Pesca predatória
pesca excessiva e insustentável praticada pela ação humana / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Pesca predatória[1][2] ou sobrepesca, em ciências pesqueiras, pode ser entendida como uma atividade pesqueira executada de forma desenfreada, ou seja, é a pesca excessiva e insustentável praticada pela ação humana.[3]
A sobrepesca é considerada uma ameaça para a biodiversidade marinha e assume uma postura devastadora sobre os ecossistemas aquáticos, já que não leva em conta a capacidade de reposição das espécies exploradas.[4] Quando se é pescado por cima da capacidade populacional desses ecossistemas, os peixes não têm oportunidade de se reproduzir e isso diminui, em um futuro previsível, um ótimo nível de pesca. Desta forma, quanto mais uma população natural é explorada, maior o seu risco de sobre-exploração e/ou insignificância econômica.[5]
O esforço de pesca excessivo começou a virar um problema entre 1950 e 1989, com o desenvolvimento de equipamentos e a introdução de técnicas que permitiram uma melhor eficiência na captura de peixes. Hoje os impactos já podem ser sentidos, uma vez que as capturas globais de peixes marinhos conduziram ao desaparecimento de numerosas espécies de peixes e uma baixa nos estoques de pescados.[2][5][6] Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) 77% das espécies com valor comercial estão afetadas a um maior ou menor grau de excesso de pesca (8% levemente, 17% em sobre exploração e 52% em sobre-exploração máxima).[2]
Nos últimos anos, as diversas organizações envolvidas na gestão de recursos pesqueiros têm alertado sobre "os impactos causados a vida marinha". Elas também consideram que grande parte dos recursos explorados se encontram em situação de sobre-exploração ou sobrepesca.[7]