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O Primeiro Concílio de Dúbio (em armênio: Դվինի առաջին ժողով / Դվինի Ա ժողով; romaniz.: Dvini ařaĵin žoğov / Dvini A žoğov) foi um concílio eclesiástico realizado em 506 na cidade de Dúbio (então na Armênia Sassânida).[1] Convocou-se para discutir o Henótico, um documento cristológico emitido pelo imperador bizantino Zenão numa tentativa de resolver as disputas teológicas que surgiram no Concílio de Calcedônia.
Primeiro Concílio de Dúbio | |
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Parte central da cidade de Dúbio. A catedral em primeiro plano, a Igreja Basílica (século VI) ao fundo, à direita, e o Palácio dos Católico (século V), à esquerda. | |
Data | 506 |
Aceite por | cristãos armênios |
Concílio seguinte | Segundo Concílio de Dúbio |
Convocado por | Apovipcenes de Otmus |
Tópicos de discussão | Henótico |
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O concílio foi convocado pelo católico da Igreja Apostólica Armênia Apovipcenes de Otmus.[2] Além dos armênios, estiveram presentes delegados das Igrejas da Ibéria e da Albânia.[3] De acordo com o Livro das Epístolas, 20 bispos, 14 leigos e muitos nacarares (príncipes) participaram do concílio.[4]
A Igreja Armênia não aceitou as conclusões do Concílio de Calcedônia, que havia definido que Cristo é 'reconhecido em duas naturezas', e condenou o uso exclusivo da fórmula "de duas naturezas". Este último insistiu na unificação das naturezas humana e divina em uma natureza composta de Cristo e rejeitou qualquer separação das naturezas na realidade após a união. Esta fórmula foi professada pelos Santos Cirilo de Alexandria e Dióscoro de Alexandria.[5][6] O miafisismo era a doutrina da Igreja Armênia, entre outras. O Henótico, a tentativa de conciliação do Imperador Zenão, foi publicado em 482. Ele lembrou os bispos da condenação da doutrina nestoriana, que enfatizava a natureza humana de Cristo e não mencionava o credo diofisista de Calcedônia. O Primeiro Concílio de Dúbio pôde, assim, aceitar o Henótico e manter aberta uma possibilidade de conciliação com o Patriarcado de Constantinopla, mantendo-se firme em sua doutrina cristológica.[7]
O concílio não chegou a rejeitar formalmente a Definição de Calcedônia da natureza dual de Cristo. Tal passo, que formalizou a ruptura armênia da Igreja romana, não ocorreria até o Segundo Concílio de Dúbio, em 554/555.[7] De acordo com Gareguim I, no Primeiro Concílio de Dúbio há "a primeira rejeição oficial e formal do Concílio de Calcedônia pela Igreja Armênia ".[8]
Os atos do concílio foram descobertos por Karapet Ter Mkrtchian e publicados por ele em 1901.[2]
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