Sacromonte
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O Sacromonte, por vezes também chamado Sacramonte, é um bairro tradicional da zona oriental da cidade de Granada, no sul de Espanha. É um dos seis bairros que constituem o distrito urbano do Albaicín e limita com os bairros do Albaicín, São Pedro, Realejo-San Matías, El Fargue e Haza Grande. Em 2009 tinha 578 habitantes.[1]
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Bairro | ||||
Vista do Sacromonte desde a Alhambra | ||||
Localização | ||||
Localização do bairro do Sacromonte em Granada | ||||
Coordenadas | 37° 10' 50" N 3° 35' 30" O | |||
País | Espanha | |||
Comunidade autónoma | Andaluzia | |||
Província | Granada | |||
Município | Granada | |||
Características geográficas | ||||
População total (2009) [1] | 578 hab. | |||
Outras informações | ||||
Principais festividades | Romaria de São Cecílio, no primeiro domingo de janeiro[2] |
Situa-se na colina e vale de Valparaíso, frente à Alhambra, lugares emblemáticos de Granada, que ocupam ambas as margens do rio Darro, cujo nome parece derivar da expressão "D'auro" ("de ouro") pelos seus famosos sedimentos auríferos.
É o bairro tradicional dos ciganos granadinos, que se instalaram em Granada após a conquista cristã da cidade em 1492. É um dos bairros mais pitorescos da cidade, pela paisagem e pelas suas casas trogloditas, instaladas em grutas caiadas que servem de habitação, onde se ouvem toques rasgados de guitarras, cantes e quejíos (cantos tradicionais andaluzes), que acompanham as zambras (danças tradicionais ciganas de flamenco), e que se tornaram um dos reclamos turísticos mais célebres de Granada.[3]
Os ciganos do Sacromonte têm um dialeto próprio, o "calé", que atualmente é muito pouco usado, oriundo, segundo a tradição, da Índia, de onde também teriam vindo os ciganos que chegaram a Espanha no século XV depois de deambularem pela Europa e África. Os ciganos do Sacromonte foram retratados pelo poeta Federico García Lorca no seu livro de poemas Romancero Gitano.[4]