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As Portas do Recife de Olinda localizavam-se na cidade do Recife, no litoral do atual estado de Pernambuco, no Brasil.
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Vista do Recife, a partir de Olinda (Frans Post, séc. XVII) |
No contexto da segunda das invasões holandesas do Brasil (1630-1654), o Recife de Olinda, que se constituía no porto exportador mais importante da Capitania de Pernambuco, passou a ser o local de residência dos Altos e Secretos Conselheiros, e dos Conselheiros Políticos, que compunham a administração do Brasil Neerlandês. Aí se sediava o Quartel-General de Campanha da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais, bem como os armazéns gerais de munições de boca e de guerra, artilharia e mercadorias.
Sobre a defesa da povoação do Recife de Olinda, Maurício de Nassau, no seu "Breve Discurso" datado de 14 de Janeiro de 1638, sob o tópico "Fortificações", descreve:
O "Relatório sobre o estado das Capitanias conquistadas no Brasil", de autoria de Adriano do Dussen, datado de 4 de Abril de 1640, complementa, atribuindo-lhe um efetivo de duas companhias totalizando 277 homens:
BARLÉU (1974) transcreve o Relatório de Dussen, complementando:
Note-se a semelhança destas "portas" com as portas de Macau, cidade com topografia e funções semelhantes, no Extremo Oriente português.
Com relação à paliçada projetada à época de Nassau, o "Relatório (...)" de 1640, esclarece:
BARLÉU (1974), também a descreve: "Uma bastida solidíssima mune o recife inteiro, em disposição conveniente para se jogar a artilharia. Erguem-se aí, junto da costa, duas baterias, uma próxima da casa da pólvora, debruçando-se sobre o porto; a outra ainda mais vizinha, ambas munidas de canhões de bronze e de ferro." (op. cit, p. 142)
Os seus baluartes e muralhas encontram-se figurados no mapa de Frans Post (1612-1680) de "Mauritiopolis" (1645. Biblioteca Nacional do Brasil, Rio de Janeiro).
Sobre a praça-forte em que Recife se transformou sob o domínio da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais, o francês MOREAU (1979), acerca do período entre 1646-1648, relata: "Pode-se dizer que esta praça é a mais forte do Brasil e uma das mais fortes do mundo; (...) Dependem desta fortaleza várias outras; sua situação é maravilhosa e não poderia ser melhor escolhida."
Este mesmo autor descreve a conquista do Recife e a construção dos baluartes que defendiam o seu acesso pelo lado de Olinda: "Depois dessa proeza [a conquista do Forte de Diogo Paes], foram um quarto de légua mais adiante, ao Recife, construído na ponta deste dique [o istmo de areia], que contava, então duzentas casas. Facilmente o tomaram e tendo-se assegurado, aí construíram bons baluartes de terra sobre as passagens do dique."
De acordo com BENTO (1971), o assédio final à praça-forte do Recife iniciou-se a 14 de Janeiro de 1654, estendendo-se até à Capitulação do Campo do Taborda (26 de Janeiro de 1654).
Dentro do trabalho arqueológico envolvido no "Projeto Luz e Tecnologia do Recife Antigo", em parceria entre a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), a Eletrobrás/Procel, o Porto Digital, as Centrais Hidroelétricas do São Francisco (CHESF), o Governo do Estado de Pernambuco, a Prefeitura Municipal do Recife e a Fundação Roberto Marinho, o Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de Pernambuco colocou a descoberto trechos da muralha que envolvia o Recife no século XVII, e do baluarte leste. O projeto, com duração de Maio a Dezembro de 2001, teve a finalidade de embutir a fiação aérea no centro histórico do Recife.
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