Sambas de Enredo 2011
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Sambas de Enredo 2011 é um álbum com as músicas das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro para o carnaval de 2011. Foi lançado em 23 de novembro de 2010, pela Universal Music em parceria com a Gravasamba. O disco foi gravado entre outubro e novembro de 2010, após as agremiações realizarem suas disputas de samba-enredo. Na primeira fase da produção, foram gravadas ao vivo, na Cidade do Samba, a bateria das escolas e o coro com a participação das comunidades. Na segunda fase, foram gravadas as bases de cavaco e violão no estúdio Cia. dos Técnicos, em Copacabana, no Rio. No mesmo local, foram gravadas as vozes dos intérpretes, encerrando a terceira fase, antes da mixagem e masterização. O álbum foi produzido por Laíla e Mário Jorge Bruno, com direção artística de Zacarias Siqueira de Oliveira, e arranjos musicais de Alceu Maia e Jorge Cardoso. Entre as novidades do álbum está a interlocução entre os cantores (um chama o outro) e a gravação simulando uma continuidade, sem interrupção entre as faixas.[1][2]
Sambas de Enredo 2011 | |||||||
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Sambas de enredo de Escolas de samba do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro | |||||||
Lançamento | 23 de novembro de 2010 (2010-11-23) | ||||||
Gravação | Entre outubro e novembro de 2010 | ||||||
Estúdio(s) | Cia. dos Técnicos Studios e Cidade do Samba Joãozinho Trinta | ||||||
Gênero(s) | Samba-enredo | ||||||
Duração | 1:09:03 | ||||||
Formato(s) | CD | ||||||
Gravadora(s) | Universal Music e Gravasamba | ||||||
Produção | Laíla e Mário Jorge Bruno | ||||||
Arranjos | Alceu Maia e Jorge Cardoso | ||||||
Cronologia de Escolas de samba do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro | |||||||
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Campeã do carnaval de 2010, a Unidos da Tijuca estampa a capa do álbum e é a faixa de abertura do disco com um samba sobre o medo no cinema. Vice-campeã de 2010, a Grande Rio estampa a contracapa e tem um samba sobre a cidade de Florianópolis. A canção da Beija-Flor, em homenagem à Roberto Carlos, tem entre seus compositores Jr Beija-Flor, filho de Neguinho da Beija-Flor, intérprete oficial da escola.[3] André Diniz assina o samba da Vila Isabel pela décima segunda vez, ultrapassando a marca de Martinho da Vila, com onze sambas na escola.[4]
A obra do Salgueiro, sobre cinema e Rio de Janeiro, foi gravada pelos trio de intérpretes formado por Quinho, Leonardo Bessa e Serginho do Porto. O samba da Mangueira, em homenagem à Nelson Cavaquinho, não era o preferido da comunidade na disputa interna da escola, mas acabou fazendo sucesso no carnaval. A canção da Mocidade Independente aborda as festas ligadas à agricultura, enquanto a saúde é o tema da composição da Imperatriz Leopoldinense. O samba da Portela aborda as grandes navegações na história da Humanidade. Maria Clara Machado é homenageada na obra da Porto da Pedra, enquanto as teorias evolucionistas de Charles Darwin serviu como tema para a canção da União da Ilha. A São Clemente, campeã do Grupo de Acesso em 2010, fez a junção de dois sambas concorrentes, o que resultou numa obra de quatorze autores.[5]
A safra de sambas recebeu críticas negativas dos especialistas. No Desfile das Escolas de Samba de 2011, apenas o samba da Mangueira recebeu nota máxima de todos os julgadores. A canção da Imperatriz foi a mais premiada do ano, recebendo três prêmios, incluindo o Estandarte de Ouro, considerado o "óscar do carnaval".[6] Do seu lançamento até o carnaval de 2011, o álbum esteve entre os mais vendidos do Brasil, chegando a ocupar a primeira posição do Top 20 Semanal da ABPD. Com menos de dois meses de lançamento, foi o vigésimo álbum mais vendido no país em 2010.[7]