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cantor brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Rodolfo Gonçalves Leite de Abrantes, conhecido como Rodolfo Abrantes (Sobradinho, 20 de setembro de 1972)[1], é um cantor, compositor, multi-instrumentista, pastor e ministro evangélico brasileiro.[2][3]
Rodolfo Abrantes | |
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Rodolfo em 2012 | |
Nome completo | Rodolfo Gonçalves Leite de Abrantes[1] |
Conhecido(a) por | Rodox |
Nascimento | 20 de setembro de 1972 (52 anos)[1] Sobradinho, Distrito Federal, Brasil[1] |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação |
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Carreira musical | |
Período musical | 1987—atualmente |
Gênero(s) | |
Instrumento(s) |
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Gravadora(s) |
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Afiliações |
Rodolfo se tornou conhecido em todo o país com a banda Raimundos. A mistura de hardcore punk e forró (forrocore) e as letras escrachadas deram fama ao grupo em 1994 com o primeiro disco, auto-intitulado. Em 1995, Lavô Tá Novo os fez estourar, com músicas de altíssima rotação em rádios e na MTV. Em 1997 a banda lançou Lapadas do Povo, mas seu maior sucesso foi em 1999, com a canção "Mulher de Fases", do disco Só no Forévis. Com o Raimundos, vendeu em torno de 5 milhões de cópias.[4][5]
Em junho de 2001, após se converter ao protestantismo, anunciou que estava deixando o Raimundos por considerar que as letras das canções e o estilo de vida que levava na banda haviam tornando-se incompatíveis com sua visão religiosa. Em seguida, começou um novo grupo, chamado Rodox, com o qual gravou dois discos: Estreito (2002) e Rodox (2003). Por causa de uma briga em um show em Salvador, a banda teve seu fim anunciado em 2004. Desde 2006, tem uma carreira como artista solo e já lançou quatro discos.[6]
Como muitos brasilienses, Rodolfo é filho de nordestinos. Seus pais eram médicos provenientes do estado da Paraíba.
O orgulho de ser brasiliense se afirmou nos anos 80 com a geração do Rock de Brasília. Na mesma época, há algumas quadras da sua casa conheceu o guitarrista Digão em um local chamado Gilbertinho. Dali até o Raimundos foi um pulo.[7]
Os Raimundos começaram quando Digão e Rodolfo Abrantes se conheceram, por morarem na mesma quadra no Lago Sul. Naquela época, Rodolfo tocava guitarra e Digão bateria. Logo, se reuniram para jogar conversa fora e tocar as músicas de seu grupo favorito, os Ramones. Segundo Rodolfo, o amplificador utilizado por ele era tão ruim que ficava igual. Mas faltava um baixista. A sugestão de Rodolfo foi chamar o Canisso, pois ele daria um visual "arrojado" para a banda. Com a entrada de Canisso, o negócio começou a ficar um pouco mais sério, e as primeiras composições começaram a surgir. E foi no réveillon de 1988, na casa do amigo Gabriel Thomaz, que aconteceu o considerado primeiro show dos Raimundos.[8]
A influência nordestina dos Raimundos é, em boa parte, de Rodolfo: a cultura nordestina sempre esteve presente em sua vida. Dessa forma, estava definida a fonte de inspiração da banda. O próximo passo era a divulgação através de shows em pequenos bares de Brasília e, principalmente, festas. Em 1990, a banda se separa. Depois, Rodolfo se casou e foi morar no Rio de Janeiro.
Em 1992, surgiu uma oportunidade de tocar em um bar em Goiânia e a decisão foi unânime: a banda seria ressuscitada. Porém, como não tinham mais baterista (Digão agora era guitarrista, deixando Rodolfo livre para o vocal), a saída foi apelar para uma bateria eletrônica. Fred, que já era fã do grupo, foi recrutado para a bateria, dando um direcionamento mais sério para a banda. A fita demo do grupo foi gravada em 1993, e continha quatro músicas: "Nêga Jurema", "Marujo", "Palhas do Coqueiro" e "Sanidade".[9]
Com a gravação da fita demo, o grupo cresceu, e foi no festival JuntaTribo, realizado pelo fanzine Broken Strings em Campinas, que a banda começou realmente a chamar a atenção. Depois disso, começaram a abrir shows: para o Camisa de Vênus, Ratos de Porão no Circo Voador e uma temporada completa para os Titãs. Um jornalista brasiliense, tendo uma cópia da fita demo em mãos, entrou em contato com um amigo jornalista da revista musical Bizz, ninguém menos que o Carlos Eduardo Miranda. Foi nesse contato que o grupo finalmente começou a gravar o seu disco de estreia. A partir daí a banda passa a morar em São Paulo. Com o lançamento do álbum, a banda volta para São Paulo, para divulgar o disco. É nessa época que o grupo é apresentado aos seus maiores ídolos, os Ramones. Foi nesse época que Rodolfo foi conhecer a sua atual esposa Alexandra, que era tradutora dos Ramones.[10] Fizeram um sucesso considerável e ganharam as rádios com "Selim", música que sequer foi escolhida para ser de trabalho, mas que por causa do público foi um sucesso.
Depois do primeiro disco vender quase 200 mil cópias, a banda lançou o segundo álbum, Lavô Tá Novo, pela gravadora Warner. Com o sucesso, a turnê aumentou e se estendeu (inclusive com shows no exterior), e para cobrir um espaço sem lançar nada e, aproveitando a época de natal, a banda resolveu lançar em 1996 um kit para os fãs. Batizado de Cesta Básica, o Box-Set contendo CD, fita de vídeo (com clipes, entrevistas contando a carreira da banda e trechos de shows) e revista em quadrinhos, baseada na história da música "Puteiro em João Pessoa", que aborda a perda da virgindade de Rodolfo em um Motel da Paraíba, o kit se esgotou em poucos meses.[11]
Em 1997, a banda foi para os Estados Unidos gravar o quarto álbum. O produtor escolhido foi novamente o inglês Mark Dearnley, que gravou o segundo disco da banda, Lavô Tá Novo. Com poucas músicas compostas e quase nenhuma letra escrita, a banda teve que passar uma temporada em Los Angeles. A distância da família e dos amigos, o estigma de banda incapaz de escrever letras sérias, uma febre de bandas nacionais tentando copiar o estilo da banda, além dos problemas com o público mais pesado e o incentivo do empresário para que a banda se tornasse a mais pesada do país[12], somados, ainda, a cena hardcore de Los Angeles (onde a banda assistiu a vários shows, entre eles o do Suicidal Tendencies) e, é claro, a pressão da gravadora, influenciaram para que os Raimundos gravassem o mais pesado de seus álbuns, o Lapadas do Povo. A banda iniciou a turnê do álbum em um clima excelente, pois estavam com um disco que consideravam um presente para os fãs, além de estarem mais unidos do que nunca depois de se recuperarem dos problemas pessoais já citados.[13]
Porém, o destino guardava uma triste fatalidade no caminho da banda, depois de um excelente show em um clube santista, a falta de uma quantidade ideal de saídas para o público culminou em um aglomerado em apenas uma das saídas, resultando em um acidente causado pela queda de um corrimão em uma escada de dois metros e meio. Vários fãs foram pisoteados pela multidão assustada, causando a morte de oito presentes. O grupo, que só foi informado do ocorrido quando já estava no hotel, ficou chocado e bastante triste com o ocorrido.[14] Por causa disto, a divulgação inicial do álbum foi prejudicada por dois meses. Parte da imprensa culpou o grupo pelo acidente, o que atrapalhou ainda mais a turnê.[15]
Nessa época, o Raimundos lançou uma música de trabalho totalmente diferente do então álbum lançado. A música era o Reggae do Manêro. Rodolfo foi o primeiro a dizer "não" a essa música, por achar que essa música era uma brincadeira e tinha coisas muito escrachadas. Mesmo Rodolfo não querendo, a música faz um tremendo sucesso. Finalizada a turnê do Lapadas do Povo, a banda começa a planejar e a traçar os preparativos para o novo álbum. Em mente, tinham apenas a certeza que o melhor seria que o álbum fosse todo gravado no Brasil, com a participação ou presença de vários amigos, pois só assim conseguiriam retornar ao verdadeiro estilo da banda, e sobretudo fazer um álbum alegre, para cima. Em maio de 1999, o grupo lançou o CD Só no Forévis. A música "Mulher de Fases" já estava estourada nas rádios e o clipe em rotação extrema na MTV, garantindo à banda dois prêmios no VMB. Depois de "Mulher de Fases", veio a balada "A Mais Pedida", que também recebeu muitos elogios e uma boa aceitação do público. A terceira música do álbum foi "Me Lambe". O sucesso destas músicas garantiu ao grupo participações em programas de rádio e tevê.[16] O resultado desta excelente aceitação foram mais de 500 mil cópias do álbum vendidas, batendo todos os anteriores, e a maior turnê que a banda já fez.[carece de fontes]
Depois do Só no Forévis, em 2000, veio o disco ao vivo, intitulado MTV Ao Vivo (Raimundos). O MTV Ao Vivo era um novo projeto da MTV que consistia em gravações de shows de bandas consagradas que viriam a se transformar em CD e DVD. E a primeira banda escolhida foi, então, os Raimundos. A banda se encarregou de gravar o material em várias apresentações. O álbum foi lançado no final de outubro de 2000. O álbum, como Só no Forévis, teve vendagem muito boa, fazendo que os Raimundos, em 1999 e 2000, vendessem mais de um milhão de cópias.[17] Depois do final da turnê do disco MTV Ao Vivo, Rodolfo abandonou a banda em junho de 2001, pois havia se convertido ao protestantismo e a banda já não fazia mais sentido para ele. Rodolfo não credita o fato de ter deixado a banda à conversão à igreja, embora assuma que uma coisa esteja ligada a outra. Um dos motivos também, segundo o próprio, era que estava insatisfeito. Não dava conta da quantidade de drogas que usava. A maconha, como ele diz, "dava as coordenadas". Além da erva, usou também ácido, ecstasy e cocaína.[18]
Rodolfo Abrantes, depois de sair dos Raimundos no auge da carreira, sumiu por um tempo do cenário musical. Muitos pensavam que ele não iria mais tocar, mas por esse período ele estava compondo, tocando e gravando junto com o DJ Bob. Tom Capone foi chamado para produzir e tocar, e para a bateria foi chamado o Fernando Schaefer (ex-Pavilhão 9 e Korzus). Foi formado em 2002 o Rodox, banda que foi batizada com o apelido de Rodolfo, quando ele precisava gravar dois álbuns como dívida contratual a gravadora dos Raimundos. Seguindo uma sonoridade um tanto mais pesada que sua ex-banda, puxando mais pro hardcore que pro punk rock, surgiu Estreito, totalmente composto por Rodolfo com participações de DJ Bob, responsável pelas pitadas experimentais de música eletrônica, com samplers e sintetizadores, soando new metal em algumas faixas.
Depois de provar que era uma banda que podia ter futuro, em 2003, Rodox entra no estúdio, já como uma banda formada, com Bob, Fernandão, Patrick Laplan, Marcão, Pedro e Rodolfo, e começam a compor, tocar, gravar e mixar, fazendo músicas com barulhos eletrônicos, bateria irrequieta, guitarras simplesmente pesadas e um baixo de agitar multidões. A banda lança seu segundo e último álbum, seguindo a linha de Estreito, Rodox é melhor elaborado e igualmente pesado, mas sua temática pouco mudou. Durante a turnê deste álbum, Patrick Laplan sai da banda, e Canisso que sairá dos Raimundos em 2002 assume o baixo. A banda contou ainda com algumas mudanças em sua formação, e com Rodolfo cancelando shows em decorrência de suas pregações como pastor evangélico, o cenário foi ficando cada vez pior e a situação insustentável. Rodolfo declara que a banda acabou pois ele tentou evangelizar os demais integrantes da banda, o que não deu certo.
Em 2006, Rodolfo lançou seu primeiro trabalho solo de música cristã, Santidade ao Senhor, com letras ainda mais explícitas quanto a sua nova fase.
Em 2007, lançou o segundo CD da carreira solo, Enquanto É Dia.
Rodolfo Abrantes dedica-se a ministrar cultos na igreja MEVAM - Missões Evangelísticas Vinde Amados Meus e é missionário itinerante, com uma nova banda, que traz Rodolfo no vocal e guitarra, Thiago Tonini no baixo, Victor Pradella na guitarra e Anderson Kuehne na bateria. "R.A.B.T" é nome do último CD do cantor intitulado Rompendo a Barreira do Templo, que foi lançado em 2012.[19][20]
Em 2013, fechou com a gravadora Onimusic, que passa a distribuir o álbum.
Em 2015, lançou o álbum, intitulado Joio ou Trigo, com uma novidade: a banda de apoio (com Thiago, Victor e Anderson) decide ter um nome, chamado "O Muro de Pedra", daí o álbum vem a ter como nome do artista "Rodolfo Abrantes e O Muro de Pedra". Tem uma pegada mais leve, com algumas músicas românticas, reggae, entre outros ritmos, além da regravação de "Pisaduras", um single lançado em 2009.
Em 2018, lançou seu novo o álbum O Dia que Será pra Sempre, é um álbum de estúdio distribuído pela gravadora Onimusic, o álbum contém regravações de sua carreira solo em formato acústico.
Em 2020, retoma a amizade com Digão, após 20 anos afastados.[21][22][23]
Depois de ter lançando vários singles, alguns contendo clipes, no dia 5 de Setembro de 2023, Rodolfo lançou o novo single Jardim dos inocentes.
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