora e a técnica. O time também foi recebido na Casa Branca, pelo então presidente Barack Obama.[22][23]
Em 16 de dezembro de 2015, contudo, as americanas foram batidas pelas chinesas por 1-0, no jogo de despedida de Wambach. A derrota foi a primeira em solo americano desde 2004 e marcou o fim de 104 jogos sem derrota em casa.[24]
Nas Olimpíadas de 2016 a seleção americana empatou com a Suécia nas quartas-de-final. Nas cobranças de penalidades, as americanas acabaram sendo derrotadas por 4-3. A derrota marcou a primeira vez que os Estados Unidos não decidiram a final olímpica desde 1996 quando o futebol feminino foi incluído nas Olimpíadas. Marcou também a primeira vez que a seleção americana não chegou as semifinais de um grande torneio feminino.[25]
Após a derrota nas Olimpíadas, a seleção americana passou por um período de muitas mudanças e experimentações. O que levou as americanas a perderem três partidas em casa, se não fosse pela vitória contra a seleção brasileira, as americanas teriam sofrido quatro derrotas em casa em um só ano, um recorde negativo nunca antes visto na história do time. Em 2017, a seleção jogou 12 jogos contra seleções ranqueadas entre as 15 melhores do mundo.[26] Em 2018, o principal desafio das americanas é se classificar para a Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2019.
Em 11 de junho de 2019 aplicaram a incrível de goleada de 13 a 0 sobre a Seleção Tailandesa na fase de grupos da Copa do Mundo, tornando este placar a maior goleada da história própria e também de todas as Copas do Mundo, sejam masculinas ou femininas.[27]
A cobertura de cinco Copas do Mundo, de 1995 a 2011 foi provida pela ESPN/ABC e a Univision.[28] Enquanto os direitos de transmissão de três Copas do Mundo, de 2015 a 2023, foram concedidos a Fox Sports e a Telemundo.[29][30] Em maio de 2014, um acordo foi feito para dividir as transmissões das outras partidas da seleção americana entre ESPN, Fox Sports e Univision até o fim de 2022.[31]
A final da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 1999 quebrou o recorde de maior audiência para um jogo de futebol feminino na história, ao atingir a marca de 18 milhões de telespectadores de média.[32][33] O jogo também foi a partida de futebol transmitida em solo americano em inglês mais vista da história até a final da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2015 entre Estados Unidos e Japão.[34] A partida final entre japonesas e americanas foi o jogo de futebol mais visto de toda a história da televisão americana, com 23 milhões de espectadores de média e picos maiores que os alcançados nas finais da NBA e da Stanley Cup.[35][36] O jogo também foi a partida transmitida em solo americano em espanhol mais vista de toda a historia das Copas do Mundo de Futebol Feminino. Em média, 750 milhões de pessoas assistiram a Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2015, fazendo dessa a Copa do Mundo de Futebol Feminino mais assistida da história.[37]
A final da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 1999 estabeleceu o recorde de maior público em um evento esportivo feminino em toda história, com todos os 90 185 ingressos sendo vendidos.[38] O recorde de maior público em uma partida de futebol feminino nas Olímpiadas, foi estabelecido em 2012, quando 80 203 pessoas compareceram ao Estádio Wembley para ver os Estados Unidos derrotarem o Japão por 2-1.[39]
Nome | Função | |
---|---|---|
* | / Jill Ellis | Treinadora |
* | Tony Gustavsson | Auxiliar técnico |
* | Dawn Scott | Preparador físico |
* | Graeme Abel | Preparador de goleiras |
* | B.J. Snow | Identificador de Talentos |
As seguintes jogadoras foram convocadas pelo técnico Vlatko Andonovski para representar os Estados Unidos nas Olimíadas de Tokyo 2020.
As seguintes jogadoras foram convocadas para a seleção nos últimos 12 meses
MUNDIAIS | |||
---|---|---|---|
Competição | Vezes | Ano | |
Copa do Mundo de Futebol Feminino | 4 | 1991, 1999, 2015, 2019 | |
CONTINENTAIS | |||
Competição | Vezes | Ano | |
Copa Ouro Feminina | 9 | 1991*, 1993*, 1994*, 2000, 2002, 2006, 2014, 2018, 2022 | |
Torneio Feminino Qualificatório da CONCACAF para a Olimpíada | 4 | 2004, 2008, 2012, 2016 | |
EVENTOS MULTIESPORTIVOS | |||
Competição | Vezes | Ano | |
Futebol nos Jogos Olímpicos | 5 | 1996, 2004, 2008, 2012 e 2024 | |
1 | 2000 | ||
1 | 2020 |
Torneios amistosos | |||
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Competição | Vezes | Ano | |
Algarve Cup | 10 | 2000, 2003, 2004, 2005, 2007, 2008, 2010, 2011, 2013, 2015 | |
US Cup | 7 | 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2002 | |
Four Nations Tournament | 7 | 1998, 2003, 2004, 2006, 2007, 2008, 2011 | |
Peace Queen Cup | 2 | 2006, 2008 | |
Albena Cup | 1 | 1991 | |
SheBelieves Cup | 7 | 2016,2018,2020,2021,2022,2023,2024 | |
DFB Centenary Tournament | 1 | 2000 | |
Pacific Cup | 1 | 2000 | |
Brazil Cup | 1 | 1996 | |
North America Cup | 1 | 1990 | |
Canada Cup | 1 | 1990 | |
Australia Cup | 1 | 2000 | |
Tournoi International | 1 | 1995 | |
Chiquita Cup | 1 | 1994 | |
Tri-Nations Tournament | 1 | 1994 | |
Goodwill Games | 1 | 1998 | |
Columbus Cup | 1 | 1993 |
Números de 8 de março de 2020. Jogadoras ainda ativas são mostradas em Negrito.
A seleção americana produziu as primeiras seis jogadoras na história do futebol feminino a atingir 200 jogos internacionais. Essas jogadoras, foram desde então acompanhadas por diversas jogadoras de outras seleções e por mais cinco americanas, Kate Markgraf, Abby Wambach, Heather O'Reilly, Carli Lloyd e Hope Solo. Kristine Lilly e Christie Rampone são as únicas jogadoras a terem atingido mais de 300 jogos pela seleção.
Em março de 2004, Mia Hamm e Michelle Akers foram as únicas mulheres e as únicas americanas (entre homens e mulheres) a serem incluídas na FIFA 100, uma lista dos 125 melhores jogadores de futebol ainda vivos escolhidos por Pelé em comemoração ao centenário da FIFA.
Em dezembro de 2013, a Federação Americana escolheu as 11 melhores jogadoras americanas de todos os tempos, elas foram:
Goleira: Briana Scurry; Defensoras: Brandi Chastain, Carla Overbeck, Christie Rampone, Joy Fawcett; Meio Campistas: Kristine Lilly, Michelle Akers, Julie Foudy; Atacantes: Mia Hamm, Abby Wambach, Alex Morgan.[40]
Mais jogos
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Mais gols
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Mais Assistências
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Capitãs
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Nome | Anos | Jogos | Vitórias | Empates | Derrotas |
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/ Mike Ryan | 1985 | 4 | 0 | 1 | 3 |
Anson Dorrance | 1986–1994 | 93 | 66 | 5 | 22 |
Tony DiCicco | 1994–1999 | 119 | 103 | 8 | 8 |
Lauren Gregg | 1997 e 2000 | 3 | 2 | 1 | 0 |
April Heinrichs | 2000–2004 | 124 | 87 | 20 | 17 |
Greg Ryan | 2005–2007 | 55 | 45 | 9 | 1 |
Pia Sundhage | 2007–2012 | 107 | 91 | 10 | 6 |
Tom Sermanni | 2013–2014 | 23 | 17 | 4 | 2 |
Jillian Ellis | 2012 (interina), 2014-2019 | 132 | 106 | 19 | 7 |
Vlatko Andonovski | 2019-presente | 75 | 51 | 15 | 9 |
Total | 671 | 528 | 77 | 66 |
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