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José Santo Souza (Riachuelo, 27 de janeiro de 1919 — Aracaju, 18 de abril de 2014[1]), nascido José dos Santos, mais conhecido como Santo Souza, foi um poeta brasileiro.
Santo Souza | |
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Nome completo | José dos Santos |
Nascimento | 27 de janeiro de 1919 Riachuelo, Sergipe, Brasil |
Morte | 18 de abril de 2014 (95 anos) Aracaju, Sergipe, Brasil |
Nacionalidade | Brasileiro |
Ocupação | poeta, cronista e funcionário público |
Prémios | Prêmio "José Sampaio" pelo livro "Edifício da Solidão" - 1966
Prêmio "Pedro de Calasans" pela "Opus para muitas Vozes" - 1973 Grande Prêmio da Crítica (Pelo conjunto da obra) - Associação Paulista de Críticos de Arte - 1995 |
Magnum opus | "Ode Órfica (1956)", "Pentáculo do Medo (1980)", "Âncoras de Argo (1994)" |
Escola/tradição | Modernismo, Orfismo |
Nascido em Riachuelo, de família humilde, trabalhou desde os 10 anos como auxiliar de farmácia, nunca concluiu o curso primário. Estudou música e compôs algumas valsas na juventude. Aprendeu o caminho das letras com a professora Maria Isabel Marafuz e "Belinha" e "Maroquinha", qual faz dedicatória em seu primeiro livro Cidade Subterrânea[2]
Aos 10 anos, escreveu a seguinte quadra: "A origem do amor é um fanal/ que ilumina a fonte de nossas amarguras,/ tornando nosso coração cheio de ternuras luminosas,/semelhante à luz espiritual" qual encantou o poeta José Sampaio, que depois o ajudou nos estudos de poesia.[3]
Apesar dos incentivos de Sampaio, que era um nome notório entre a intelectualidade sergipana,[3] Santo Souza só iria publicar seu primeiro livro, "Cidade Subterrânea" de 1953, aos 34 anos, após Lincoln de Souza descobrir o poeta e chamar a atenção para José Augusto Garcez, então principal nome editorial de Sergipe com seu Movimento Cultural de Sergipe. O livro contou com o prefácio de Luiz da Câmara Cascudo e se trata de uma obra com predominância parnasiana, por mais que haja poemas em verso-livre.[2]
Entretanto, o ápice da poética souzeana é alcançado no seu livro "Ode Órfica" de 1956, qual foi elogiado por Sergio Milliet e dissera "Anotem os críticos o nome desse poeta de Sergipe. Terão de falar dele um dia". "Ode" denota a influência do Simbolismo Brasileiro e Francês pelo retorno à espiritualidade na poesia, da rigidez formal Camoniana e, especialmente, nos mistérios de Orfeu. Posteriormente, a "Ode" seria relançada junto de "Pentáculo do Medo (1980)" acrescido da "Convocação ao Reino de Orfeu" em "A Ode e o Medo (1988)". Com a publicação de "Âncoras de Argo" em 1994, completa a Trilogia Órfica e, em 1998, publica "A Construção do Espanto" qual reúne a "Convocação ao Reino de Orfeu", a "Ode Órfica", o "Pentáculo do Medo" e "Âncoras de Argo" acrescida de uma breve fortuna crítica do autor.[4][5][6][7]
Era membro da Academia Sergipana de Letras, membro efetivo da Associação Sergipana de Imprensa e membro correspondente da Academia Paulista de Letras e fez parte da Maçonaria. Foi primo do ator, poeta, escritor e ativista sergipano Severo d'Acelino.
Morreu de câncer de pulmão, na sua casa, enquanto dormia.[1]Santo Souza deixou 8 filhos, 27 netos e 18 bisnetos.[8]
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